quarta-feira, 9 de maio de 2012

MATEMÁTICA LÚDICA: APRENDER BRINCANDO

O ensino através do lúdico cria um ambiente atraente, servindo de estímulo para o desenvolvimento integral da criança, agindo como facilitador, colaborando para trabalhar bloqueios que os alunos apresentam em relação a alguns conteúdos matemáticos.

O papel do educador não é ensinar a jogar, e sim, acompanhar a maneira como as crianças jogam, auxiliando na construção de regras, levando-as a pensar e adquirir autonomia.

Ao exercitar os jogos, a criança estará aberta para abordar questões do currículo, agilidade no raciocínio verbal, numérico, visual e abstrato, além de aprender a buscar alternativas que auxiliam no desenvolvimento físico e mental.

O jogo é diversão e fonte de aprendizado, estimula o sujeito e facilita atitudes socializantes, sendo possível proporcionar experiências, explorar potencialidades, limitações e o trabalho em equipe.

Os acontecimentos ao longo da história vêm mostrando que o conhecimento renova-se a cada descoberta. Conhecimentos matemáticos, estratégias de facilitação da aprendizagem e métodos de trabalho didáticos, são fatores que vêm surgindo e se modificando, através de pesquisas, contribuindo para subsidiar soluções práticas do dia-a-dia.

Os jogos matemáticos, por serem um atrativo agradável auxiliam na aprendizagem dos alunos, pois estes nem percebem que conhecimentos teóricos são transmitidos de forma simples e divertida.

O mais importante é que o aluno se divirta, e ao mesmo tempo, adquira novas capacidades ou desenvolva as que possui. Assim, é conveniente que o educador saiba aplicar os jogos da forma que considerar mais divertida e educativa.

É dever dos educadores colocar ao alcance das crianças um leque variado de jogos para que possa acontecer um crescimento harmônico, já que, se o jogo deve ser algo livre e espontâneo, dificilmente ele poderá acontecer se não for conhecido, se não tiver o material adequado ou se as circunstâncias forem adversas para seu desenvolvimento.

A utilização dos jogos matemáticos faz surgir no aluno, o interesse pelo conhecimento e desenvolvimento das operações matemáticas e a vontade de descobrir novos conhecimentos.

Além de ser uma forma interessante e dinâmica de abordar resoluções de problemas e elaborar estratégias, os jogos matemáticos têm um aspecto socializador, pois neles são estabelecidas regras a cumprir, sendo utilizadas para incutir na criança, a cooperação, a solidariedade e o respeito ao próximo.

Utilizar jogos como recurso didático é uma forma de vincular teoria à prática, pois vivemos em um mundo exigente em que as pessoas devem pensar, questionar e se arriscar, propondo soluções aos vários desafios surgidos no cotidiano. É esse raciocínio que se aprende através dos jogos utilizados em sala de aula. Por isso levaremos aos alunos diversas possibilidades de operar significativamente os problemas matemáticos, gerando compreensão e assimilação do processo de construção dos conhecimentos matemáticos. Acredita-se que os jogos devem, assim, estar inseridos na prática metodológica do educador, constituindo-se como instrumento da aprendizagem.

A utilização de jogos educativos no ambiente escolar traz muitas vantagens para o processo de ensino e aprendizagem, entre elas:

