quinta-feira, 17 de maio de 2012

O USO DOS JOGOS MATEMÁTICOS NOS ANOS INICIAIS


Projeto de pesquisa apresentada a Universidade Federal do Pará – UFPA/ UAB, para aquisição parcial de notas, na disciplina Pratica de Ensino I, orientada pela tutora Maria do Socorro Santos; pelo aluno Magno Pessoa Ferreira.


1. INTRODUÇÃO

     O presente trabalho enfatiza a importância de jogos e curiosidades como metodologia de ensino nas aulas de matemática. O uso dessa metodologia tem como finalidade fazer com que os alunos gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse dos mesmos. Ao demonstramos a importância da inserção de jogos lúdicos, como um modelo prático de vivência e consciência, visando uma melhor prática no desenvolvimento da criança; deve-se nalisar a importância do lúdico no ensino das crianças com o intuito de ter uma sociedade que se volte para esse trabalho, e assim deve-se também perceber as possibilidades e os limites das crianças, a partir de trabalhos que mobilizem a prática desenvolvida no dia-a-dia de cada uma delas.
      Assim, acredita-se que com a inserção dos jogos lúdicos como recurso didático para a criação de um ambiente acolhedor e interativo, além das oportunidades de buscar as soluções mais adequadas para as situações de dificuldades no aprendizado da matemática para que os educandos possam ampliar suas capacidades de apropriação dos conceitos, dos códigos sociais e das diferentes linguagens, por meio da expressão e comunicação de sentimentos e idéias, da experimentação, da reflexão, da elaboração de perguntas e respostas, da construção de objetos e brinquedos, etc.
      Os jogos matemáticos, quando utilizados de forma correta, inseridos no planejamento do professor, contribuem para a construção do conhecimento que, concebe-se como um processo dinâmico no qual o aluno torna-se o agente dessa construção ao vivenciar situações, estabelecer conexões com o seu conhecimento prévio, perceber sentidos e construir significados.
     Segundo Malba Tahan, 1968, “para que os jogos produzam os efeitos desejados é preciso que sejam, de certa forma, dirigidos pelos educadores”. Partindo desse princípio e de que os alunos aprendem de maneira diferente dos adultos, devemos acompanhar a maneira como os alunos jogam, sendo observadores atentos, interferindo para colocar as questões interessantes (sem perturbar a dinâmica dos grupos) para, a partir disso, auxiliá-las a construir regras e a pensar de modo que eles entendam.
       Como uma das alternativas, pensamos no uso de jogos como um ótimo recurso didático, para exercitar o raciocínio, sendo de observação e o pensamento lógico da criança, de forma divertida e gostosa desenvolvendo e socializando seus conhecimentos com os colegas. Neste sentido, devemos pensar que a matemática deve buscar no jogo a ludicidade das soluções construídas para a situações-problemas seriamente vividas pelo aluno no seu cotidiano.
     Através de uma abordagem lúdica, o educando privilegia o desenvolvimento de estratégias para os problemas de forma agradável, uma vez que, o jogo é um dos meios mais propícios para a construção do conhecimento, pois o professor deverá oferecer uma multiplicidades de ações desafiadoras que motivem diferentes respostas, estimulando a criatividade e a redescoberta.
      Porém, temos que ter clareza que o uso do jogo não será o fim e sim o meio para se chegar ao objetivo esperado, com direcionamentos claros do que se pretende alcançar. Para tanto, é necessário envolver conceitos já estudados, colocar situações de desafios e explorar situações de jogo em outras atividades.

