quarta-feira, 26 de março de 2014

As Revoltas do Período Colonial Brasileiro - parte 2


Inconfidência Mineira
Essa revolta teve início em 1789, após o governo português fazer uso da violência para que a população de Minas Gerais pagasse seus impostos. Além disso, o governo obrigava as pessoas a entregar o que tinham para o pagamento da dívida. Essa situação estava desagradando as pessoas e as deixando com raiva da metrópole.
Um grupo de pessoas começou a realizar reuniões na cidade de Vila Rica e lá planejavam uma conspiração contra o governo português. Os participantes desses encontros eram: Tomás Antônio Gonzaga, José de Oliveira Rolim, Joaquim Silvério dos Reis, Domingos de Abreu e Joaquim José da Silva (mais conhecido como Tiradentes).
Tiradentes era o membro mais pobre do grupo e divulgava as ações da conspiração. Eles exigiam a implantação de um governo republicano, a mudança da capital do país para a cidade de São João del Rei, incentivo à industrialização e implantação do serviço militar. Porém, eles não apresentaram nenhuma reivindicação referente à escravidão.
Eles tinham o objetivo de sequestrar o novo governador da localidade, visconde de Barbacena; porém as autoridades foram informadas por um delator do grupo, Joaquim Silvério dos Reis. A traição ocorreu sob a condição de que ele fosse perdoado dos débitos que possuía junto à Coroa. Os integrantes da conspiração foram presos e alguns foram enviados para colônias de Portugal, na África.
Tiradentes foi tratado como o responsável pelo ato e foi condenado à forca. Depois de morto, ele foi esquartejado e teve seus membros espalhados pela cidade de Vila Rica para que servisse de exemplo a outras possíveis rebeliões. Posteriormente, no período republicano, ele foi considerado um dos heróis para a Independência do Brasil.


Conjuração Baiana
Após a mudança da capital do país para o Rio de Janeiro, a Bahia passou a ter dificuldades econômicas e políticas. Um grupo de estudiosos começou a idealizar a emancipação da Bahia com o Brasil. Essa revolta também é chamada de Revolta dos Alfaiates e foi liderada por Cipriano Barata. A Conjuração Baiana teve a participação de pessoas de todos os níveis sociais, inclusive mulheres. Um dos principais líderes foi o médico, político e filósofo baiano Cipriano Barata. Outra importante liderança, que atuou muito na divulgação das ideias do movimento, foi o soldado Luís Gonzaga das Virgens. Os alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus do Nascimento.
O objetivo dessa revolta era ter uma sociedade democrática, a Proclamação da República, a abertura dos portos e o aumento salarial. A divulgação começou a ser feita em agosto de 1798; porém, eles foram descobertos pela Coroa e muitos foram denunciados e presos. Alguns revoltosos foram enforcados em novembro de 1799. O líder da Conjuração Baiana foi julgado e absolvido. Os que foram condenados à prisão ou à forca possuíam uma posição econômica inferior aos que foram absolvidos.

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