sexta-feira, 24 de junho de 2016

Falando da DENGUE

A dengue é uma doença viral, ou seja, causada por vírus, e transmitida pela fêmea do mosquito chamado de Aedes aegypti. Esse mosquito transmissor da dengue é de origem africana e chegou ao Brasil quando o nosso país ainda era apenas uma colônia, através de navios que transportavam os escravos.

Esse mosquito é transmissor não apenas da dengue, mas também de outra doença chamada de febre amarela. É um inseto que gosta de picar suas vítimas durante o dia, e que põe seus ovos em água limpa e parada. O que difere o Aedes aegypti dos outros mosquitos é que ele apresenta várias pintinhas brancas em seu corpo.

Cientistas já conhecem quatro tipos de vírus da dengue, que são chamados de DEN 1, DEN 2, DEN 3 e DEN 4. Quando o mosquito-da-dengue está contaminado com o vírus da doença e pica uma pessoa, essa pode apresentar desde uma dengue inaparente, quando a pessoa está com a doença, mas não tem nenhum sintoma, até a dengue hemorrágica, que pode levar a pessoa à morte.

Dengue Clássica: os sintomas são mais brandos. A pessoa doente tem febre alta, dores de cabeça, nas costas e na região atrás dos olhos. A febre começa a ceder a partir do quinto dia e os sintomas, a partir do décimo dia. Neste caso, dificilmente acontecem complicações, porém alguns doentes podem apresentar hemorragias leves na boca e nariz.

Dengue hemorrágica (ocorre quando a pessoa pega a doença por uma segunda vez): neste caso a doença manifesta-se de forma mais grave. Nos primeiros cinco dias os sintomas são semelhantes ao do tipo clássico. Porém, a partir do quinto dia, alguns doentes podem apresentar hemorragias em vários órgãos e choque circulatório. Pode ocorrer também vômitos, tontura, dificuldades de respiração, dores abdominais intensas e contínuas e presença de sangue nas fezes. Não ocorrendo acompanhamento médico e tratamento adequado, o paciente pode falecer.  

No verão essa doença faz uma quantidade maior de vítimas, pois o mosquito transmissor encontra ótimas condições de reprodução. Nesta estação do ano, as altas temperaturas e a grande quantidade de chuvas, aumenta e melhora o habitat ideal para a reprodução do Aedes Aegypti: a água parada. Lata, pneus, vasos de plantas, caixas d’água e outros locais deste tipo são usados para fêmea do inseto depositar seus ovos. Outro fator que faz das grandes cidades locais preferidos deste tipo de mosquito é a grande quantidade de seu principal alimento: o sangue humano.  
Os sintomas da dengue são:
  • Febre alta;
  • Dores de cabeça;
  • Dores nos músculos e nas articulações;
  • Dores na barriga;
  • Dor nos olhos;
  • Indisposição;
  • Enjoos;
  • Vômitos;
  • Falta de apetite;
  • Manchas vermelhas na pele.

Para descobrir se a pessoa está ou não contaminada pelo vírus da dengue, o médico se baseia na história do paciente e pede exames de sangue para verificar se há anticorpos que combatem o vírus causador da dengue, se houver, é porque a pessoa está com a doença.

Não há um remédio próprio para curar a doença, apenas medicamentos que aliviam os sintomas, acompanhados de repouso, ingestão de muito líquido e alimentação leve. É muito importante que a pessoa contaminada com o vírus da dengue não faça uso de medicamentos à base de AAS (ácido acetil salicílico), pois podem provocar sangramento.

Para que o mosquito-da-dengue não transmita essa doença para ninguém é preciso fazer a prevenção, e a melhor forma de nos prevenirmos contra a dengue é combatendo o mosquito Aedes aegypti.

Para combater o mosquito-da-dengue não podemos deixar água parada em qualquer tipo de recipiente, pois é na água limpa e parada que as fêmeas do mosquito colocam seus ovos, principalmente em época de chuva. Algumas pessoas colocam borra de café, sal de cozinha e água sanitária em alguns recipientes que acumulam água para combaterem o mosquito-da-dengue.

Quem pensa que o mosquito-da-dengue só aparece na estação chuvosa está muito enganado. Os ovos do mosquito-da-dengue resistem mais de um ano sem sofrerem nenhum dano. Isso é muito vantajoso para o mosquito, pois seus ovos sobrevivem até que as chuvas propiciem as condições para que o ovo se quebre e comece o seu desenvolvimento.
Curiosidades:

- Você sabia que um ovo de Aedes Aegypti pode sobreviver em ambiente seco por aproximadamente 400 dias. Se neste período ele entrar em contato com água, poderá gerar uma larva e, em seguida, o mosquito.

- A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa, nem mesmo através de alimentos ou uso de objetos. 

Fontes:  


- http://portal.sespa.pa.gov.br - Portal de Saúde Pública do Pará 

falando sobre SARAMPO

O sarampo é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus chamado Morbillivirus, muito comum na infância. A enfermidade é uma das principais responsáveis pela mortalidade infantil em países do Terceiro Mundo. No Brasil, graças às sucessivas campanhas de vacinação e programas de vigilância epidemiológica, a mortalidade não chega a 0,5%.

Como se transmite?

É transmitido diretamente de pessoa a pessoa, através das secreções nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Essa forma de transmissão é responsável pela elevada contagio- sidade da doença. Tem sido descrito, também, o contágio por dispersão de gotículas com partícu- las virais no ar, em ambientes fechados como, por exemplo: escolas, creches e clínicas.

Período de incubação

Geralmente de 10 dias (variando de 7 a 18 dias), desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o início do exantema.

Período de transmissibilidade

É de 4 a 6 dias antes do aparecimento do exantema, até 4 dias após. O período de maior transmissibilidade ocorre 2 dias antes e 2 dias após o início do exantema. O vírus vacinal não é transmissível.