 
2. PROBLEMATIZAÇÃO
       A publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), da 1ª a 4ª série, em 1997, representa um esforço de colaborar na melhoria da qualidade do ensino. Os PCNs de Matemática abordam a importância da Matemática e jogos matemáticos no cotidiano, permitindo a solução de problemas e auxiliando na elaboração de conhecimentos em outras áreas. A constatação de que o ensino tem valorizado “(...) procedimentos mecânicos, desprovidos de significados para o aluno” revela a urgência de se “(...) reformular objetivos, rever conteúdos e buscar metodologias compatíveis” com a realidade (BRASIL, 1997, p. 15).
       Passados mais de dez anos de sua publicação, convém indagar: será que os professores de Matemática utilizam os jogos matemáticos no seu cotidiano? Será que eles se sentem seguros dos seus conhecimentos matemáticos, a ponto de transformarem as suas práticas, em especial a relação professor-conhecimento matemático-aluno? Será que os caminhos para se “fazer matemática” (resolução de problemas, história da matemática, tecnologias da informação e jogos matemáticos) são acessíveis, material e cognitivamente, para os professores?
      O problema de socialização das crianças nas redes da escola pública reflete-se na diversidade cultural, fazendo com que o trabalho pedagógico do professor se torne ainda mais difícil quando seus alunos são oriundos das classes populares. Aos educadores de bairros periféricos que se deparam com imensas diversidades culturais, o ensino qualitativo requer uma visão da necessidade de novas experiências educativas que tenham por base os componentes socializadores e integradores para situar a criança no espaço da escola.
     Diante disso, deve-se pensar como os jogos ajudam a desenvolver o raciocínio lógico-matemático e a concentração dos estudantes, e como o material didático concreto os auxilia a compreender as operações fundamentais, facilitando a transição para a abstração? Aprender a construí-los e a utilizá-los é de grande valia para o educador matemático, já que a resolução de problemas é a mais adequada para desenvolver uma postura crítica ante qualquer situação que exija resposta.
      O professor deve estar atento se cada hipótese formulada ou cada jogada desencadeia uma série de questionamentos, como por exemplo, aquela seria a única jogada possível? Se houver outras alternativas, qual escolher e por que escolher entre esta ou aquela? Terminado o problema, quais os erros e por que foram cometidos? Ainda é possível resolver o problema ou vencer o jogo, se forem mudadas as regras? De que maneira o jogo pode ser considerado um facilitador e mediador no processo de ensino-aprendizagem na disciplina de matemática?
 

3. JUSTIFICATIVA
    Sabe-se que, desde o início da vida escolar, muitos alunos apresentam um temor em relação à matemática, tal situação acaba por influenciá-los negativamente, tornando a aprendizagem desta disciplina um processo cercado de complicações, porém, o fator determinante das dificuldades apresentadas pelos alunos com relação à matemática pode ser a ausência de uma relação mais próxima entre tal disciplina e o dia-a-dia.
     Por exemplo, temos a Educação Infantil e 1º ano, onde as crianças compartilham um conjunto de situações regulares em sua forma e freqüência, que envolvem ações estruturantes para o bem-estar das crianças na escola e para a progressiva construção de valores significativos na interação social, como a autonomia e a cooperação. Propor um espaço para brincar e conviver com os outros, a Educação Infantil e 1º ano destacam a interação com os diversos aspectos da cultura como eixo estruturante da aprendizagem nesse segmento escolar.
     Os jogos são instrumentos lúdicos de aprendizagem que de forma agradável e eficaz proporcionam velocidade no processo de mudança de comportamento e aquisição de novos conhecimentos. Aprender jogando é a maneira mais prazerosa, segura e atualizada de ensinar. Desta forma os alunos da sala de recursos estão, de maneira lúdica, através de jogos em sala de aula aprendendo de forma diferenciada.
      Nos dias atuais não vemos mais isto acontecer, pois ninguém mais tem tempo para brincar com seus filhos, o que se vê é cada vez mais um número maior de escolinhas de esportes, escolas de línguas, de computação, de danças, entre outras. Não há mais como ausentar o lúdico do processo pedagógico, pois ele é o agente de um ambiente motivador e coerente. Ao se separar as crianças do ambiente lúdico estão automaticamente ignorando seus próprios conhecimentos, pois quando a criança entra na escola ela já possui muitas experiências que lhes foram proporcionadas através das brincadeiras e do jogo.
      Não devemos negar que a escola tenha também o seu lado sério, o problema é a norma pela qual ela interage com as crianças. O fato de apresentar-se séria não quer dizer que ela deva ser rigorosa e castradora, mas que ela consiga penetrar no mundo infantil para a partir daí, poder desempenhar a sua real função de formadora afetivo intelectual. É necessário que a mesma valorize a seriedade na busca do conhecimento, resgatando o lúdico, o prazer do estudo, sem, contudo reduzir a aprendizagem ao que é apenas prazeroso em si mesmo.
    À medida que surgem dificuldades no ensino ou na aprendizagem de conteúdos matemáticos, manifesta-se também a necessidade de propostas pedagógicas e recursos didáticos que auxiliem tanto os professores em sua prática docente quanto os alunos na construção de conhecimentos matemáticos. Neste contexto, apresentam-se os jogos matemáticos, que figuram no ambiente escolar como recurso didático capaz de promover um ensino-aprendizagem mais dinâmico, possibilitando trabalhar o formalismo próprio da matemática de uma forma atrativa e desafiadora, visando mostrar que a matemática está também presente nas relações sociais e culturais.
     A educação lúdica sempre esteve presente em todas as épocas entre os povos e estudiosos, sendo de grande importância no desenvolvimento do ser humano na educação infantil e na sociedade. Os jogos e brinquedos sempre estiveram presentes no ser humano desde a antiguidade, mas nos dias de hoje a visão sobre o lúdico é diferente. Implicam-se o seu uso e em diferentes estratégias em torno da pratica no cotidiano.
   Brincando, a criança vai construindo os alicerces da compreensão e utilização desistemas simbólicos como a escrita, assim como da capacidade e habilidade em perceber, criar, manter e desenvolver laços de afeto e confiança no outro. Esse processo tem início desde o nascimento, com o bebê aprendendo a brincar com a própria mãozinha e, mais adiante, com a mãe. Assim como aos poucos vai coordenando, agilizando e dotando seus gestos de intenção e precisão progressivas, vai aprendendo a interagir com os outros, inclusive com seus pares, crescendo em autonomia e sociabilidade. (OLIVEIRA, 2002,).
   Para a criança, as brincadeiras proporcionam um estado de prazer, o que leva à descontração e, conseqüentemente, ao surgimento de novas idéias criativas que facilitam a aprendizagem de novos conteúdos e interações conscientes e inconscientes, favorecendo a confiança em si e no grupo em que está inserida.
    Diante disto, a escola precisa se dar conta que através do lúdico as crianças têm chances de crescerem e se adaptarem ao mundo coletivo. O lúdico deve ser considerado como parte integrante da vida do homem não só no aspecto de divertimento ou como forma de descarregar tensões, mas também como uma forma de penetrar no âmbito da realidade, inclusive na realidade social.
   O sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará garantindo se o educador estiver preparado para realizá-lo. Nada será feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica, condições suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para levar isso adiante (ALMEIDA, 2000,p.63).
 

