quinta-feira, 24 de maio de 2012

Perfil do Professor


Professor (em latim significa aquele que administra):
Professor é o profissional que ministra aulas ou cursos em todos os níveis educacionais. É uma das profissões mais antigas e mais importantes, tendo em vista que os demais, em sua maioria, dependem dela.


1-O que é ser professor ?
Ser professor é despertar “futuros”,é criar gente que pensa,aprende, faz, avalia e refaz tudo de novo se for necessário. Ser professor é ainda garantir que todos os alunos tenham sucesso na sua trajetória escolar. É ter a clara noção de que o fracasso nos estudos,quando ocorre,é em grande parte responsabilidade dele. Afinal, ele estava lá para educar aquelas crianças, para humanizá-las, para fazer delas cidadãos conscientes.

1.1-perfil de professores:
Conjunto de ações do professor espelha a atitude profissional que ele assume no cotidiano escolar. Pode adotar uma postura desesperançada e conformada com as dificuldades que a vida e a docência trazem. Ou manifestar uma infelicidade infinita, demonstrada não somente pelo olhar vazio e pelo jeito amargo de sorrir, mas, principalmente, no modo pouco desafiador de lidar com as crianças. Ou, ainda, uma atitude positiva e confiante. Assim, conforme a trajetória de vida e o tipo de relação profissional que o professor estabeleceu, ele pode apresentar várias faces: a da conformidade, a do medo e a da realização. Vamos vê onde você ou o seu professor está!

1.1.2- o conformado: “é não tem jeito, é assim mesmo!”
Nesse caso estão os professores que acreditam que já perderam a hora e a vez. Sentem-se velhos para novidades, cansados do rumor da juventude. São bem – intencionados, mas não conseguem agir por conta própria. Em algum momento, eles ficaram sem voz emudeceram. Na sala de aula, convivem com a tristeza de perceber que podiam fazer diferentes.
Esses professores sabem que seus  alunos têm uma série  de necessidades e, principalmente,  que precisam de novos desafios. Mas foram pegos pelo desânimo, uma forma aguda de desesperança. No entanto, dedicam - se com afinco ao “pão de cada dia”, porque ainda existe um grilo falante que lhes diz, bem baixinho, que educar é uma responsabilidade importante.

1.1.3- o professor apavorado: “aluno é aluno; professor é professor ?”
Esse tipo de docente é ainda pior: acha que sabe de tudo e, por isso mesmo, morre de medo do que não conhece. Se pudesse, mandaria parar o mundo para descer.
Para os apavorados, o novo significa um desastre: vai substituir o seguro pelo que pode ser uma péssima surpresa. Confiam na mesmice já conhecida e a têm em alta conta, porque preferem não correr riscos.
Pessoas assim geralmente são medrosas, tristes, amarguradas, não acreditam em si mesmas e sim no que já sabem. O único lugar onde se sentem fortes é na sala de aula, porque ali não há surpresas.
Capacitação em serviço! Nem pensar! Além de não servir para nada, quem com a devida prática, vai mudar sua maneira de conceber os alunos e, principalmente, sua maneira de ensinar! Essas pessoas estão convencidas de que, como professore, seu papel é o de repassar conteúdos, dar a matéria prevista e ponto final: “ eu ensinei. Agora, se aprenderam, é problema deles...!”
Essa atitude rígida e inflexível combina com cumprimento de horário, obediência ás ordens, respeito á burocracia e á hierarquia. Mas, em compensação, não rima com educação. Esses professores com medo do novo não toleram indisciplina e costumam reprovar os alunos que não alcançam seus critérios de bom desempenho. Eles gostam de estudantes passivos, calados, opacos, que dependem dos outros para pensar, agir e até para sentir. A submissão os fortalece. É só assim, em uma relação de subordinação, de cima para baixo, que conseguem ver o outro. Por isso, nem pensam na possibilidade de trocas, de envolvimento pessoal.
Docentes desse tipo são pessoas solitárias. E é essa a causa de tanta inflexibilidade, intolerância, pessimismo: a falta de parceiros! Isolados, não sabem formar laços. Raramente são amados; freqüentemente, tímidos. Certamente, os alunos gostariam de dar um sumiço neles!

1.1.4 - o envolvido: “vamos para frente que atrás vem gente ?”
Esse professor olha para os alunos e enxerga um universo de possibilidades. Percebe as diferenças entre cada um e valoriza essa diversidade. Gosta de ensinar, do contato pessoal, de trabalhar em equipe, de aprender com a vida e com as pessoas. Sabe que é especial e que parte de seu encanto vem da flexibilidade para lidar com o mundo, de não ser um morto-vivo, petrificado e irredutível por não rever posições.
Todo mundo uma hora ou outra acaba errando e ser flexível é só isso: aprender com os erros e evitar cometê-los de novo. Essas pessoas encaram a existência como uma seqüência infinita de realizações. Têm poucas convicções arraigadas. Na verdade, só mantêm viva a idéia de agir, transformar esse mundo. Querem que todos acreditem que a educação é uma condição necessária, embora não suficiente, para descortinar panoramas mais otimistas.


2- Relação do professor e aluno.
A relação educador- educando não deve ser uma relação de imposição, mas sim, uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser considerado como um sujeito interativo e ativo, ou seja, participativo no seu processo de construção de conhecimento. Assumindo o educador um papel fundamental nesse processo, como um individua mais experiente. Por essa razão cabe ao professor considerar também, o que o aluno já sabe, sua bagagem cultural e intelectual, para a construção da sua concepção de aprendizagem e idéias.
Segundo Gadotti (1999:2), o educador por em prática o diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo reconhecendo que mesmo um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida. De esta maneira o aprender se torna mais interessante quando o aluno se sentiu competente pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula. O prazer pelo aprender não é uma atividade que surge espontaneamente nos alunos, pois, não é uma tarefa que cumprem com satisfação, sendo em alguns casos encarada como obrigações. Para que isto possa ser melhor cultivado, o professor deve despertar a curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no desenvolvimento das atividades.
Segundo Freire (1996: 96) “o bom professor é o que consegue, enquanto fala trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”. Ainda Freire “o professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar marcas.”
Logo, a relação entre professor e aluno depende fundamentalmente, do clima estabelecido pelo professor, da relação empática. Com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles. Indica também, que o professor, educador da era industrial com raras exceções, deve buscar educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades sociais.

retirado do livro Programa de interiorização de licenciaturas; disciplina: Didática - UNAMA

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