Suscetibilidade e imunidade

A suscetibilidade ao vírus do sarampo é geral. Os lactentes cujas mães já tiveram sarampo ou foram vacinadas possuem, temporariamente, anticorpos transmitidos por via placentária, conferindo imunidade, geralmente, ao longo do primeiro ano de vida, o que interfere na resposta à vacinação. No Brasil, cerca de 85% das crianças perdem esses anticorpos maternos por volta dos 9 meses de idade

Manifestações clínicas

Caracteriza-se por febre alta, acima de 38,5°C, exantema máculo-papular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de Koplik (pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal, antecedendo ao exantema). Didaticamente as manifestações clínicas do sarampo são divididas em três períodos:
• Período de infecção: dura cerca de 7 dias, iniciando com período prodrômico, onde surge febre, acompanhada de tosse produtiva, coriza, conjuntivite e fotofobia. Do 2° ao 4° dias desse período, surge o exantema, quando se acentuam os sintomas iniciais, o paciente fica prostrado e aparecem as lesões características do sarampo: exantema cutâneo máculo-pa- pular de coloração vermelha, iniciado na região retroauricular.
• Remissão – caracteriza-se pela diminuição dos sintomas, declínio da febre. O exantema torna-se escurecido e, em alguns casos, surge descamação fina, lembrando farinha, daí o nome de furfurácea.
• Período toxêmico – o sarampo é uma doença que compromete a resistência do hospedeiro, facilitando a ocorrência de superinfecção viral ou bacteriana. Por isso, são frequentes as complicações, principalmente nas crianças até os 2 anos de idade, em especial as desnutri- das, e adultos jovens. 
A ocorrência de febre, por mais de 3 dias, após o aparecimento do exantema, é um sinal de alerta, indicando o aparecimento de complicações. As mais comuns são: infecções respiratórias; otites; doenças diarreicas; e, neurológicas.
É durante o período exantemático que, geralmente, se instalam as complicações sistêmicas.

 

Diagnóstico diferencial

O diagnóstico diferencial do sarampo deve ser realizado para as doenças exantemáticas febris agudas. Dentre essas, destacam-se as seguintes: rubéola, exantema súbito (roséola infantum), dengue, enteroviroses, eritema infeccioso (parvovírus B19) e ricketioses.

Diagnóstico laboratorial


É realizado mediante detecção de anticorpos no sangue da criança, na fase aguda da doença, desde os primeiros dias até 4 semanas após o aparecimento do exantema.

Como se prevenir?

A doença torna-se mais grave quando atinge mães em período de amamentação, crianças desnutridas e adultos. Vacinar é o meio mais eficaz de prevenção contra o sarampo.
A rede pública prioriza a vacinação de crianças a partir de 12 meses de idade, mas a vacina Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola) também é indicada e está disponível na rede privada de vacinação para crianças, adolescentes e adultos que nunca foram vacinados ou que devem receber a segunda dose (reforço).
A Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda uma dose aos 12 meses e uma dose de reforço entre 4 – 6 anos para as crianças. Uma ou duas doses para homens e mulheres com até 49 anos, de acordo com histórico vacinal. Para quem tem mais de 49 anos, a recomendação é de uma dose da vacina Tríplice Viral. Os adolescentes previamente vacinados devem estar atentos à dose de reforço. Já os que nunca receberam essa vacina (ou a Dupla Viral), ou que desconhecem seu passado vacinal, devem receber duas doses. Em todos os casos, deve-se observar o intervalo mínimo de 30 dias entre as aplicações.

Tratamento

Não existe tratamento específico para a infecção por sarampo. O tratamento profilático com antibiótico é contraindicado.
É recomendável a administração da vitamina A em crianças acometidas pela doença, a fim de reduzir a ocorrência de casos graves e fatais.
Para os casos sem complicações, manter a hidratação, o suporte nutricional e controlar a febre. Muitas crianças necessitam, de 4 a 8 semanas, para recuperar o estado nutricional que apresentavam antes do sarampo.
As complicações como diarréia, pneumonia e otite média devem ser tratadas.

Fonte: Ministério da Saúde / Clínica Infantil Reibscheid



Como falar sobre sexualidade com as crianças?

Educação sexual é um processo de vida inteira: teremos tempo de melhorar o que não conseguirmos explicar da forma como gostaríamos. Não é fácil para pais que não foram educados desta forma em sua infância, mas o importante é tentar melhorar a educação que possam oferecer a seus filhos. É bom saber que, assumindo ou não a tarefa de orientá-los, conversando ou não, estaremos dando educação sexual. Dependendo da atitude dos pais, as crianças aprendem se sexo é bonito ou feio, certo ou errado, conversável ou não.

Há até bem pouco tempo, dizia-se às crianças que elas teriam vindo trazidas pela cegonha, ou que haviam sido compradas no hospital, ou ainda que teriam brotado de uma flor etc. Hoje, sabemos que não há necessidade de mentir às crianças, mesmo porque elas são muito mais espertas, recebem informações de várias fontes e, portanto, essas “mentirinhas bobas” só servirão para nos desacreditar ante os nossos filhos. Não pode ser considerado feio falar de algo que é natural. O melhor a fazer é falar a verdade, para que possamos mostrar a seriedade do assunto, evitando assim gozações, malícia, palavras de duplo sentido.

Inicialmente, as dúvidas das crianças dizem respeito às diferenças anatômicas entre os sexos e ao nascimento propriamente dito. Elas fazem suas próprias teorias sexuais, hipóteses acerca de como os bebês vão parar nas barrigas de suas mães. Aos poucos, essas teorias vão sendo questionadas e surgem então as dúvidas a respeito de como são produzidos, enfim, os bebês. Desde muito cedo as crianças tomam consciência do seu corpo e das diferenças entre os sexos. É sobretudo entre os 3 e 6 anos que começam a surgir muitas perguntas e regra geral, os pais sentem-se constrangidos hesitando nas respostas a dar... Como falar sobre sexualidade com as crianças?, os pais sentem-se constrangidos hesitando nas respostas a dar.

Cultura versus instinto

Diante de situações carregadas de apelo sexual, muitos pais coíbem o comportamento dos filhos pequenos sem saber exatamente por que estão agindo assim. Mas é importante saber o que está por trás dessa restrição! Desde os primórdios da civilização, a ordem social se impõe aos impulsos instintivos dos indivíduos. A sobrevivência e a supremacia da espécie humana sempre dependeram dessa condição. Sem o freio cultural, muitas vezes estabelecido por religiões, cada um faria o que tivesse vontade e a organização social seria regida pela lei do mais forte, como é entre os bichos, com desvantagens do homem em relação a outros predadores. Portanto, educar o filho significa ensinar-lhe, entre outras coisas, as regras sociais de convivência, sejam elas quais forem. E ficar bolinando a própria genitália em público não é algo aceito em nenhuma sociedade. Renunciar aos desejos é parte do aprendizado social de uma criança.