4. OBJETIVOS
4.1 Objetivo Geral
Identificar as formas de inserção dos jogos lúdicos como recurso pedagógico para as aprendizagens em matemática nas séries do Ensino Fundamental principalmente nas séries iniciais. numa perspectiva construtivista correlacionada aos jogos lúdicos aos conteúdos de forma teórico-prática no ensino da matemática.
 
4.2 Objetivos Específicos
Despertar nos alunos o gosto para a aprendizagem da Matemática.
Desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração, atenção, raciocínio lógico e o senso cooperativo entre os alunos. Identificar como os jogos lúdicos podem contribuir para os processos de raciocínio na formulação das relações entre conteúdo teórico e prática educativa nas etapas de produção do
conhecimento matemática;
Relacionar as formas de atuação a partir de técnicas e métodos de utilização dos jogos lúdicos como recurso pedagógico;
Classificar os instrumentos e recursos que possam contribuir para a formulação de modelos práticos que dimensionem o ensino da matemática nas séries do Ensino Fundamental.
Identificar as formas de atuação do educando na construção de modelos práticos ou experiências matemáticas no ensino da matemática nas séries iniciais.
 

5. HIPÓTESES
5.1 Hipótese Primária
A matemática tem múltiplas relações com os jogos lúdicos e permite ao educador realizar múltiplas atividades empíricas para favorecer ao educando a compreensão da lógica matemática nas séries do Ensino Fundamental;

5.2 Hipótese Secundária
A lógica matemática poderá ser treinada a partir de atividades lúdicas direcionadas para a orientação construtiva de experiências mediadas entre educador e educando no ensino da matemática principalmente nas séries iniciais do Ensino Fundamental;