  • Une a vontade e o prazer para realizar atividades matemáticas;
  • É um impulso natural da criança funcionando como um grande motivador;
  • A criança obtém prazer e realiza um esforço espontâneo e voluntário para atingir o objetivo do jogo;
  • Mobiliza esquemas mentais: estimula o pensamento, a ordenação de tempo e espaço;
  • Integra várias dimensões da personalidade: afetiva, social, motora e cognitiva;
  • Favorece a aquisição de condutas cognitivas e desenvolvimento de habilidades como coordenação, destreza, rapidez, força , concentração, etc. 
O presente artigo foi norteado pelas questões a seguir:
  • Quais os benefícios que os jogos matemáticos trarão ao aluno?
  • Como despertar o interesse da criança pela matemática?
  • Quais os métodos mais eficazes para que ocorra a aprendizagem significativa?
  • Como tornar prazerosa a resolução das operações matemáticas?
  • Como auxiliar aos educadores no trabalho pedagógico utilizando os jogos matemáticos?
  • Qual a causa da apatia dos alunos em realizarem atividades com operações matemáticas?
  • O que fazer para ajudar aos alunos a desenvolverem todo o seu potencial matemático?
  • Até que ponto os pais podem interferir no conhecimento matemático de seu filho?
  • Que sentido faz para o aluno lidar com a matemática?
O jogo na educação matemática possui uma intenção/objetivo; ele deve estar carregado de conteúdo. E é um conteúdo que não pode ser apreendido pela criança ao manipular os objetos, mas sim no ato de jogá-lo. O conteúdo matemático não deve estar no jogo, mas no ato de jogar.

Ao longo dos últimos anos, a educação por meio dos jogos tem sido bastante discutida como uma alternativa metodológica eficiente.Por fim, vemos que os jogos e brincadeiras eram práticas comuns a todas as idades até aos dias atuais. Apesar do lúdico ser um mecanismo didático associado à motivação dos alunos e de real valor em sala de aula, ainda é visto por alguns com certa resistência em todas as escolas.

São utilizados diversos tipos de jogos, todos são bem aceitos pelos alunos. Contudo, alguns obtem maior significado e maior êxito em sua execução. A maior parte deles são  realizada em grupos de quatro alunos, o que possibilitou maior socialização, primando pelo exercício da paciência e elevação da auto-estima.

Os jogos mais atrativos são aqueles que permitiam movimentação na sala de aula, boa apresentação visual e envolvem seu contexto social.

O manuseio dos jogos didáticos motiva os alunos, uma vez que possibilitaram, uma visão ampla, lúdica e concreta de como se estruturam certos conceitos matemáticos.

Mostra-se altamente eficaz para a aprendizagem significativa, pois conduz o aluno a construir seu próprio conhecimento matemático, dando-lhe autonomia para solucionar os desafios encontrados.

Lembrando sempre que “Aprender é construir significados e ensinar é oportunizar esta construção”, foram propostos jogos e atividades úteis, os quais alcançaram objetivos variados. É necessário apenas, escolher os mais adequados e colocá-los ao alcance das crianças. Elas se encarregaram do resto.
Espera-se que, a partir deste artigo, o papel metodológico do jogo possa ser evidenciado na aprendizagem matemática destes alunos.

Autores: Adele Emília Schlukat Pimentel, Alessandra Vieira Moura Borges, Dalva Maria de Freitas , Doraci Sampaio de Matos Viana, Hangelli Célia Guimarães de Siqueira, Mara Aparecida Pereira, Vilma Gomes Lamounier.
(Acadêmicas do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Goiás – Unidade de Formosa)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBERNAZ, Jussara Martins. Jogos matemáticos nas séries iniciais. Projeto de Extensão. Espírito Santo, maio de 1999. Disponível em: http://www.ufes.br/~sacp/jogos.htm. Acesso em: 12/07/2003.

ALVES, Eva Maria Siqueira, A ludicidade e o ensino de matemática. Papirus, Campinas: 2001.

 CALLOIS, Roger. Os jogos e os homens: A máscara e a vertigem. Trad. De José Garcez Palha. Lisboa, Edições Cotovia: 1990.

 CARRAHER, Terezinha, CARRAHER, David, SCHLIEMANN, Ana Lúcia. Na vida dez, na escola zero. 11 ed. Cortez, São Paulo: 2001.

 DIENES, Zoltan Paul. As seis etapas do processo de aprendizagem em matemática. São Paulo: EPU, 1986.

 FARIA, Anália Rodrigues de. O desenvolvimento da criança e do adolescente segundo Piaget. Ed. Ática, 3 ed, 1995.

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