segunda-feira, 18 de março de 2013

15 de março - Dia da Escola


A escola, depois da família, é o primeiro grupo social a que pertencemos. E grupos sociais são importantes para que aprendamos a interagir com pessoas, a conhecer novos comportamentos e a respeitar uns aos outros. Além do mais, a escola é fonte de conhecimento e educação, tanto formal quanto informal, é um espaço onde o aluno é o protagonista e aprende a desenvolver suas atividades, além de ser um laboratório de inclusão social, promovendo no jovem o sentido de importância da comunidade.
Durante todo o nosso crescimento, precisamos de um referencial e essa é uma das principais funções da escola. Cada fase do aluno, novas necessidades e capacidades devem ser exploradas e para isso, a escola deve dispor de uma gama de profissionais como orientadores educacionais, professores e psicólogos.
Infelizmente, a educação no Brasil ainda não está satisfatória, apesar de índices cada vez mais positivos. Há um aumento da taxa de alfabetização, aumento do número de alunos que completam o nível superior, novas escolas de ensino fundamental foram construídas e há uma queda no índice de evasão escolar.

Autor: Juscelino Tanaka
http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/dia-da-escola.htm

quinta-feira, 14 de março de 2013

A etnia brasileira

O Brasil é um país de grande miscigenação (mistura de povos), ou seja, é um país que tem muitos casamentos entre as várias etnias.

Tudo começou no século XVI, com a chegada dos brancos, mais precisamente dos portugueses. Com a colonização (pessoas vindo morar no país), misturou-se o sangue dos portugueses com os índios, que já estavam aqui antes do descobrimento do Brasil.

Mais tarde, os negros foram trazidos da África à força pelos portugueses para trabalharem como escravos no cultivo da cana-de-açúcar.

Pode-se dizer que a mistura dessas três etnias ou raças deu origem à formação do povo brasileiro: índios, brancos e negros.

Da mistura desses povos surgiram os mestiços: o mulato, o caboclo e o cafuzo.

Branco com negro deu origem ao MULATO.

Índio com Branco deu origem ao CABOCLO.

Negro com índio deu origem ao CAFUZO.

Com o passar dos séculos chegaram outros imigrantes (pessoas que vêm de outros países), vindos das mais variadas regiões da Terra.

Esses outros povos que chegavam se misturavam entre si e também com os povos que aqui já estavam. E essa miscigenação pode ser observada no rosto, no corpo, nos hábitos, nas crenças e nos valores de cada brasileiro. Não somos um povo idêntico, com características semelhantes, pois somos resultado da miscigenação, mistura de várias etnias. Por isso, a maioria da população hoje é mestiça.


O ELEMENTO BRANCO

 O branco português foi importante na nossa formação. Ao lado dos elementos índio e negro, é o branco que se encontra na origem do nosso povo, desde o século XVI. Os primeiros europeus a chegarem ao Brasil foram os portugueses. Outros europeus vieram para cá, ainda no século XVI, mas tiveram pouca vivência e influência. Mais tarde, porém, italianos, árabes e japoneses emigraram para o Brasil e trouxeram importantes contribuições.

Os primeiros povoadores brancos do Brasil foram degredados, náufragos, comerciantes e os encarregados das feitorias e fortalezas, estes e os colonos, são os antepassados de nosso povo.

O ELEMENTO INDÍGENA

Os índios foram, sem dúvida, os primeiros habitantes do Brasil. Os índios, com características físicas diferentes da raça branca, espalhavam-se por todo o Brasil na época de seu descobrimento e estavam reunidos e organizados em tribos (nações), que se dividiam conforme a língua, os usos e os costumes. As tribos indígenas mais importantes foram os tupis, taquias, caribas e nuaruaques. Estes eram os mais adiantados culturalmente, mas os tupis é que tiveram contato com os primeiros colonizadores. Os usos e os costumes dos índios eram bem diferentes dos europeus e variavam de uma tribo para outra. Ocorreu uma significativa mestiçagem entre os índios e brancos no início de nossa colonização. Por isso, muitos dos seus costumes fazem parte da cultura brasileira de hoje.