Sexualidade no bebê de colo

Até cerca de 1 ano e meio ou 2 de idade, o bebê descobre o mundo pela boca. Daí o nome "fase oral", utilizado por muitos especialistas. Mas, nomenclaturas à parte, o importante aqui é entender que sugar o leite da mãe é uma experiência tão prazerosa para o bebê que ela se sobrepõe às demais. Ele mama em um colo aconchegante, sua barriga fica quentinha e o sono logo vem. É um paraíso para a criança. Por isso, ela leva tudo à boca na incansável busca da sensação de prazer. Nessa fase, o prazer é definido exclusivamente pela ação do sistema nervoso. Os hormônios e a libido só entram em cena com a maturação sexual, na adolescência.

Aos 2 anos, o xixi e o cocô

Conforme cresce, o bebê amplia sua capacidade de percepção. Ele começa a entender o mundo simbólico e já pronuncia palavras. Paralelamente, descobre o xixi e o cocô. A criança não sabe direito o que é, mas sente que é muito gostoso. O próprio controle do esfíncter, tanto o anal quanto o genital, mostra-se uma profunda fonte de prazer. É natural que as áreas do corpo onde o bebê sente prazer despertem nele curiosidade. E ele vai mexer sempre que puder, principalmente quando começar a tirar a fralda.

Tratar com naturalidade

Se, para os adultos, a sexualidade já é um tema complexo, imagine para as crianças. Por isso, vá com calma ao lidar com o assunto. A curiosidade de mexer na genitália é natural entre os bebês e deve ser encarada como tal. Mesmo porque a curiosidade é sinal de inteligência. Os pais não devem se desesperar porque sua filha ou seu filho estão se bolinando. Mas também não precisam ficar passivos. No caso dos pequeninos, a melhor maneira de intervir é colocar uma roupinha neles ou levá-los ao banheiro para ver se querem fazer xixi ou cocô, sem alarde. Mas atenção: se perceber que essa situação tira os adultos do sério, a criança pode passar a usá-la apenas para chamar a atenção. O mesmo se aplica a segurar o xixi e o cocô.

Quanto mais velho, mais curiosos

A partir dos 3 ou 4 anos, a criança controla bem o esfíncter e já desenvolveu bastante sua linguagem. E sua relação com o mundo só faz se expandir. Mas a curiosidade continua a mil por hora. Os pequenos começam a sacar as diferenças entre meninos e meninas, já percebem algo estranho nas histórias sobre como nasceram, notam que o papai e a mamãe dormem juntos, querem entender melhor esse negócio de gravidez e sementinha e por aí vai. Isso também é natural e pode ser uma excelente oportunidade para o início das conversas sobre sexualidade com um filho. Vale a pena falar sobre os estranhamentos, sem a necessidade de explicar detalhes. As noções gerais são mais que suficientes. Isso pode ajudar esse futuro adolescente a lidar melhor com sua própria sexualidade. A imaginação deles também pode ser uma ótima aliada diante de questões mais embaraçosas. Jogue questões para que eles tentem elaborar sozinhos.

Limites sem trauma

A curiosidade das crianças em relação ao sexo aumenta conforme se desenvolvem. Em busca do prazer, o menino gosta de deixar o pipi duro e a menina adora segurar o xixi ou cutucar a vagininha. Bater na mão da criança e dizer que isso é feio está longe de ser a melhor conduta. Funciona, mas pode deixar traumas desnecessários. A criança se assusta e intuitivamente repele de sua vida a busca por esse tipo de sensação. Além disso, o assunto vira algo proibido e dá margem para tabus e preconceitos no futuro. Levar a criança para o banheiro para fazer xixi ou cocô ainda é a melhor maneira de mostrar que lá é o lugar de mexer nas partes íntimas e também de desviar o foco de atenção. Quando volta do banheiro, ela se esquece de se tocar. Agora, se o pequeno insiste em se masturbar na frente de todos, mesmo que não saiba exatamente o que está fazendo, ele precisa saber que o papai e a mamãe vão ficar tristes se continuar, de preferência com uma conversa mais séria, que faça a criança também pensar, e não simplesmente obedecer.

Erotismo familiar

Desde pequena, a criança sente o que acontece à sua volta. Expor os pequenos aos estímulos de um ato sexual, por exemplo, vai despertar neles ainda mais a curiosidade, já que o coito tem características bastante peculiares: os sons, o cheiro, as imagens... O mesmo vale para o banho, principalmente dos meninos com a mamãe e das meninas com o papai, ou entre crianças de sexos diferentes. Não existe um consenso em relação a isso, mas esse tipo de intimidade pode potencializar a curiosidade sexual dos filhos. Dormir com a criança também gera um clima de excitação nos adultos e nas crianças, além de atrapalhar a intimidade do casal. Convém evitar esse tipo de conduta para não dar a impressão à criança de que a intimidade é algo que se compartilha com todos.

Prazer além do corpo

Já que a criança não poderá extravasar todo o seu prazer pelo corpo, é importante dar a ela opções. E um excelente caminho é proporcionar, aos pequenos, o chamado prazer social. Eles nem terão tempo de ficar se bolinando enquanto brincam, aprendem coisas novas, deixam o papai e a mamãe orgulhosos, praticam atividades lúdicas e recebem carinho e atenção. Por esse motivo, é tão importante a mãe conversar com o filho desde a barriga e intensificar os "diálogos" logo depois do nascimento. Essa troca desperta nele o prazer pela comunicação. A masturbação pode ser um indício de que a vida não está boa para uma criança. Tanto que crianças excepcionais, também pela dificuldade de interação com o mundo exterior, costumam exagerar no prazer solitário. E muitas não têm sequer noção dos limites que envolvem a conduta sexual. 

Os comportamentos de fuga dos pais, silêncio ou respostas pouco claras levam as crianças a formular ideias erradas sobre: o seu corpo, a relação entre os sexos e a partilha de afectos, sendo estes aspectos fundamentais para um desenvolvimento saudável. As crianças esperam compreensão, aceitação e são por natureza curiosas. Perante isto, cabe aos pais satisfazer a curiosidade dos filhos reconhecendo as suas questões e os seus comportamentos como normais e saudáveis.

Está comprovado que quando os pais respondem aos filhos com explicações simples e exactas, utilizando os nomes corretos, os filhos sentem-se seguros e confiam nos pais.


