quinta-feira, 6 de junho de 2013

Bandeiras estaduais do Brasil


Acre

Instituído há apenas 15 anos, o desenho já existia quando o Acre era um território brasileiro, e não um estado. Apenas a “estrela solitária” foi acrescentada depois, para representar a participação do estado no País. Tem a cor vermelha como simbologia da luta para a anexação ao Brasil.



Alagoas
Para as faixas foram escolhidas as três cores da Revolução Francesa, que representam os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. O brasão central remete às riquezas do estado: cana-de-açúcar, algodão e pesca. São três garoupas em homenagem às três principais lagoas da região: Mundaú, Manguaba e Jequiá.



Amapá
O símbolo gráfico à esquerda tem o formato exato da Fortaleza de São José, a maior da América Latina. A construção está ligada à história do estado porque foi a principal responsável pelo desenvolvimento da capital Macapá.




Amazonas

São 25 estrelas porque na data de criação, em 1897, eram 25 os municípios do estado. A bandeira informal continha apenas o azul e o branco. Entrou o vermelho, cor de combate, pois naquele ano a bandeira seria levada pelo batalhão militar amazonense para a Guerra de Canudos, na Bahia.



Bahia
A bandeira tem as cores da Revolução Francesa e o triângulo, que, apesar de poder ser entendido como a Santíssima Trindade, também era usado pela maçonaria para representar os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Foi criada para ser estandarte do Partido Republicano no estado.




Ceará
Usar o modelo nacional com a arma do Ceará na esfera foi iniciativa de um cidadão patriota, na falta de um símbolo estadual. Mais tarde o estado adotou a ideia dele. No brasão central destacam-se o farol, que representa Fortaleza, a jangada, símbolo do cearense, e a carnaúba, para lembrar da importância do extrativismo.



Espírito Santo
Apesar de nada usuais, as cores do estandarte capixaba foram escolhidas por serem as mesmas do manto da padroeira da capital, Nossa Senhora de Vitória. A inspiração religiosa fica clara também na frase central. É inspirada na doutrina de santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus: “Trabalha como se tudo dependesse de ti e confia como se tudo dependesse de Deus.”



Goiás
De inspiração norte-americana, a bandeira goiana traz no canto superior esquerdo o cruzeiro do sul, constelação bem visível no céu do estado. O poeta Joaquim Bonifácio de Siqueira, que organizou o desenho em 1919, é autor também do hino de Goiás.




Maranhão
Não há dúvidas de que o poeta Sousândrade, republicano fervoroso, tenha se baseado na bandeira dos Estados Unidos, onde morou, para criar a do seu estado. Justifica-se as cores como a união das etnias: branca, negra e indígena. Sousândrade foi importante poeta, mas acabou pobre e considerado louco.



Mato Grosso
É uma das bandeiras mais antigas do Brasil. Criada pouco depois da Proclamação da República pelo presidente da província, reorganiza o desenho e as cores do estandarte nacional. A ideia de usar a estrela que representa o Mato Grosso na bandeira brasileira é repetida em vários outros estados.




Mato Grosso do Sul
O autor de uma das nossas bandeiras mais ousadas, Mauro Miguel Munhoz, explicou assim o desenho: “Entre o verde e o azul, na convergência prática de todas as nossas atitudes, nós somos a faixa branca do porvir, a alvidez serena da amizade entre os povos”.




Minas Gerais

Criação dos inconfidentes, ainda no século 18, para ser a bandeira da república que planejavam. No interrogatório a que Tiradentes foi submetido antes da forca, parguntaram qual o significado do triângulo que idealizou. Ele responde: “a Santa Trindade”. Alguns historiadores acreditam que ele tivesse pouco conhecimento da nomenclatura católica, “Santíssima Trindade”, e que o símbolo estivesse ligado à maçonaria.



Pará
Não é fato conhecido no resto do País, mas em Belém havia forte corrente republicana ainda no Império. No mesmo ano da proclamação da República a bandeira dessa corrente, o Clube Republicano Paraense, tremulou como símbolo do estado. A faixa branca remete tanto à linha do Equador quanto ao rio Amazonas.