O ELEMENTO NEGRO

O negro é, como já vimos, um dos elementos formadores do povo brasileiro. Ele foi trazido para cá devido ao processo de acumulação capitalista vigente na colônia. Portugal já se utilizava da mão-de-obra escrava na ilha da Madeira e em outras ilhas. Seu ingresso foi iniciado no século XVI, mas foi intensificado no século XVII, destinado para a agricultura e principalmente para o cultivo da cana-de-açúcar. Pois, é bom saber, os índios não se adaptavam à vida do campo, isto é, à vida agrícola. Os índios eram amparados pelos padres jesuítas que não permitiam que os brancos os escravizassem.

Logo no início da colonização, teve início a importação de escravos. Os portos do Brasil serviram para o desembarque desses escravos, principalmente os do Rio de Janeiro, da Bahia, de Pernambuco e do Maranhão. Os negros que vinham como escravos eram de grupos sudaneses e bantos.

O negro teve importante papel na economia brasileira. Participava de todas as atividades braçais. E além da contribuição da formação da nossa etnia, os seus usos e costumes influenciaram bastante a cultura brasileira.

O ELEMENTO  EUROPEU

Ao longo das idades moderna e contemporânea, notamos a chegada de outros povos de origem europeia. Espanhóis, franceses, alemães e holandeses apareceram por aqui buscando disputar as terras que estavam sendo dominadas pelos portugueses. No século XIX, a expansão da economia cafeeira no Brasil e as crises políticas na Europa incentivaram a chegada de vários camponeses e trabalhadores dispostos a ocupar postos de trabalho tanto no campo, quanto nos centros urbanos da época. Em tempos mais recentes, temos de modo semelhante a chegada dos asiáticos.

Muito antes que essa diáspora dos europeus, uma outra diáspora – violenta e injusta – atingiu vários povos de origem africana. Trazidos pelos portugueses, desde o século XVI, vários povos africanos vieram para o Brasil a fim de trabalhar como escravos. Vitimados pela exploração de sua força de trabalho, sofreram com um processo de dominação que também afetou as populações indígenas do território. Ainda assim, deixaram evidentes marcas de sua presença na identidade histórica e cultural do povo brasileiro.

Entre todas essas chegadas, conflitos, desigualdades, acordos e contatos é que enxergamos a complexidade do povo brasileiro. Em um território tão extenso, vemos que a unidade de nossa população não passa de um desejo impossível. Contudo, isso fez com que o povo brasileiro fosse admirado por possuir uma variedade encontrada em poucos lugares desse mundo. Hoje, nosso maior desafio é mediar todas essas diferenças tendo o respeito e a tolerância como norteadores de uma vida de maior justiça e felicidade.

Fonte(s):