Dicas para os pais/educadores:
  • Dialogar de forma sincera e natural
  • Evitar fugir ao assunto ou dar respostas fantasiadas (por exemplo: a cegonha traz os filhos)
  • Responder às perguntas à medida que vão surgindo (as crianças não estão à espera de explicações complexas apenas uma resposta à sua pergunta)
  • Deixar as crianças falarem sobre os assuntos que despertam seu interesse
  • Assumir uma atitude natural sem crítica nem constrangimento
  • Evitar transmitir à criança o sentimento de vergonha ou timidez ao falar de seus sentimentos
  • Quando surgir uma pergunta num momento complicado uma resposta possível poderá ser: “Essa é uma boa pergunta - falamos sobre ela mais tarde?”
  • Fomentar a confiança nos filhos (ajuda-os a sentirem-se seguros e felizes)
  • Explicar as diferenças corporais entre os sexos dando o nome correcto aos órgãos e usar imagens simples para crianças
  • Explicar as mudanças que acontecem com o crescimento (mudanças corporais, menstruação, erecção, gravidez, parto)
  • Explicar que os adultos quando responsáveis e preparados têm filhos
  • Transmitir a noção de que somos irrepetíveis, diferentes e por isso especiais
  • Conversar sobre as manifestações de amor (beijo, abraço, andar de mão dada, o sentimento de se estar apaixonado)
  • Educar para o respeito pelo próprio e pelos outros
  • Educar para os afectos (carinho, amizade, amor)

Não esquecer que:
  “Dar informação não significa incitar à atividade sexual, mas apenas aprender a refletir sobre ela, a conhecer-se e a respeitar-se a si mesmo e a respeitar os outros. Em conclusão, significa formar pessoas sãs e responsáveis” (Morfa et al 2005, p. 5)*

 Ao final desta exposição, talvez vocês percebam que poderiam ter feito melhor pela educação sexual de seus filhos, ou evitado algumas bobagens. Não devemos nos culpar por isto. Não nascemos sabendo e somos frutos da educação que tivemos. Assim como nossos pais, certamente fazemos o melhor que somos capazes, e será muito bom que possamos ter a oportunidade de repensar algumas situações e atitudes.

fontes:



AVES

Características das Aves:

-  São animais vertebrados (presença de coluna vertebral segmentada);

- São bípedes (se movimentam na posição vertical, usando as extremidades inferiores para assentar no solo);

- São ovíparos (embrião se desenvolve dentro de um ovo, em ambiente externo e sem ligação com a mãe);

- São homeotérmicos (a temperatura corporal é mantida constante, mesmo com variação da temperatura do meio ambiente);

-  Possuem o corpo coberto por penas;

-  Possuem asas (grande parte das aves consegue voar com estas asas);

-  Possuem bico (usado para pegar alimentos, quebrar, furar e até transportar);

-  Possuem ossos pneumáticos (com presença de ar na parte interna, são ocos).  

- As aves não possuem a capacidade de urinar, pois não possuem bexiga para armazenar a urina. Quando consomem líquidos, principalmente água, estes vão para o intestino (local da absorção). As impurezas se transformam em urato, que saem junto com as fezes.

Origem

De acordo com estudos paleontológicos recentes, utilizando fósseis, as aves tem origem no Período Jurássico. Elas evoluíram dos dinossauros terópodes, por volta de 150 milhões de anos atrás.

Habitat

As aves são encontradas em quase todas as partes do planeta. Mesmo em áreas com temperaturas extremas (desertos e pólos) podemos encotnrar algumas espécies adaptadas. Porém, a maior quantidade de aves habita regiões de floresas em função da grande disponibilidades de alimentos.

Alimentação

A alimentação das aves é bem variada. Algumas espécies são carnívoras (urubu, gavião, águia), porém a maioria das aves se alimenta de frutos, grãos e sementes. Já os pinguins, por exemplo, possuem alimentação baseada no consumo de peixes.

Reprodução

As aves possuem reprodução interna. A fêmea possui um ovário, enquanto o macho libera espermatozoides através dos dois testículos. A fecundação é interna e as fêmeas põem ovos que são cobertos por uma casca calcária.
Você sabia?

- Nem todas as aves podem voar. Pinguins, avestruzes e quivis são aves não voadoras. A anatomia do corpo destas aves não permite que elas consigam sair do solo.

- O ramo da Biologia que estuda as aves é chamado de Ornitologia.

- É comemorado em 5 de outubro o Dia da Ave.

Classificação Científica das Aves

Reino: Animalia

Subreino: Metazoa

Filo: Chordata

Subfilo: Vertebrata

Infrafilo: Gnathostomata

Superclasse: Tetrapoda

Classe: Aves

sábado, 18 de junho de 2016

Teorias do currículo (resumo)


O currículo escolar abrange as experiências de aprendizagens implementadas pelas instituições escolares e que deverão ser vivenciadas pelos estudantes. Nele estão contidos os conteúdos que deverão ser abordados no processo de ensino-aprendizagem e a metodologia utilizada para os diferentes níveis de ensino.

Ele deve contribuir para construção da identidade dos alunos na medida em que ressalta a individualidade e o contexto social que estão inseridos. Além de ensinar um determinado assunto, deve aguçar as potencialidades e a criticidade dos alunos.
Nessa perspectiva, a função da teoria curricular é compreender e descrever fenômenos da prática curricular. É através da teoria que teremos a compreensão do objeto e intenções de um determinado grupo social. Temos como teorias do currículo:
  • Teorias tradicionais: ela tem como objetivo principal preparar para aquisição de habilidades intelectuais através de práticas de memorização. Esse tipo de currículo teve origem nos Estados Unidos e tem como base a tendência conservadora, baseada nos princípios de Taylor, esse que igualava o sistema educacional ao modelo organizacional e administrativo das empresas.
  • Teorias críticas: argumenta que não existe uma teoria neutra, já que toda teoria está baseada nas relações de poder. Isso está implícito nas disciplinas e conteúdos que reproduzem a desigualdade social que fazem com que muitos alunos saem da escola antes mesmo de aprender as habilidades das classes dominantes. Percebe o currículo como um campo que prega a liberdade e um espaço cultural e social de lutas.
  • Teorias pós-críticas: nessa perspectiva o currículo é tido como algo que produz uma relação de gêneros, pois predomina a cultura patriarcal. Essa teoria critica a desvalorização do desenvolvimento cultural e histórico de alguns grupos étnicos e os conceitos da modernidade, como razão e ciência. Outra perspectiva desse currículo é a fundamentação no pós-estruturalismo que acredita que o conhecimento é algo incerto e indeterminado. Questiona também o conceito de verdade, já que leva em consideração o processo pelo qual algo se tornou verdade.
É por causa dessa divergência entre as teorias curriculares que a escola deve procurar discutir qual currículo ela quer adotar para se chegar ao objetivo desejado. Essa escolha deve ser pensada a partir da concepção do seu Projeto Politico Pedagógico, esse que deve fundamentar a prática teórica da instituição e as inquietudes dos alunos.

