quinta-feira, 14 de março de 2013

Biografia de Augusto Bastos Morbach

. 1911 - Filho de Frederico Carlos Morbach e Rosa de Lima Bastos Morbach, nasce em 9 de fevereiro , em Santo Antonio da Cachoeira, hoje município de Itaguatins, no norte do Estado de Goiás, na casa do coronel Augusto Cezar de Magalhães Bastos, seu avô. • 1917 - Órfão aos seis anos passa ao convívio de Arthur Guerra Guimarães casado com sua tia Vicência Bastos Guimarães. Nessa dependência, enquanto a tia ensina-lhe as primeiras letras, o tio recusa os desenhos que tira, a carvão, pretendendo que o ascendrado realismo temático seja substituído pela alegoria, por motivos alegres.
• 1913 - Os trabalhos de Augusto Morbach não são estimulados pelo tio, secretário do Conselho Municipal de Marabá por este não julgar conveniente a divulgação de imagens negativas da região.
• 1919 - Aos oito anos de idade, incorporado à família de Arthur Guerra Guimarães, passa a residir na sede do município de Marabá.
• 1920 - O juiz Ignácio de Souza Moitta – em Marabá desde o ano anterior – instala e mantém o educandário Arthur Porto, que terá como discente Augusto Morbach. No educandário cultiva estreita amizade com o seu diretor, juiz Ignácio Moitta – seu padrinho de crisma – e com sua esposa, a professora Arzuilla Horta de Souza Moitta. Enquanto o juiz, como intelectual, incuti-lhe o gosto pelos clássicos, a esposa ensina-lhe as únicas noções que recebeu de ritmo, forma, espaço, luz e sombra.
• 1925 - retrata a lápis o “querido mestre amigo”, juiz Ignácio Moitta, no que se constitui a sua mais antiga criação de que se tem noticia.
• 1932 – casa-se com Doralice Fontenelle Morbach, em 12 de novembro, em Porto Franco, no Estado do Maranhão, a quem, quando monitor no educandário Arthur Porto, havia ensinado História e Geografia, com quem teve 4 filhos: Frederico, Pedro, Carlos Arthur e Rômulo. Nessa época, como registrou, “hiberna na vida da castanha”, como intermediário entre o castanheiro e o aviador, ainda amargurando a negativa do Secretário Geral do Estado, que recusou sua matricula nos estabelecimentos de ensino da capital.
• 1935 - ingressa no serviço público ocupando, em curto período, o cargo de administrador das feiras e mercados da Prefeitura Municipal de Marabá. Neste mesmo ano, morre seu tio Arthur Guimarães, em 12 de novembro, e ele assume os encargos de chefe da família.
• 1939 - com o comercio dos castanhais arruinado pela Segunda Guerra Mundial, passa a dedicar-se ao garimpo e extração de madeira. Mal sucedido no garimpo, perde três fazendas em Goiás e hipoteca o castanhal “Balão”, para saldar os compromissos.
• 1940 - conhece, acidentalmente, em Marabá, Libero Luxardo, a quem retrata num esboço. Descobrindo o artista, Líbero Luxardo pede-lhe que ilustre o seu poema Tocantins, Rio de Três Estados. E, antes de editado o poema, em Belém, promove exposição, das 14 ilustrações realizadas por Augusto Morbach, as quais emocionam a intelectualidade da época , reunida em torno das revistas Novidade e Terra Imatura.
• inicia colaboração na revista Novidade, de Otávio Mendonça e Inocêncio Machado Coelho, na forma de ilustrações, capas e artigos; ilustra Terra Imatura, revista dirigida por Cléo Bernardo de Macambira Braga.
• Publica, na edição de agosto da revista Novidade um poema de sua autoria, intitulado “Dentro da noite à luz clara do luar.”
• participa do I Salão Oficial de Belas Artes, realizado na Biblioteca e Arquivo Público do Estado, sob a inspiração do diretor da mesma, Dr. Osvaldo Viana, obtendo segundo prêmio.
• 1941 - concorre no II Salão Oficial de Belas Artes, obtendo o primeiro lugar com o desenho “A admiração do índio”.
• 1954- retorna ao serviço público, desta vez como secretário da Prefeitura Municipal de Marabá, cargo no qual permaneceu até 1961, quando vem residir com a família em Belém e assume a função de procurador da Prefeitura Municipal de Marabá.
• 1962 - realiza com João Pinto, mostra de desenhos na sede social do Clube do Remo. Como registrou o escultor João Pinto, além de ceder-lhe espaço, divulgou e vendeu seus trabalhos.
• 1963 – colabora com “O Cinqüentenário”, número único do jornal comemorativo do cinqüentenário da criação do município de Marabá, editado em 5 de abril peal tipografia Rocha.
• 1964 – ingressa, em 1 de março, no Jornal do Dia, como ilustrador, atendendo ao convite de Cláudio Sá Leal.
• Finda a relação de emprego com o Jornal do Dia, a 1 de abril, quando encerra a sua circulação.
• 1966 – figura como chefe de redação do jornal O Democrata, de Marabá, cujo primeiro número circula a 1 de novembro, sob a direção de Helius Monção e de propriedade de Aziz Mutran Neto.
• 1968 – juntamente com um de seus irmãos, Antonio Bastos Morbach, edita a revista Itatocan.
• 1973 – com Pedro Morbach, seu filho, inicia a 15 de janeiro, mostra de desenhos na Galeria Angelus , sob o patrocínio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Pará, presidido por João Batista F. Marques.
• 1974 – Aposenta-se do serviço público municipal de Marabá. Os proventos foram transferidos, posteriormente, à viúva, sem maiores formalidades.
• 1976 – Inicia, a 14 de maio, mostra de desenhos na Galeria Angelus, sob o patrocínio da Secretaria de Estado de Cultura, Desportos e Turismo, e com a coordenação de Eduardo Abdelnor.
• 1978 – É incluído na coletiva 17 artistas do Pará, inaugurada a 14 de fevereiro, na Galeria Theodoro Braga, como parte das comemorações pelo primeiro centenário de fundação do Theatro da Paz.
• 1979 – Inicia, em 25 de abril, na Galeria Theodoro Braga, mostra de desenhos e pinturas, sob o patrocínio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura - SEMEC.
• Atendendo ao convite da Secretaria Municipal de Educação e Cultura - SEMEC faz dez desenhos em nanquim sob papel, com vistas ao projeto de natal.
• 1980 – É incluído na coletiva “13 anos de arte em Belém”, coordenada por Sebastião Godinho e realizada nas galerias Angelus e Theodoro Braga, simultaneamente, no período de 10 a 18 de junho.
• Inaugura, a 1 de outubro, mostra de desenhos e pinturas na galeria Theodoro Braga, sob o patrocínio da Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
• 1981 – falece no Hospital São Luiz – em conseqüência de insuficiência respiratória e cardíaca e enfisema pulmonar – a 22 de fevereiro.

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