www.brasilescola.com
www.escolakids.com/o-povo-brasileiro.html

Biografia de Augusto Bastos Morbach

. 1911 - Filho de Frederico Carlos Morbach e Rosa de Lima Bastos Morbach, nasce em 9 de fevereiro , em Santo Antonio da Cachoeira, hoje município de Itaguatins, no norte do Estado de Goiás, na casa do coronel Augusto Cezar de Magalhães Bastos, seu avô. • 1917 - Órfão aos seis anos passa ao convívio de Arthur Guerra Guimarães casado com sua tia Vicência Bastos Guimarães. Nessa dependência, enquanto a tia ensina-lhe as primeiras letras, o tio recusa os desenhos que tira, a carvão, pretendendo que o ascendrado realismo temático seja substituído pela alegoria, por motivos alegres.
• 1913 - Os trabalhos de Augusto Morbach não são estimulados pelo tio, secretário do Conselho Municipal de Marabá por este não julgar conveniente a divulgação de imagens negativas da região.
• 1919 - Aos oito anos de idade, incorporado à família de Arthur Guerra Guimarães, passa a residir na sede do município de Marabá.
• 1920 - O juiz Ignácio de Souza Moitta – em Marabá desde o ano anterior – instala e mantém o educandário Arthur Porto, que terá como discente Augusto Morbach. No educandário cultiva estreita amizade com o seu diretor, juiz Ignácio Moitta – seu padrinho de crisma – e com sua esposa, a professora Arzuilla Horta de Souza Moitta. Enquanto o juiz, como intelectual, incuti-lhe o gosto pelos clássicos, a esposa ensina-lhe as únicas noções que recebeu de ritmo, forma, espaço, luz e sombra.
• 1925 - retrata a lápis o “querido mestre amigo”, juiz Ignácio Moitta, no que se constitui a sua mais antiga criação de que se tem noticia.
• 1932 – casa-se com Doralice Fontenelle Morbach, em 12 de novembro, em Porto Franco, no Estado do Maranhão, a quem, quando monitor no educandário Arthur Porto, havia ensinado História e Geografia, com quem teve 4 filhos: Frederico, Pedro, Carlos Arthur e Rômulo. Nessa época, como registrou, “hiberna na vida da castanha”, como intermediário entre o castanheiro e o aviador, ainda amargurando a negativa do Secretário Geral do Estado, que recusou sua matricula nos estabelecimentos de ensino da capital.
• 1935 - ingressa no serviço público ocupando, em curto período, o cargo de administrador das feiras e mercados da Prefeitura Municipal de Marabá. Neste mesmo ano, morre seu tio Arthur Guimarães, em 12 de novembro, e ele assume os encargos de chefe da família.
• 1939 - com o comercio dos castanhais arruinado pela Segunda Guerra Mundial, passa a dedicar-se ao garimpo e extração de madeira. Mal sucedido no garimpo, perde três fazendas em Goiás e hipoteca o castanhal “Balão”, para saldar os compromissos.
• 1940 - conhece, acidentalmente, em Marabá, Libero Luxardo, a quem retrata num esboço. Descobrindo o artista, Líbero Luxardo pede-lhe que ilustre o seu poema Tocantins, Rio de Três Estados. E, antes de editado o poema, em Belém, promove exposição, das 14 ilustrações realizadas por Augusto Morbach, as quais emocionam a intelectualidade da época , reunida em torno das revistas Novidade e Terra Imatura.
• inicia colaboração na revista Novidade, de Otávio Mendonça e Inocêncio Machado Coelho, na forma de ilustrações, capas e artigos; ilustra Terra Imatura, revista dirigida por Cléo Bernardo de Macambira Braga.
• Publica, na edição de agosto da revista Novidade um poema de sua autoria, intitulado “Dentro da noite à luz clara do luar.”
• participa do I Salão Oficial de Belas Artes, realizado na Biblioteca e Arquivo Público do Estado, sob a inspiração do diretor da mesma, Dr. Osvaldo Viana, obtendo segundo prêmio.
• 1941 - concorre no II Salão Oficial de Belas Artes, obtendo o primeiro lugar com o desenho “A admiração do índio”.
• 1954- retorna ao serviço público, desta vez como secretário da Prefeitura Municipal de Marabá, cargo no qual permaneceu até 1961, quando vem residir com a família em Belém e assume a função de procurador da Prefeitura Municipal de Marabá.
• 1962 - realiza com João Pinto, mostra de desenhos na sede social do Clube do Remo. Como registrou o escultor João Pinto, além de ceder-lhe espaço, divulgou e vendeu seus trabalhos.
• 1963 – colabora com “O Cinqüentenário”, número único do jornal comemorativo do cinqüentenário da criação do município de Marabá, editado em 5 de abril peal tipografia Rocha.
• 1964 – ingressa, em 1 de março, no Jornal do Dia, como ilustrador, atendendo ao convite de Cláudio Sá Leal.
• Finda a relação de emprego com o Jornal do Dia, a 1 de abril, quando encerra a sua circulação.
• 1966 – figura como chefe de redação do jornal O Democrata, de Marabá, cujo primeiro número circula a 1 de novembro, sob a direção de Helius Monção e de propriedade de Aziz Mutran Neto.
• 1968 – juntamente com um de seus irmãos, Antonio Bastos Morbach, edita a revista Itatocan.
• 1973 – com Pedro Morbach, seu filho, inicia a 15 de janeiro, mostra de desenhos na Galeria Angelus , sob o patrocínio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Pará, presidido por João Batista F. Marques.
• 1974 – Aposenta-se do serviço público municipal de Marabá. Os proventos foram transferidos, posteriormente, à viúva, sem maiores formalidades.
• 1976 – Inicia, a 14 de maio, mostra de desenhos na Galeria Angelus, sob o patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura, Desportos e Turismo, e com a coordenação de Eduardo Abdelnor.
• 1978 – É incluído na coletiva 17 artistas do Pará, inaugurada a 14 de fevereiro, na Galeria Theodoro Braga, como parte das comemorações pelo primeiro centenário de fundação do Theatro da Paz.
• 1979 – Inicia, em 25 de abril, na Galeria Theodoro Braga, mostra de desenhos e pinturas, sob o patrocínio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura - SEMEC.
• Atendendo ao convite da Secretaria Municipal de Educação e Cultura - SEMEC faz dez desenhos em nanquim sob papel, com vistas ao projeto de natal.
• 1980 – É incluído na coletiva “13 anos de arte em Belém”, coordenada por Sebastião Godinho e realizada nas galerias Angelus e Theodoro Braga, simultaneamente, no período de 10 a 18 de junho.
• Inaugura, a 1 de outubro, mostra de desenhos e pinturas na galeria Theodoro Braga, sob o patrocínio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
• 1981 – falece no Hospital São Luiz – em conseqüência de insuficiência respiratória e cardíaca e enfisema pulmonar – a 22 de fevereiro.