escrito Por Emanuelle Oliveira
disponivel em http://www.infoescola.com/educacao/teorias-do-curriculo/

Referências Bibliográficas:
MOREIRA, Antônio Flávio Barbosa. Currículos e Programas no Brasil. Campinas: Papirus, 1990.
MOREIRA (org.) Antônio Flávio Barbosa. Currículo: Políticas e práticas. Campinas: Papirus, 1999.
Arquivado em: Educação

A relação entre as tendências pedagógicas e a prática docente

As tendências pedagógicas são de extrema relevância para a Educação, principalmente as mais recentes, pois contribuem para a condução de um trabalho docente mais consciente, baseado nas demandas atuais da clientela em questão. O conhecimento dessas tendências e perspectivas de ensino por parte dos professores é fundamental para a realização de uma prática docente realmente significativa, que tenha algum sentido para o aluno, pois tais tendências objetivam nortear o trabalho do educador, ajudando-o a responder a questões sobre as quais deve se estruturar todo o processo de ensino, tais como: o que ensinar? Para quem? Como? Para quê? Por quê?

E para que a prática pedagógica em sala de aula alcance seus objetivos, o professor deve ter as respostas para essas questões, pois, como defende Luckesi (1994), “a Pedagogia não pode ser bem entendida e praticada na escola sem que se tenha alguma clareza do seu significado. Isso nada mais é do que buscar o sentido da prática docente”.

Essas tendências pedagógicas, formuladas ao longo dos tempos por diversos teóricos que se debruçaram sobre o tema, foram concebidas com base nas visões desses pensadores em relação ao contexto histórico das sociedades em que estavam inseridos, além de suas concepções de homem e de mundo, tendo como principal objetivo nortear o trabalho docente, modelando-o a partir das necessidades de ensino observadas no âmbito social em que viviam.

Sendo assim, o conhecimento dessas correntes pedagógicas por parte dos professores, principalmente as mais recentes, torna-se de extrema relevância, visto que possibilitam ao educador um aprofundamento maior sobre os pressupostos e variáveis do processo de ensino-aprendizagem, abrindo-lhe um leque de possibilidades de direcionamento do seu trabalho a partir de suas convicções pessoais, profissionais, políticas e sociais, contribuindo para a produção de uma prática docente estruturada, significativa, esclarecedora e, principalmente, interessante para os educandos.

A escola precisa ser reencantada, precisa encontrar motivos para que o aluno vá para os bancos escolares com satisfação, alegria. Existem escolas esperançosas, com gente animada, mas existe um mal-estar geral na maioria delas. Não acredito que isso seja trágico. Essa insatisfação deve ser aproveitada para dar um salto. Se o mal-estar for trabalhado, ele permite avanços. Se for aceito como fatalidade, ele torna a escola um peso morto na história, que arrasta as pessoas e as impede de sonhar, pensar e criar (Moacir Gadotti, em entrevista para a revista Nova Escola, edição de novembro/2000).

Desse modo, creio que seja essencial que todos os professores tenham um conhecimento mais aprofundado das tendências pedagógicas, pois elas foram concebidas para nortear as práticas pedagógicas. O educador deve conhecê-las, principalmente as mais recentes, ainda que seja para negá-las, mas de forma crítica e consciente, ou, quem sabe, para utilizar os pontos positivos observados em cada uma delas para construir uma base pedagógica própria, mas com coerência e propriedade.

Afinal, como já defendia Snyders (1974), é possível “pensar que se pode abrir um caminho a uma pedagogia atual; que venha fazer a síntese do tradicional e do moderno: síntese e não confusão”. O importante é que se busque tirar a venda dos olhos para enxergar, literalmente, o alunado e assim poder dar um sentido político e social ao trabalho que está sendo realizado, pois, como afirma Libâneo, aprender é um ato de conhecimento da realidade concreta, isto é, da situação real vivida pelo educando, e só tem sentido se resulta de uma aproximação crítica dessa realidade, o que está em consonância com o que diz Saviani (1991):
a Pedagogia Crítica implica a clareza dos determinantes sociais da educação, a compreensão do grau em que as contradições da sociedade marcam a educação e, consequentemente, como é preciso se posicionar diante dessas contradições e desenredar a educação das visões ambíguas para perceber claramente qual é a direção que cabe imprimir à questão educacional (p. 103).
Para Luckesi (1994), a “Pedagogia se delineia a partir de uma posição filosófica definida”. Em seu livro Filosofia da Educação, o autor discorre sobre a relação existente entre a Pedagogia e a Filosofia e busca clarificar as perspectivas das relações entre educação e sociedade. No seu trabalho, Luckesi apresenta três tendências filosóficas responsáveis por interpretar a função da educação na sociedade: a Educação Redentora, a Educação Reprodutora e a Educação Transformadora da sociedade. A primeira é otimista, acredita que a educação pode exercer domínio sobre a sociedade (pedagogias liberais). A segunda é pessimista, percebe a educação como sendo apenas reprodutora de um modelo social vigente, enquanto a terceira tendência assume uma postura crítica com relação às duas anteriores, indo de encontro tanto ao “otimismo ilusório” quanto ao “pessimismo imobilizador” (pedagogias Progressivistas).

Em consonância com estas leituras filosóficas sobre as relações entre educação e sociedade, Libâneo (1985), ao realizar uma abordagem das tendências pedagógicas, organiza as diferentes pedagogias em dois grupos: Pedagogia Liberal e Pedagogia Progressivista. A Pedagogia Liberal é apresentada nas formas Tradicional; Renovada Progressivista; Renovada Não diretiva; e Tecnicista. A Pedagogia Progressivista é subdividida em Libertadora; Libertária; e Crítico-social dos Conteúdos. O quadro a seguir apresenta de forma muito simplificada as principais características de cada tendência pedagógica, seus conteúdos, métodos e pressupostos de ensino-aprendizagem, assim como seus principais expoentes e os papéis da escola, do professor e do aluno comuns a cada uma delas.