6. QUESTÕES A INVESTIGAR
    Tradicionalmente, a matemática é tida como uma ciência rigorosa, formal e abstrata, tais concepções levam a uma prática pedagógica impessoal e, por vezes, dissociada da realidade, o que torna o ensino e a aprendizagem processos cercados de dificuldades. Sabe se que ainda vigora no meio educacional a idéia de que o professor deve apresentar definições, resolver exemplos e exigir exercícios de fixação, o aluno, por sua vez, deve demonstrar sua aprendizagem através da reprodução do exposto. Porém, este modelo de ensino tem sido cada vez mais questionado, na medida em que, reprodução de atividades não significa compreensão e, conseqüentemente, não permite a construção de conhecimentos.
    Diante das dificuldades enfrentadas no ensino da matemática, os professores buscam, gradativamente, priorizar não a reprodução, mas sim a construção dos conhecimentos, sendo que, para tanto, devem ser trabalhadas atividades que despertem o interesse e a motivação dos alunos, permitindo uma interação entre professor, aluno e saber matemático e possibilitando a busca de significações dos conceitos a serem construídos.
   Dentre tais atividades, destacam-se os jogos matemáticos, que têm valores educacionais intrínsecos, assim, acredita-se que a utilização deste recurso em sala de aula é uma excelente alternativa para desenvolver a capacidade dos alunos de atuarem como sujeitos na construção de seus conhecimentos. Diante desses fatores pergunta-se:
Quais as formas de inserção dos jogos lúdicos como recurso pedagógico para as aprendizagens em matemática nas séries iniciais numa perspectiva construtivista correlacionada aos jogos lúdicos aos conteúdos de forma teórico-prática no ensino da matemática?
Nossas escolas estão preparadas para elaborar programas que possam conter no campo técnico brincadeiras e jogos, para as crianças aprenderem de uma forma mais inovadora?
De que forma a realidade é levada para dentro da escola, trabalhando com o lúdico?
Como os jogos lúdicos podem contribuir para os processos de raciocínio na formulação das relações entre conteúdo teórico e prática educativa nas etapas de produção do conhecimento matemática nas séries do Ensino Fundamental?
Quais as formas de atuação a partir de técnicas e métodos de utilização dos jogos lúdicos como recurso pedagógico nas séries iniciais do Ensino Fundamental?
Quais os instrumentos e recursos que podem contribuir para a formulação de modelos práticos que dimensionem o ensino da matemática nas séries do Ensino Fundamental.
Quais as formas de atuação do educando na construção de modelos práticos ou experiências matemáticas no ensino da matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental?
 

7. REFERENCIAL TEÓRICO
     A matemática tem múltiplas relações com os jogos lúdicos e permite ao educador realizar múltiplas atividades empíricas para favorecer ao educando a compreensão da lógica matemática.
Friedman (2000) considera que os jogos lúdicos se encontram na gênese da construção do conhecimento, da apropriação da cultura e da constituição da criança como sujeito humano, como aspecto fundamental do processo de formação. Os jogos aumentam a capacidade de fruição e criação das alegrias culturais e para poder recriar cotidianamente a realidade na escola.
     O índice de evasão escola é explicado por Castro (1992) como uma falta de  capacidade da escola de constituir um universo escolar socializado, participativo e interativo, pelo contrário a escola o modelo educativo escolar é seletivo e fragmentário nas atividades educativas.
     Neste sentido, o jogo lúdico pode ser considerado como uma estratégia de interação social em situações diversas para a promoção de aprendizagens orientadas que garantam a troca entre as crianças, de forma a que possam comunicar-se e expressar-se, demonstrando seus modos de agir, de pensar e de sentir, em um ambiente acolhedor e que propicie a confiança e a auto-estima.
   Machado (1966: p. 29) salienta, que a interação social implica transformação e contatos com instrumentos físicos e/ou simbólicos mediadores do processo de ação que são possíveis no contato direto com o jogo. Esta concepção reconhece o papel dos jogos para formação do sujeito, atribuindo-lhe um espaço importante no desenvolvimento das estruturas psicológicas do raciocínio rápido e estruturado nas atividades operacionais.
    De acordo com Vygotsky (1984: p. 27) é na interação com as atividades que envolvem simbologia e brinquedos que o educando aprende a agir numa esfera cognitiva.
    Na visão do autor a criança comporta-se de forma mais avançada do que nas atividades da vida real, tanto pela vivência de uma situação imaginária, quanto pela capacidade de subordinação às regras.
    Goleman (1999, p. 203) desenvolveu o conceito de inteligência emocional e salienta: “A preparação da criança para a escola passa pelo desenvolvimento de competências emocionais – inteligência emocional – designadamente confiança, curiosidade, intencionalidade, auto-controle, capacidades de relacionamento, de
comunicação e de cooperação”.
   Quando os alunos não se habituam ao processo de abstração lógico na matemática, situando a problemática, na constante reclamação dos professores de que a criança não realiza as tarefas em sala de aula, é fundamental que o professor possa diagnosticar o problema, quando, o caso não se define por alguma disfunção da criança. Cabe observar a sua atuação em outras disciplinas. É fundamental perceber, por exemplo, se ela gosta de música, de leitura animada, de teatro, etc, e se consegue desenvolver satisfatoriamente outras atividades educativas.
     Segundo Souza (2006, p. 44), “o ensino da matemática atravessa uma situação de grande desconforto, tanto para quem aprende como para quem ensina.”. Além disso, há um descontentamento com o ensino da matemática, sendo que sua aplicação, sua real função no currículo e as práticas pedagógicas são questionadas constantemente, visando melhorias no processo de ensinoaprendizagem a fim de que esta seja uma disciplina menos temida pelos alunos.
     Monteiro e Pompeu Jr. (2001, p. 64), afirmam que “[...] ambos, professor e alunos, devem buscar a superação do conhecimento que possuem a fim de se modificarem e de transformarem a sociedade em que vivem.”, sendo assim, acredita-se que as melhorias no ensino não dependem unicamente dos professores, mas também da família, e acima de tudo, dos educandos que devem trazer para dentro do espaço escolar seus conhecimentos prévios e também suas dúvidas e aspirações, que servirão como ponto de partida para o trabalho do professor, na busca da construção de saberes matemáticos embasados nas necessidades dos
alunos.