Evolução do aprendizado na escola

Podemos verificar se os resultados melhoraram ao longo dos anos. Para cada competência e etapa escolar, observe o crescimento de 2007 para 2011
A Prova Brasil utiliza a mesma escala (SAEB) para mensurar o aprendizado em todas as suas edições. Por isso é possível compará-las. 



Informações sobre o aprendizado:

Augusto Bastos Morbach (EMEF)

em 2007 

  9%

em 2009  +20 pontos percentuais

29%

em 2011 +5 pontos percentuais

34%

sexta-feira, 8 de março de 2013

Conselho Escolar

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei nº 9.394/1996), em seu artigo 14, estabelece que os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na Educação Básica, de acordo com as suas peculiaridades e observando os seguintes princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em Conselhos Esco- lares ou equivalentes.
 
Estes são, também, objetivos do Plano Nacional de Educação – PNE (aprovado pela Lei nº 10.172/2001) que estabelece como meta a criação de Conselhos Escolares nas escolas de educação infantil, ensino funda- mental e ensino médio.
 
A expressão da democracia na escola pode ser concebida pela organização do coletivo com representatividade por meio das instâncias colegiadas. O trabalho das Associações de Pais, Mestres e Funcionários e dos Grêmios Estudantis, não somente indica as possibilidades de consolidação do fortalecimento da comunidade, como também a garantia de espaços de discussão e de tomada de decisões no âmbito pedagógico, estrutural e financeiro.

Este processo de participação da comunidade organizada nos segmentos de gestão se consolida nos Conselhos Escolares. O Conselho Escolar é o órgão máximo de gestão no interior da escola. É por ele que passam discussões importantes como a construção do Projeto Político-Pedagógico, da Proposta Pedagógica Curricular, do Plano de Ação da escola e do Regimento Escolar.

É importante garantir que todas as instâncias da escola tenham representatividade no Conselho Escolar. Isso implica em tornar a escola pública mais democrática e participativa, legitimando-a como espaço de socialização do conhecimento. Este é o maior princípio sobre o qual se entende a função social da escola pública que é a democratização do saber. Portanto, o Conselho Escolar tem a possibilidade de conhecer as esferas legais da educação, de analisar as diferentes concepções pedagógicas, de debater as diretrizes da mantenedora da escola, de aprofundar as políticas públicas da educação e, desta forma, participar do processo de tomada de decisões. Para que a comunidade escolar possa exercer seu papel de “controle” público e acompanhamento das práticas escolares, é preciso que ela tenha os instrumentos necessários para a compreensão deste processo e das questões legais que o sustentam.