QUADRO SÍNTESE DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
Nome da tendência pedagógica Papel da escola Conteúdos Métodos Professor x Aluno Aprendizagem Manifestações
Tendência Liberal Tradicional Preparação intelectual e moral dos alunos para assumir seu papel na sociedade. São conhecimentos e valores sociais acumulados através dos tempos e repassados aos alunos como verdades absolutas. Exposição e demonstração verbal da matéria e /ou por meio de modelos. Autoridade do professor que exige atitude receptiva do aluno. A aprendizagem é receptiva e mecânica, sem se considerar as características próprias de cada idade. Nas escolas que adotam filosofias humanistas clássicas ou científicas.
Tendência Liberal Renovada Progressivista A escola deve adequar as necessidades individuais ao meio social. Os conteúdos são estabelecidos a partir das experiências vividas pelos alunos frente às situações problema. Por meio de experiências, pesquisas e método de solução de problemas. O professor é auxiliador no desenvolvimento livre da criança. É baseada na motivação e na estimulação de problemas. O aluno aprende fazendo. Montessori, Decroly, Dewey, Piaget, Cousinet, Lauro de Oliveira Lima.
Tendência Liberal Renovada Não Diretiva (Escola Nova) Formação de atitudes. Baseia-se na busca dos conhecimentos pelos próprios alunos. Método baseado na facilitação da aprendizagem. Educação centralizada no aluno; o professor deve garantir um clima de relacionamento pessoal e autêntico, baseado no respeito. Aprender é modificar as percepções da realidade. Carl Rogers, "Sumerhill", escola de A. Neill.
Tendência Liberal Tecnicista É modeladora do comportamento humano através de técnicas específicas. São informações ordenadas numa sequência lógica e psicológica. Procedimentos e técnicas para a transmissão e recepção de informações. Relação objetiva em que o professor transmite informações e o aluno deve fixá-las. Aprendizagem baseada no desempenho. Skinner, Gagné, Bloon, Mager. Leis 5.540/68 e 5.692/71.
Tendência Progressivista Libertadora Não atua em escolas, porém visa levar professores e alunos a atingir um nível de consciência da realidade em que vivem na busca da transformação social. Temas geradores retirados da problematização do cotidiano dos educandos. Grupos de discussão. A relação é de igual para igual, horizontalmente. Valorização da experiência vivida como base da relação educativa. Codificação-decodificação. Resolução da situação problema. Paulo Freire.
Tendência Progressivista Libertária Transformação da personalidade num sentido libertário e autogestionário. As matérias são colocadas, mas não exigidas. Vivência grupal na forma de autogestão. É não diretiva, o professor é orientador e os alunos livres. Também prima pela valorização da vivência cotidiana. Aprendizagem informal via grupo. Lobrot, C. Freinet, Miguel Gonzales, Vasquez, Oury, Maurício Tragtenberg, Ferrer y Guardia.
Tendência Progressivista "Crítico-social dos conteúdos ou histórico-crítica" Difusão dos conteúdos. Conteúdos culturais universais que são incorporados pela humanidade frente à realidade social. O método parte de uma relação direta da experiência do aluno confrontada com o saber sistematizado. Papel do aluno como participador e do professor como mediador entre o saber e o aluno. Baseadas nas estruturas cognitivas já estruturadas nos alunos. Makarenko, B. Charlot, Suchodolski, Manacorda, G. Snyders Demerval Saviani.

Publicado em 17 de abril de 2012
Roberto Ferreira dos Santos
7º Seminário de Práticas Educativas: componente curricular do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Tendências Pedagógicas - Hamurabi Messeder: Aula 02.


Tendências Pedagógicas - Hamurabi Messeder: Aula 01


quinta-feira, 16 de junho de 2016

Lista dos presidentes do Brasil por mandato:


Nº - Presidente - Início do mandato - Fim do mandato - Partido - Vice-presidente(s)

1 - Marechal Deodoro da Fonseca - 15/11/1889 - 23/11/1891 - militar - Floriano Peixoto

2 - Floriano Peixoto - 23/11/1891 - 15/11/1894 - militar - nenhum

3 - Prudente de Morais - 15/11/1894 - 15/11/1898 - Partido Republicano Federal - Manuel Vitorino

4 - Campos Sales - 15/11/1898 - 15/11/1902 - Partido Republicano Paulista - Rosa e Silva

5 - Rodrigues Alves - 15/11/1902 - 15/11/1906 - Partido Republicano Paulista - Silviano Brandão e Afonso Pena

6 - Afonso Pena - 15/11/1906 - 14/06/1909 - Partido Republicano Mineiro - Nilo Peçanha

7 - Nilo Peçanha - 14/06/1909 - 15/11/1910 - Partido Republicano Fluminense - nenhum

8 - Hermes da Fonseca - 15/11/1910 - 15/11/1914 - Partido Republicano Conservador - Venceslau Brás

9 - Venceslau Brás - 15/11/1914 - 15/11/1918 - Partido Republicano Mineiro - Urbano Santos

Rodrigues Alves — Partido Republicano Paulista - Delfim Moreira

10 - Delfim Moreira - 15/11/1918 - 28/07/1919 - Partido Republicano Mineiro - nenhum

11 - Epitácio Pessoa - 28/07/1919 - 15/11/1922 - Partido Republicano Mineiro - Delfim Moreira e Bueno de Paiva

12 - Artur Bernardes - 15/11/1922 - 15/11/1926 - Partido Republicano Mineiro - Estácio Coimbra

13 - Washington Luís - 15/11/1926 - 24/10/1930 - Partido Republicano Paulista - Melo Viana

Júlio Prestes - Partido Republicano Paulista - Vital Soares

Augusto Fragoso, Isaías de Noronha e Mena Barreto - 24/10/1930 - 03/11/1930 - militares - nenhum