8. METODOLOGIA DA PESQUISA
       O objetivo deste estudo é identificar as formas de inserção dos jogos lúdicos como recurso pedagógico para as aprendizagens em matemática nas séries do Ensino Fundamental, principalmente nas séries iniciais. Pretende-se analisar como utilizar esses recursos numa perspectiva construtivista correlacionado os jogos lúdicos aos conteúdos de forma teórico-prática no ensino da matemática.
     Para alcançar os resultados propostos pelo problema levantado, minha pesquisa terá como base estudos bibliográficos de que teorizam o estudo dos jogos. Em seguida, aplicare em sala de aula nas séries do ensino fundamental, principalmente as séries iniciais, jogos matemáticos nos quais o foco é articular o conteúdo (teórico) com a aplicabilidade (prática) para dar significado a aprendizagem, desta forma não trabalharei apenas com aulas expositivas.
     Após esta etapa metodológica, relataremos essas experiências vivenciadas com os alunos em trabalhos realizados.
     O estudo bibliográfico centrar-se-á nas contribuições teóricas de vários autores que realizaram artigos e dissertações e teses sobre as formas de utilização do lúdico em sala de aula, em situações de jogos. Conforme Martins (2000, p. 28): “trata-se, portanto, de um estudo para conhecer as contribuições científicas sobre o tema, tendo como objetivo recolher, selecionar, analisar e interpretar as contribuições teóricas existentes sobre o fenômeno pesquisado”.
     A pesquisa tem caráter exploratório, segundo Martins (2000, p, 30) “se constitui na busca de maiores informações sobre o assunto coma finalidade formular problemas e hipóteses”. O estudo tem base descritiva das características apresentadas pelos vários autores sobre a importância dos jogos lúdicos, bem como o estabelecimento de relações entre variáveis e fenômenos educativos em uma análise correlacional.
     Conforme Martins (2000, p. 28), “a análise correlacional busca a identificação de fatores em relação a outro, a partir de comparações entre os diversos estudos com a finalidade de estabelecer parâmetros de análises”.
    A caracterização dos sujeitos da pesquisa se compôs na delimitação de alunos nas séries do Ensino Fundamental, principalmente nas séries iniciais, a partir dos métodos de análises das pesquisas bibliográficas, tendo como base diversas correlações com a teoria construtivista para a realização de um estudo interpretativo e analítico.

10. REFERÊNCIAS
GUELLI, Oscar. Jogando com a Matemática. São Paulo, Ática, 1992.
 
GARDNER, M. Divertimentos matemáticos. Rio de Janeiro, Ibrasa, 1961.
 
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para os Anos Finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008.
 
TAHAN, Malba. As maravilhas da matemática. Bloch, 1996.
 
CASTRO, C. M. E quem avalia os professores? .Belo Horizonte: Ciência e Cultura, 1992.
 
FRIEDMANN, Adriana. Brincar: crescer e aprender: o regate do jogo infantil. São Paulo: Moderna, 1996.

GIANSANTI, Carlo. Matemática e jogos lúdicos. Campina, São Paulo: Martins Fontes,1988.

GOLEMAN, Daniel. Estruturas da mente: a teoria das inteligências múltiplas. São Paulo: Graffex, 1999.

MACHADO, Nílson José. Matemática e educação: alegorias, tecnologias e temas afins. São Paulo: Cortez, 1966.

MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 2 ed,. São Paulo: Atlas, 2000.

PIAGET, J. A linguagem e o pensamento da criança. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1959.

VIGOSTKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

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