O Conselho Escolar é um órgão colegiado composto por represen- tantes das comunidades escolar e local (diretor, professor, funcio- nários administrativos, pais, estu- dantes e membros da comuni- dade), que tem por atribuição deliberar sobre questões peda- gógicas, administrativas, financei- ras, no âmbito escolar.
 
Compete-lhe a tarefa de analisar as ações a serem empreendidas e os meios a serem utilizados para o cumprimento das finalidades da es- cola. O Conselho representa as comunidades escolar e local, atuando em conjunto e definindo caminhos para deliberações sobre os assuntos de sua responsabilidade. Torna-se um espaço privilegiado de discussão, negociação e encaminhamento das demandas educacionais, possibili- tando a participação social e promovendo a cultura da gestão democrática.

Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.

Origem

A ideia da existência de um dia internacional da mulher surge na virada do século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação da mão-de-obra feminina, em massa, na indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. Muitas manifestações ocorreram nos anos seguintes, em várias partes do mundo, destacando-se Nova Iorque, Berlim, Viena (1911) e São Petersburgo (1913).
O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América, em memória do protesto contra as más condições de trabalho das operárias da indústria do vestuário de Nova York.
Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhaga, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada.

No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.
Poucos dias depois, a 25 de março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores - a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001. Para Eva Blay, é provável que a morte das trabalhadoras da Triangle se tenha incorporado ao imaginário coletivo, de modo que esse episódio é, com frequência, erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da Mulher.
Em 1915, Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Christiania (atual Oslo), contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a mulher.
Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução russa de 1917. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), a greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, contra o czar Nicolau II e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro. Leon Trotsky assim registrou o evento: “Em 23 de fevereiro (8 de março no calendário gregoriano) estavam planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.
Após a Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para torná-lo um dia oficial que, durante o período soviético, permaneceu como celebração da "heróica mulher trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente perderia a vertente política e tornar-se-ia uma ocasião em que os homens manifestavam simpatia ou amor pelas mulheres - uma mistura das festas ocidentais do Dia das Mães e do Dia dos Namorados, com ofertas de prendas e flores, pelos homens às mulheres. O dia permanece como feriado oficial na Rússia, bem como na Bielorrússia, Macedónia, Moldávia e Ucrânia.
Na Tchecoslováquia, quando o país integrava o Bloco Soviético (1948 - 1989), a celebração era apoiada pelo Partido Comunista. O MDŽ (Mezinárodní den žen, "Dia Internacional da Mulher" em checo) era então usado como instrumento de propaganda do partido, visando convencer as mulheres de que considerava as necessidades femininas ao formular políticas sociais. A celebração ritualística do partido no Dia Internacional da Mulher tornou-se estereotipada. A cada dia 8 de março, as mulheres ganhavam uma flor ou um presentinho do chefe. A data foi gradualmente ganhando um caráter de paródia e acabou sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na televisão. Assim, o propósito original da celebração perdeu-se completamente. Após o colapso da União Soviética, o MDŽ foi rapidamente abandonado como mais um símbolo do antigo regime.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960, sendo, afinal, adotado pelas Nações Unidas, em 1977.

fonte:
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Internacional_da_Mulher
acessado em 07 de março de 2013

 

