Professor
(em latim significa aquele que administra):
Professor
é o profissional que ministra aulas ou cursos em todos os níveis
educacionais. É uma das profissões mais antigas e mais importantes,
tendo em vista que os demais, em sua maioria, dependem dela.
1-O
que é ser professor ?
Ser professor é
despertar “futuros”,é criar gente que pensa,aprende, faz, avalia
e refaz tudo de novo se for necessário. Ser professor é ainda
garantir que todos os alunos tenham sucesso na sua trajetória
escolar. É ter a clara noção de que o fracasso nos estudos,quando
ocorre,é em grande parte responsabilidade dele. Afinal, ele estava
lá para educar aquelas crianças, para humanizá-las, para fazer
delas cidadãos conscientes.
1.1-perfil
de professores:
Conjunto de ações do
professor espelha a atitude profissional que ele assume no cotidiano
escolar. Pode adotar uma postura desesperançada e conformada com as
dificuldades que a vida e a docência trazem. Ou manifestar uma
infelicidade infinita, demonstrada não somente pelo olhar vazio e
pelo jeito amargo de sorrir, mas, principalmente, no modo pouco
desafiador de lidar com as crianças. Ou, ainda, uma atitude positiva
e confiante. Assim, conforme a trajetória de vida e o tipo de
relação profissional que o professor estabeleceu, ele pode
apresentar várias faces: a da conformidade, a do medo e a da
realização. Vamos vê onde você ou o seu professor está!
1.1.2-
o conformado: “é não tem jeito, é assim mesmo!”
Nesse caso estão os
professores que acreditam que já perderam a hora e a vez. Sentem-se
velhos para novidades, cansados do rumor da juventude. São bem –
intencionados, mas não conseguem agir por conta própria. Em algum
momento, eles ficaram sem voz emudeceram. Na sala de aula, convivem
com a tristeza de perceber que podiam fazer diferentes.
Esses
professores sabem que seus alunos têm uma série de
necessidades e, principalmente, que precisam de novos desafios.
Mas foram pegos pelo desânimo, uma forma aguda de desesperança. No
entanto, dedicam - se com afinco ao “pão de cada dia”, porque
ainda existe um grilo falante que lhes diz, bem baixinho, que educar
é uma responsabilidade importante.
1.1.3-
o professor apavorado: “aluno é aluno; professor é professor ?”
Esse
tipo de docente é ainda pior: acha que sabe de tudo e, por isso
mesmo, morre de medo do que não conhece. Se pudesse, mandaria parar
o mundo para descer.
Para
os apavorados, o novo significa um desastre: vai substituir o seguro
pelo que pode ser uma péssima surpresa. Confiam na mesmice já
conhecida e a têm em alta conta, porque preferem não correr riscos.
Pessoas
assim geralmente são medrosas, tristes, amarguradas, não acreditam
em si mesmas e sim no que já sabem. O único lugar onde se sentem
fortes é na sala de aula, porque ali não há surpresas.
Capacitação
em serviço! Nem pensar! Além de não servir para nada, quem com a
devida prática, vai mudar sua maneira de conceber os alunos e,
principalmente, sua maneira de ensinar! Essas pessoas estão
convencidas de que, como professore, seu papel é o de repassar
conteúdos, dar a matéria prevista e ponto final: “ eu ensinei.
Agora, se aprenderam, é problema deles...!”
Essa
atitude rígida e inflexível combina com cumprimento de horário,
obediência ás ordens, respeito á burocracia e á hierarquia. Mas,
em compensação, não rima com educação. Esses professores com
medo do novo não toleram indisciplina e costumam reprovar os alunos
que não alcançam seus critérios de bom desempenho. Eles gostam de
estudantes passivos, calados, opacos, que dependem dos outros para
pensar, agir e até para sentir. A submissão os fortalece. É só
assim, em uma relação de subordinação, de cima para baixo, que
conseguem ver o outro. Por isso, nem pensam na possibilidade de
trocas, de envolvimento pessoal.
Docentes
desse tipo são pessoas solitárias. E é essa a causa de tanta
inflexibilidade, intolerância, pessimismo: a falta de parceiros!
Isolados, não sabem formar laços. Raramente são amados;
freqüentemente, tímidos. Certamente, os alunos gostariam de dar um
sumiço neles!
1.1.4
- o envolvido: “vamos para frente que atrás vem gente ?”
Esse
professor olha para os alunos e enxerga um universo de
possibilidades. Percebe as diferenças entre cada um e valoriza essa
diversidade. Gosta de ensinar, do contato pessoal, de trabalhar em
equipe, de aprender com a vida e com as pessoas. Sabe que é especial
e que parte de seu encanto vem da flexibilidade para lidar com o
mundo, de não ser um morto-vivo, petrificado e irredutível por não
rever posições.
Todo
mundo uma hora ou outra acaba errando e ser flexível é só isso:
aprender com os erros e evitar cometê-los de novo. Essas pessoas
encaram a existência como uma seqüência infinita de realizações.
Têm poucas convicções arraigadas. Na verdade, só mantêm viva a
idéia de agir, transformar esse mundo. Querem que todos acreditem
que a educação é uma condição necessária, embora não
suficiente, para descortinar panoramas mais otimistas.
2- Relação
do professor e aluno.
A
relação educador- educando não deve ser uma relação de
imposição, mas sim, uma relação de cooperação, de respeito e de
crescimento. O aluno deve ser considerado como um sujeito interativo
e ativo, ou seja, participativo no seu processo de construção de
conhecimento. Assumindo o educador um papel fundamental nesse
processo, como um individua mais experiente. Por essa razão cabe ao
professor considerar também, o que o aluno já sabe, sua bagagem
cultural e intelectual, para a construção da sua concepção de
aprendizagem e idéias.
Segundo
Gadotti (1999:2), o educador por em prática o diálogo, não deve
colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se
na posição de quem não sabe tudo reconhecendo que mesmo um
analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida. De
esta maneira o aprender se torna mais interessante quando o aluno se
sentiu competente pelas atitudes e métodos de motivação em sala de
aula. O prazer pelo aprender não é uma atividade que surge
espontaneamente nos alunos, pois, não é uma tarefa que cumprem com
satisfação, sendo em alguns casos encarada como obrigações. Para
que isto possa ser melhor cultivado, o professor deve despertar a
curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no desenvolvimento
das atividades.
Segundo
Freire (1996: 96) “o bom professor é o que consegue, enquanto fala
trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua
aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos
cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu
pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”.
Ainda Freire “o professor autoritário, o professor licencioso, o
professor competente, sério, o professor incompetente,
irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor
mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio,
burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem
deixar marcas.”
Logo,
a relação entre professor e aluno depende fundamentalmente, do
clima estabelecido pelo professor, da relação empática. Com seus
alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de
compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu
conhecimento e o deles. Indica também, que o professor, educador da
era industrial com raras exceções, deve buscar educar para as
mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa
abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a
formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas
responsabilidades sociais.
retirado do livro Programa de interiorização de licenciaturas; disciplina: Didática - UNAMA
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