14 - Getúlio Vargas - 03/11/1930 - 29/10/1945 - Aliança Liberal - nenhum

15 - José Linhares - 29/10/1945 - 31/01/1946 - nenhum - nenhum

16 - Eurico Gaspar Dutra - 31/01/1946 - 31/01/1951 - PSD - Nereu Ramos

17 - Getúlio Vargas - - 31/01/1951 - 24/08/1954 - PTB - Café Filho

18 - Café Filho - 24/08/1954 - 8/11/1955 - PSP - nenhum

19 - Carlos Luz - 08/11/1955 - 11/11/1955 - PSD - nenhum

20 - Nereu Ramos - 11/11/1955 - 31/01/1956 - PSD - nenhum

21 - Juscelino Kubitschek - 31/01/1956 - 31/01/1961 - PSD - João Goulart

22 - Jânio Quadros - 31/01/1961 - 25/08/1961 - PTN - João Goulart

23 - Ranieri Mazzilli - 25/08/1961 - 07/07/1961 - PSD - nenhum

24 - João Goulart - 07/07/1961 - 01/04/1964 - PTB - nenhum

25 - Ranieri Mazzilli - 02/04/1964 - 15/04/1964 - PSD - nenhum

26 - Castelo Branco - 15/04/1964 - 15/03/1967 - ARENA (militar) - José Maria Alckmin

27 - Costa e Silva - 15/03/1967 - 31/08/1969 - ARENA (militar) - Pedro Aleixo

Junta Governativa Provisória de 1969 - 31/08/1969 - 30/10/1969 - militar - nenhum

28 - Emilio Medici - 30/10/1969 - 15/03/1974 - ARENA (militar) - Augusto Rademaker

29 - Ernesto Geisel - 15/03/1974 - 15/03/1979 - ARENA (militar) - Adalberto dos Santos

30 - João Figueiredo - 15/03/1979 - 15/03/1985 - PDS (militar) - Aureliano Chaves

       Tancredo Neves - PMDB - José Sarney

31 - José Sarney - 15/03/1985 - 15/03/1990 - PMDB - nenhum

32 - Fernando Collor - 15/03/1990 - 29/12/1992 - PRN - Itamar Franco

33 - Itamar Franco - 29/12/1992 - 01/01/1995 - PMDB - nenhum

34 - Fernando Henrique Cardoso - 01/01/1995 - 01/01/2003 - PSDB - Marco Maciel

 35 - Luís Inácio Lula da Silva - 01/01/2003 - 01/01/2011 - PT - José Alencar

36 - Dilma Rousseff - 01/01/2011 - 01/01/2019 - PT - Michel Temer

Disponivel em: http://www.duplipensar.net/dossies/historia-das-eleicoes/todos-os-presidentes-da-republica-federativa-do-brasil.html

As 20 Metas do Plano Nacional de Educação (resumo)


Elaborar um plano de educação no Brasil, hoje, implica assumir compromissos com o esforço contínuo de eliminação de desigualdades que são históricas no País. Portanto, as metas são orientadas para enfrentar as barreiras para o acesso e a permanência; as desigualdades educacionais em cada território com foco nas especificidades de sua população; a formação para o trabalho, identificando as potencialidades das dinâmicas locais; e o exercício da cidadania. A elaboração de um plano de educação não pode prescindir de incorporar os princípios do respeito aos direitos humanos, à sustentabilidade socioambiental, à valorização da diversidade e da inclusão e à valorização dos profissionais que atuam na educação de milhares de pessoas todos os dias.

O PNE foi elaborado com esses compromissos, largamente debatidos e apontados como estratégicos pela sociedade na CONAE 2010, os quais foram aprimorados na interação com o Congresso Nacional.
 
Há metas estruturantes para a garantia do direito à educação básica com qualidade, que dizem respeito ao acesso, à universalização da alfabetização e à ampliação da escolaridade e das oportunidades educacionais.

Meta 1:
universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches, de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.

Meta 2:
universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.

Meta 3:
universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

Meta 5:
alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do ensino fundamental.

Meta 6:
oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica.

Meta 7:
fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes médias nacionais para o Ideb: 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino médio.

Meta 9:
elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 10:
oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

Meta 11:
triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

Um segundo grupo de metas diz respeito especificamente à redução das desigualdades e à valorização da diversidade, caminhos imprescindíveis para a equidade.

Meta 4:
universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

Meta 8:
elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último ano de vigência deste plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Um terceiro bloco de metas trata da valorização dos profissionais da educação, considerada estratégica para que as metas anteriores sejam atingidas.

Meta 15:
garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Meta 16:
formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.

Meta 17:
valorizar os(as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos(as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE.

Meta 18:
assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Um quarto grupo de metas refere-se ao ensino superior, que, em geral, é de responsabilidade dos governos federal e estaduais. Seus sistemas abrigam a maior parte das instituições que atuam nesse nível educacional, mas isso não significa descompromisso dos municípios. É no ensino superior que tanto os professores da educação básica quanto os demais profissionais que atuarão no município são formados, contribuindo para a geração de renda e desenvolvimento socioeconômico local. Por essas razões, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios devem participar da elaboração das metas sobre o ensino superior nos planos municipais e estaduais, vinculadas ao PNE.

Meta 12:
elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

Meta 13:
elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.
Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.

Meta 19:
assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.

Meta 20:
ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

Para que o País atinja as metas, há a questão do financiamento. A previsão constitucional de vinculação de um percentual do PIB para execução dos planos de educação representa um enorme avanço, mas o desafio de vincular os recursos a um padrão nacional de qualidade ainda está presente. Na agenda instituinte do Sistema Nacional de Educação, o financiamento, acompanhado da definição de normas de cooperação, de padrões nacionais de qualidade e de uma descentralização qualificada, isto é, de repartição de competências acompanhadas das condições necessárias para sua efetivação, levará à ampliação da capacidade de atendimento, e todos os brasileiros terão seu direito assegurado em qualquer ponto do território nacional. 

Também estão presentes outros grandes desafios, como o fortalecimento da gestão democrática, com leis específicas que a normatizem em cada rede ou sistema de ensino. Esses são elementos imprescindíveis do Sistema Nacional de Educação a ser instituído, conforme preveem, especialmente, as metas 19 e 20 do PNE.

Gestores, profissionais da escola, estudantes, pais e a sociedade em geral devem se preparar para a tarefa de elaboração dos planos de educação. Todos precisam ter em mente que é urgente superar a visão fragmentada de gestão da própria rede ou sistema de ensino. É fundamental que se desenvolva uma concepção sistêmica de gestão no território e que se definam formas de operacionalização, visando à garantia do direito à educação onde vive cada cidadão.