quinta-feira, 7 de março de 2013

A Castanha-do-Pará



 Escrito por Conceição Trucom *

A castanha-do-Pará, ou castanha-do-Brasil é a semente da castanheira-do-Pará (Bertholletia excelsa) uma árvore da família botânica Lecythidaceae, nativa da Floresta Amazônica. Ela ocorre em árvores espalhadas às margens do Rio Amazonas, Rio Negro, Rio Orinoco, Rio Araguaia e Rio Tocantins.
Embora tenha nomes tipicamente brasileiros, sendo chamada no exterior de “Brazil nut”, ela está presente nas Guianas, Venezuela, Brasil, leste da Colômbia, leste do Peru e leste da Bolívia.
Para muitos, a castanha-do-Pará é considerada uma castanha, no entanto, para os especialistas, ela é uma semente, porque as castanhas são formadas por polpa branca e saborosa revestida por uma casca fina e brilhante, que não é o caso.
Ao contrário, seu fruto é um pixídio lenhoso, globoso, com tamanho variável que recebe o nome de “ouriço”. As sementes ou “castanhas” são de forma angulosa, tendo no seu interior a “amêndoa”, de alto valor econômico e nutricional.
O “ouriço” permanece na árvore por 15 meses, quando chega a pesar cerca de 1,5 Kg. Ao amadurecer, despenca do alto da castanheira, uma das maiores árvores da Amazônia, que chega a atingir entre 30 e 45 metros de altura.
O maior produtor e exportador mundial da castanha-do-Pará é a Bolívia, respondendo por cerca de 50% de toda a produção. O Brasil é o segundo maior produtor, que responde por aproximadamente 40% da produção mundial.
Na Saúde
Seu valor biológico é grande para fins alimentícios, pois contém em torno de 17% de proteína – cerca de cinco vezes o conteúdo protéico do leite bovino in natura. Fator importante, também, é que a proteína desta semente possui os aminoácidos essenciais ao ser humano. Seu teor de gordura é extremamente elevado, em torno de 67%, com somente 7% de carboidrato (fibras), além das vitaminas A, C, B1, B2 e B5. Rica em fósforo e cálcio, é o alimento do planeta mais rico em selênio.
Alguns estudos mostraram que essa oleaginosa ajuda a prevenir câncer, esclerose múltipla e mal de Alzheimer. Sua fração oleosa é rica em ácidos graxos monoinsaturadas (48%) sendo indicada na prevenção de doenças cardiovasculares, controles glicêmicos e de peso.
Fonte riquíssima de selênio, a castanha-do-Pará cuida da força do sistema imunológico, ou seja, na prevenção do câncer, ajuda no equilíbrio do hormônio ativo da tireóide e age como antioxidante, protegendo o organismo contra os danos provocados pelos radicais livres. Uma única castanha contém a quantidade diária de selênio necessária para um adulto (55 microgramas).
A castanha-do-Pará é indispensável aos desnutridos, anêmicos, desmineralizados, com problemas mentais e tuberculosos. É um alimento que não deve faltar na alimentação das crianças, gestantes e lactantes.
A excelsina, a proteína da castanha-do-Pará, é de alto valor biológico por ser reconhecida como completa, ou seja, contêm todos os aminoácidos essenciais, indispensáveis à manutenção da vida e ao crescimento. Para termos uma idéia mais exata do valor protéico da castanha-do-Pará, basta lembrarmos que um renomado nutrólogo a chamou de "carne vegetal". O índice de crescimento resultante do uso desta castanha muito se assemelha ao do leite.
Graças ao seu elevado teor de fósforo e selênio, seu consumo é muito adequado aos que exercem atividades intelectuais.
Por não ser de muito fácil digestão, aconselha-se mastigar muito bem a castanha-do-Pará e não exagerar na dose - 1 a 2 unidades por dia.

No Brasil

A castanha do Brasil, também denominada castanha-do-pará, ocorre nos Estados brasileiros do Acre, Amazonas, Pará, Roraima, e Rondônia, bem como em boa parte do Maranhão, Tocantins e do Mato Grosso.
É uma espécie encontrada principalmente em solos pobres, bem estruturados e drenados, argilosos ou argilo-arenosos, sendo que sua maior ocorrência é nos solos de textura média a pesada. Não é encontrada em áreas com drenagem deficiente nem em solos excessivamente compactados, desenvolvendo-se bem em terras firmes e altas. Vegeta naturalmente em clima quente e úmido. Ocorre em áreas onde a precipitação média varia de 1400 a 2800 mm/ano, e onde existe um déficit de balanço de água por 2-5 meses.
Aplicações
a) “ouriços” - como combustível ou na confecção de objetos;
b) semente ou “castanha” - alimento rico em proteínas, lipídios, fibras, minerais e vitaminas;
c) óleo prensado a frio - pode ser consumido como suplemento alimentar ou na cosmética natural;
d) farelo - do resíduo da extração do óleo é obtida uma torta ou farelo usada como misturas em farinhas ou rações;
e) “leite” de castanha” - de grande valor na culinária regional que também pode ser consumido como suplemento alimentar e;
f) “castanha ralada” – como substituta do queijo parmesão ralado em pratos da alimentação natural.
As sementes podem ser consumidas in natura ou torradas, além de serem empregadas na fabricação de farinhas, doces e sorvetes. O óleo extraído da castanha-do-Pará também pode ser utilizado na indústria de cosméticos e na fabricação de tintas.
Os principais consumidores de castanha-do-Pará são os Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Itália, principalmente. Infelizmente, o mercado doméstico é um percentual muito pequeno do mercado consumidor total influenciado pela: baixa informação, pelos preços internacionais e os níveis de renda local.

