Jogos Olímpicos - ou Olimpíadas- é um conjunto de provas esportivas de
caráter mundial, disputadas de 4 em 4 anos em cidades escolhidas debater
as que se candidatam com antecedência de 6 anos, junto ao Comitê Olímpico
Internacional ( C.O.I. ).
Pode participar dessas provas qualquer atleta ou equipe representando
país filiado ao C.O.I., desde que obedeça as normas estabelecidas pelos
regulamentos olímpicos e pelas leis que regem os respectivos esportes.
Atualmente, são 19 esses esportes: atletismo, basquete, boxe, canoagem,
esgrima, ciclismo, futebol, ginástica, halterofilismo, hipismo, hóquei
na grama, iatismo, judô, luta, natação, pentatlon moderno, remo, tiro
e vôlei. A cada país organizador é dado o direito de incluir 2 esportes
não olímpicos no programa oficial.
Os jogos olímpicos Modernos- que começaram a se celebrar em 1896 são na
verdade, uma nova versão dos festivais esportivos que os gregos realizavam,
também de 4 em 4 anos, na antiga Élida na honra de Zeus e de outros deuses
que habitavam o Olimpo. Dessa versão modernizada resultaram outras, inclusive
a dos Jogos Olímpicos de Inverno.
Em
honra a Zeus, a Grécia se reunia a cada quatro anos no Peloponeso, na
confluência dos rios Alfeu e Giadeo, onde se erguia a cidade de Olímpia,
que a partir do ano 776 a.C. cedeu seu nome para aquele que viria a ser
a maior competição esportiva em toda a história da humanidade, os Jogos
Olímpicos - mais tarde, genericamente Olimpíadas - , que teve como primeiro
vencedor o atleta Coroebus, cingido por uma coroa trançada por folhas
de louro, único prêmio e símbolo da maior vitória.
Invadindo a era cristã
(disputava-se a 194a olimpíada, quando nasceu Jesus Cristo), manteve seu
espírito esportivo e seu condão mágico de unir homens fazendo-os disputar
desafios, até o ano 394 d.C., quando o imperador Teodósio II ordenou sua
interrupção, parecendo então condenada ao desaparecimento, a se transformar
em um dado histórico apenas. E por quase 1500 anos (exatamente 1492) foi
assim, até a intervenção de um idealista francês, o Barão Pierre de Cobertin.
A princípio, apenas
homens eram admitidos na disputa, da qual passou a fazer parte, quase
como um símbolo, uma homenagem perpétua dos Jogos à Grécia, a Maratona,
corrida de fundo na distância de 42 quilômetros e 500 metros, a mesma
percorrida por um soldado grego, que a correr levou até Atenas a notícia
da vitória de seu exército na batalha Maratona, cidade da Ática, onde
se combatiam os persas. Dada a notícia, caiu morto, tornando-se sinônimo
da tenacidade.
Atenas foi escolhida
pelo Barão de Cobertin com muita propriedade para a retomada dos Jogos
Olímpicos em 1896, passando a serem conhecidos como os Jogos da Era Moderna.
Uma era que já não dava ao desporto o poder de interromper guerras, mas,
ao contrário, era interrompido por elas. Nestes cem anos, o quadriênio
olímpico silenciou seu toque de reunir nos anos de 1916, 1940 e 1944,
durante a vigência das chamadas Primeira e Segunda Guerras Mundiais.
Dos 13 países que
participaram dos Jogos de 1896, em Atenas, aos 187 países e 10.788 atletas
presentes em Atlanta, na 26a Olimpíada da Era Moderna, mudaram conceitos,
o amadorismo puro foi esquecido, o mercantilismo encontra cada vez mais
espaço, os países investem milhões de dólares em suas delegações, os Jogos
são a melhor vitrine que os participantes poderiam ter e a máxima do Barão
de Cobertin (Importante é competir, não vencer) está cada vez mais esquecida.
Desde o seu renascimento, com interrupções apenas durante as duas guerras
mundiais, os jogos olímpicos tem-se realizado de 4 em 4 anos, cada vez
com maior êxito. Em 1896, em Atenas, 13 países estiveram representados
põe um total de 285 atletas. Em 1972, em Munique, o número de países chegava
a 121, enquanto o de atletas ia a 8.500.
Se, por um lado, esse crescimento representa a vitória do ideal olímpico
moderno, por outro gera, no mundo dos esportes, uma série de problemas
que os estudiosos atribuem ao próprio gigantismo dos jogos. Em primeiro
lugar, torna-se cada vez mais difícil organizá-los, pelo altíssimo investimento
financeiro que representam ( os alemães ocidentais gastaram cerca de 630
milhões de dólares com os de Munique ). Depois, pela importância que a
vitória noa campos do esporte passou a ter em termos de prestígio político.
Finalmente, por outros problemas mais gerais, como o doping e o falso
amadorismo.
Mas alguns dos princípios olímpicos, lançados por Coubertin, ou por aqueles
que o sucederam, têm sido mantidos. Oficialmente, os jogos continuam restritos
a atletas amadores. O direito de organizá-los é concedido a uma cidade,
nunca um país. Não se contam pontos por países. Ao atleta campeão é concedido
uma medalha de ouro; ao segundo lugar, uma medalha de prata; ao terceiro,
uma medalha de bronze. Os que tiraram de quarto a sexto lugar ganham diplomas
especiais. Em apenas 4 modalidades de esportes se reconhece recordes olímpicos:
atletismo, natação, tiro e halterofilismo. Os jogos nunca podem durar
mais de 16 dias, do desfile de abertura à festa de encerramento. Não se
permite publicidade de espécie alguma, nos cartazes, boletins informativos
e programas oficiais, ou em material usados pelos atletas.
A bandeira olímpica - cinco anéis entrelaçados, nas cores azul, vermelho,
verde, amarelo e preto, sobre o fundo branco- foi concebida por Coubertin
e representa os cinco continentes nas cores com as quais se podiam cobrir,
em 1920 - quando foi asteada pela primeira vez -, as bandeiras de todas
as nações olímpicas. Sob o patrocínio do comitê internacional, celebram-se
jogos regionais: pan-americanos, asiáticos, do mediterrâneo, bolivarianos,
centro-americanos, ibero-americanos. Contra o C.O.I., que punira a Indonésia
por haver impedido a participação de Israel nos IV Jogos Asiáticos, celebraram-se
em Djacarta, por iniciativa pessoal do presidente Sukarno, os I Jogos
das Novas Forças Emergentes, destinados a substituir, eventualmente, os
jogos olímpicos. Mas os segundos jogos, marcados para Pequim, jamais se
realizaram.
Mas, após cada Olimpíada,
o mundo nunca mais é o mesmo.
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