Paraíba
A palavra “nego” representa a negação do governador João Pessoa a apoiar os velhos oligarcas de sempre, paulistas e mineiros, à presidência da República nos anos 1920. Pouco depois, quando seu candidato Getúlio Vargas chegava ao poder, João Pessoa era assassinado. O crime passioinal não teve ligação com política, mas o nome da capital e a bandeira do estado mudaram em sua homenagem. A faixa preta simboliza o luto.



Paraná
A faixa branca que corta o retângulo verde está relacionada ao Trópico de Capricórnio que atravessa o Paraná. A exemplo da bandeira nacional, a esfera celeste ao centro tem a mesma inclinação do céu visto em Curitiba na data da criação do estado, 29 de agosto de 1853.




Pernambuco
Quando revolucionários proclamaram uma república em Pernambuco em pleno Império português, o símbolo que criaram para a nação tremulou por pouco tempo - logo o movimento foi abafado pelas tropas monarquistas. Cem anos depois, em 1917, o estado lembrou do feito e adotou a bandeira dos republicanos adiantados.



Piauí
A data abaixo da estrela só foi inserida na bandeira em 2005. Nada tem a ver com a criação do estado, mas sim com um episódio acontecido no território piauiense. A batalha de Jenipapo, em 13 de março de 1823, garantiu que o Norte do País aderisse à Independência do Brasil.




Rio de Janeiro
A bandeira foi adotada apenas em 1965. Abriga ao centro o brasão do estado, que tem a inscrição: “Recte Rempublican Gerere” (gerir a coisa pública com retidão, em latim). O desenho remete à baixada fluminense e ao litoral. As montanhas têm a silhueta da Serra dos Órgãos, com destaque para o pico Dedo de Deus.



Rio Grande do Norte
Acredite: o planejamento da bandeira potiguar é obra do patrono maior deste almanaque, o folclorista Câmara Cascudo (1898 - 1986). Foi instituíta em 1957 para abrigar o brasão do estado. A jangada, no centro da arma, é cercada por espécies de coqueiro, carnaúba, cana-de-açúcar e algodão.



Rio Grande do Sul

Assim como Pernambuco, o Rio Grande do Sul resgatou a bandeira que os farropilhos criadores da República Rio-Grandense haviam criado, em 1835. Os revolucionários, no entanto, não deixaram nenhuma explicação para as cores. A única modificação em relação ao antigo símbolo é que o brasão do estado foi adicionado no centro.



Rondônia
O símbolo rondoniense foi escolhido em um concurso público de 1981. O vencedor foi um arquiteto da capital, Sílvio Carvajal Feitosa. Sintetiza a criação do estado: “é a mais nova estrela brilhando no céu da União”, explicou o autor




Roraima
A maior parte de Roraima fica acima da linha do Equador, que corta o Estado. É essa a simbologia da faixa vermelha na parte de baixo da bandeira. O estandarte é dos mais recentes, instituído em 1996.




Santa Catarina
Durante o Estado Novo, ditadura  de Getúlio Vargas, as bandeiras estaduais foram queimadas. Depois de oito anos proibidas, puderam voltar a tremular em 1945. A de Santa Catarina foi a única a mudar de versão, depois do intervalo. Antes o centro do losango era preenchido por estrelas amarelas, cada uma representando um município



São Paulo
Essa era a proposta do republicano Júlio Ribeiro para ser o estandarte nacional: “Ela simboliza de modo perfeito a gênese do povo brasileiro, as três raças de que se compõe - branca, preta e vermelha”. Rejeitada na época, acomodou-se para o estado de São Paulo. Lê-se em decreto: “Significa que noite e dia [campo burelado de preto e branco] nosso povo está pronto para verter o seu sangue [cantão vermelho] em defesa do Brasil.”


Sergipe
As estrelas aqui representam  os principais rios do estado: Sergipe, Vaza-Barris, São Francisco, Poxim e Cotinguiba. A criação da bandeira é de um antigo industrial que queria identificar seus barcos como sergipanos. O desenho dele criou popularidade e depois foi oficializado.




Tocantins

Apesar de ser o mais recente estado brasileiro, a bandeira não é a mais nova - foi criada em 1989. A intenção ao se colocar o sol centralizado era passar a ideia de que o jovem estado seria terra de oportunidades para todos




Distrito Federal
Foi Guilherme de Almeida, poeta concretista, quem elaborou a atual bandeira do Distrito Federal. A Cruz de Brasília, ao centro, simboliza a herança indígena e a força que emana do centro em todas as direções.

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