Na Ecologia

No que se refere à produção de frutos, a castanha-do-Pará tem importância social muito grande na região amazônica, já que a quase totalidade da produção é exportada, principalmente para Estados Unidos e Europa.
O consumo da castanha-do-Pará pode estar diretamente ligado com a preservação da Floresta Amazônica e a fixação na terra das famílias da região que trabalham na extração da castanha. Para se ter uma idéia, um castanheiro (pessoa que faz a extração da castanha) chega a controlar uma área com cerca de 1.000 hectares de floresta primária. Essas áreas permanecerão protegidas enquanto houver a atividade de extração da castanha-do-Pará.
Entretanto, milhares de castanheiras vêm sendo derrubadas para a exploração da sua madeira, que é extremamente valiosa, para nesta área desenvolver a atividade da pecuária que é absolutamente antiecológica.
A castanha-do-Pará é uma espécie com potencial silvicultural, uma excelente opção para o reflorestamento de áreas degradadas de pastagens ou de cultivos anuais, ao lado de outras espécies florestais. Hoje em dia, a exploração de exemplares nativos é proibida pelo Decreto n° 1282, de 19/10/1994 que não impede seu plantio com a finalidade de reflorestamento (plantios puros e sistemas consorciados).
 
Nota: a castanha do pará costuma ser extraída do "ouriço" com processo térmico, quando então não pode ser considerada alimento cru e vivo, germinável. Motivo pelo qual não aparece em muitas receitas da alimentação viva. Mas, pense bem: o que é mais danoso? Uma maionese com leite e ovos ou de castanha do pará crua pré-hidratada por 4 horas? Ou um docinho com leite condensado e gordura hidrogenada ou um feito com castanha do pará crua e uva passa? Sem fogão nem açúcar???


* Conceição Trucom é química, cientista, palestrante e escritora sobre temas voltados para o bem-estar e qualidade de vida.
Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações, citada a autora e a fonte www.docelimao.com.br
escritora dos livros O poder de cura do LimãoA importância da LINHAÇA na saúde e Alimentação Desintoxicante - editora Alaúde, Mente e Cérebro poderosas - editora Pensamento-Cultrix.

A Economia da Castanha e os Japoneses no Pará

publicado em http://parahistorico.blogspot.com.br/2009/02/castanha-e-imigracao-japonesa-no-para.html
por Prof. Leonardo Castro no blog PARÁ HISTÓRICO
em sábado, 21 de fevereiro de 2009


A partir da década de 1920 se desenvolveu no Estado do Pará a economia da Castanha-do-Pará. As castanhas são colhidas por trabalhadores conhecidos como castanheiros.


Castanheiras imponentes, ao sul de Marabá.

A castanha é altamente consumida pela população local in natura, torrada, ou na forma de farinhas, doces e sorvetes. Assim como no uso alimentar, o óleo extraído da castanha-do-pará também é usado como lubrificante em relógios, para se fazer tintas para artistas plásticos e na indústria de cosméticos.
A Castanha-do-Pará.

A partir da década de 1930 as famílias enriquecidas com os lucros da borracha orientaram seu capital para aumentar a coleta de castanha. Além disso, havia um mercado consumidor internacional deste produto – Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos.


A castanheira é uma árvore de grande porte, atingindo uma altura de 50 m. A região de maior concentração de castanhais era a região do Araguaia-Tocantins, principalmente as regiões produtoras de Marabá e região do Xingu. Marabá foi o maior exportador de castanha do mundo.
Até os anos de 1920, as castanheiras nativas do Pará não tinham donos. Os castanheiros entravam num castanhal, colhiam as castanhas e vendiam o produto da sua coleta diretamente a um regatão (comerciante que vende produtos num barco).

Marabá
A partir dos anos de 1930, o sistema de comercialização tornou-se semelhante àquele da borracha. Fazia-se através de casas de aviamento e de firmas exportadoras.

Os coletores pagavam com o produto da colheita de castanhas os gêneros e utilidades de que tivessem necessidade durante a safra.

Como a castanha começou a dar lucro, o Governo do Pará, na época, entregou os castanhais a pessoas ricas da elite local e proibiu a entrada de coletores livres nos castanhais cedidos.

Houve, assim, uma grande concentração de terras nas áreas de castanhais. O Governo do Pará favoreceu algumas poucas famílias que se beneficiaram com os lucros econômicos do comércio da castanha.

Assim, o Estado nos anos 1930, teve uma política de concessão das terras públicas em favor desses grupos das “chefias políticas”, denominadas também de “oligarquias”.

Os pequenos e médios coletores de castanhas, coletores livres e índios coletores foram prejudicados, pois muitos foram expropriados de suas terras. Os castanhais onde eles trabalhavam eram confiscados, deixando as terras para os grandes grupos economicos da elite paraense.

A Imigração Japonesa para o Pará

Em 1925, agrônomos japoneses pesquisaram solos no Pará a fim de escolher o local mais adequado para estabelecer uma colônia de agricultores japoneses.





Agricultores japoneses em Tomé-Açu.

Para a região Norte, o primeiro grupo de imigrantes japoneses chegou ao Pará em 16 de Setembro de 1929, dirigindo-se para a colônia de Tomé-Açu, distante de Belém 230km.

A característica da presença japonesa no Pará e na Amazônia é ter se estabelecido em núcleos coloniais agrícolas.




Município de Tomé-Açu.

Nas colônias de Tomé-Açu os japoneses encontraram casas, hospitais, escolas para o ensino da língua portuguesa, luz elétrica, etc.

Muitos imigrantes morreram de doenças como a malária e gripe. Entre 1935 e 1942, 276 famílias japonesas abandonaram o Pará em direção ao sul do Brasil.

Alguns japoneses migraram para as redondezas de Belém onde posteriormente vieram a constituir alguns núcleos como os do Tapanã, Coqueiro e Ananindeua.

Os japoneses começaram a trabalhar com o cultivo do cacau, do arroz, feijão, algodão, tabaco, cana-de-açúcar, mandioca e, mais tarde, introduziram em Tomé-Açu o cultivo da pimenta.

Durante a Segunda Guerra Mundial os “japoneses” que estavam nas cidades foram para colônias, mais especificamente a do rio Acará que chamava-se Tomé-Açu, instituída como “campo de concentração dos japoneses”.

Passada a guerra, em 1947 introduz-se em Tomé-Açu o cultivo da pimenta que dez anos depois de duas mudas que vingaram quando trazidas da Malásia, multiplicara-se para 820.000 pés, com uma produção de 2.300 toneladas.

A pimenta que obtinha alto preço no mercado internacional é plantada nas diversas colônias do Pará e originou uma outra expansão de núcleos ou de indivíduos de origem japonesa para outras regiões do Estado como Curuçá, Vigia, etc.

A pimenta permitiu um maior relacionamento da comunidade “japonesa” com a brasileira e entre ela mesma, devido a criação em 1958 da Associação Pan-Amazônia Nipo-Brasileira com sede em Belém.

Em 1969 uma bactéria chamada fusarium ataca os pimentais, devastando a cultura em todo o Estado, pressionando a migração de “japoneses” das diversas colônias e principalmente de Tomé-Açu.

No sentido de buscar novas áreas que fossem imunes a praga, eles migram para outras regiões do Pará ou então mudam de atividade vindo para Belém.