Para documento completo acesse: http://pne.mec.gov.br/programas-metas.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

PARÂMETROS NACIONAIS DE QUALIDADE PARA EDUCAÇÃO INFANTIL ( RESUMO)

INTRODUÇÃO

A discussão sobre a qualidade da educação para crianças de 0 a 6 anos de idade oferecida nas instituições de Educação Infantil/E.I., vem adquirindo maior espaço nas escolas, universidades e entre os pesquisadores da área da educação, acompanhando as mudanças políticas e legais trazidas com a redemocratização do país. Ao longo da última década, a produção de pesquisa e estudos sobre E.I. cresceu significativamente. 

Consequentemente a preocupação com um ensino de qualidade efetivo também. Logo, a compreensão sobre a temática tornou-se cada vez mais clara, e diante dos resultados de pesquisas temos uma compreensão adequada do que vem a ser esta Educação de Qualidade. O documento em estudo nos dá um panorama geral sobre concepções e abordagens significativas para realização de um trabalho de qualidade


DEFINIÇÃO

O documento contém referências de qualidade para a educação Infantil a serem utilizadas pelos sistemas educacionais, por creches, pré-escolas e centros de Educação Infantil, que promovam a igualdade de oportunidades educacionais e que levem em conta diferenças, diversidades e desigualdades de nosso imenso território e das muitas culturas nele presentes.

 
COMPETÊNCIAS DO SISTEMA DE ENSINO

A qualidade não pode ser pensada exclusivamente em função do que é oferecido em cada instituição de Educação Infantil, pois depende do apoio e da orientação oferecidos pelo poder público.




É fundamental que o poder público, nos níveis da administração federal, estadual e municipal, atue em regime de colaboração recíproca. A partir dessas considerações e fundamentados citaremos a seguir algumas das competências para os sistemas de ensino em:

NÍVEL MUNICIPAL

Estabelecer diretrizes, objetivos, metas e estratégias para a área no que se refere à organização, ao financiamento e à gestão do sistema educacional como um todo, à garantia das vagas demandadas  pela população, à formação dos profissionais, ao credenciamento das instituições de Educação Infantil única e exclusivamente para o cuidado e a educação das crianças de 0 até 6 anos de idade;

O desenvolvimento de uma Política de Educação Infantil, em conformidade com a legislação nacional, demanda que as secretarias municipais de educação:

• Incluam a Educação Infantil no Plano Municipal de Educação em consonância com a política local definida para a área;

•Criem um setor de Educação Infantil disponibilizando uma equipe de profissionais e recursos para exercer suas funções no município.


CARACTERIZAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL

No Brasil funciona em creches, pré-escolas, centros ou núcleos de Educação Infantil como também em salas anexas a escolas de Ensino Fundamental que atendem crianças de 0 até 6 anos de idade.

As instituições públicas de Educação Infantil no Brasil são gratuitas, laicas e apolíticas, ou seja, não professam credo religioso e político-partidário.

As instituições de Educação Infantil destinam-se às crianças, brasileiras e estrangeiras, sem  distinção de gênero, cor, etnia, proveniência social, credo político ou religioso, com ou sem necessidades especiais. Cabe às gestoras e aos gestores das instituições de Educação Infantil permitirem a matrícula ao longo de todo o ano letivo, sempre que houver vaga disponível.
 
 A Educação Infantil “tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade” (art. 29 da LDB). A Política Nacional de Educação Infantil parte dessa finalidade para estabelecer como uma de suas diretrizes a indissociabilidade entre o cuidado e a educação no atendimento às crianças da Educação Infantil (BRASIL, 2005a).



Parâmetros Nacionais de Qualidade para as Instituições de Educação Infantil



Quanto à proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil:

Contemplam princípios éticos, políticos e estéticos.

As propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil promovem as práticas de cuidado e educação na perspectiva da integração dos aspectos físicos, emocionais, afetivos,  cognitivo/lingüísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um ser completo, total e indivisível.
 
As propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil consideram que o trabalho ali desenvolvido é complementar à ação da família, e a interação entre as duas instâncias é essencial ara um trabalho de qualidade.

As propostas pedagógicas explicitam o reconhecimento da importância da identidade pessoal dos alunos, suas famílias, professores e outros profissionais e a identidade de cada unidade educacional nos vários contextos em que se situem.

As propostas pedagógicas das instituições de Educação Infantil consideram a inclusão como direito das crianças com necessidades educacionais especiais.

As propostas pedagógicas são desenvolvidas com autonomia pelas instituições de Educação Infantil a partir das orientações legais.




Este é um só um trecho do documento, que abordei aqui de maneira bem sucinta. Para maiores informações e para ler o documento na íntegra é só clicar em:
Parâmetros nacionais de qualidade para educação infantil – Volume 2

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Educinf/eduinfparqualvol2.pdf


DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL.

Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009
Fixa as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil.

1. OBJETIVOS
1.1 Esta norma tem por objetivo estabelecer as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil a serem observadas na organização de propostas pedagógicas na educação infantil.

1.2 As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil articulam-se às Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica e reúnem princípios fundamentos e procedimentos definidos pela Câmara de Educação Básica do Conselho nacional de educação, planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas e curriculares de Educação Infantil.

1.3 Além das exigências dessas diretrizes, devem também ser observados a legislação estadual e municipal atinentes ao assunto, bem como as normas do respectivo sistema.

2. DEFINIÇÕES
Para efeito das Diretrizes são adotadas as definições:

2.1 Educação Infantil:
Primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, ás quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social.
É dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção.

2.2 CRIANÇA:
Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.

2.3 CURRÍCULO:
Conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico de crianças de 0 a 5 anos de idade.

2.4 PROPOSTA PEDAGÓGICA:
Proposta pedagógica ou projeto político pedagógico é o plano orientador das ações da instituição e define as metas que se pretende para a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças que nela são educados e cuidados. È elaborado num processo coletivo, com a participaçao da direção, dos professores e da comunidade escolar.

3. CONCEPÇÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

MATRÍCULA E FAIXA ETÁRIA:

* È obrigatória a matrícula na Educação Infantil de crianças que completam 4 ou 5 anos até o dia 31 de março do ano em que correm a matrícula;

*As crianças que completam 6 anos após o dia 31 de março devem ser matriculadas na Educação Infantil.

* A frequência na Educação Infantil não é pré-requisito para a matrícula no Ensino Fundamental.

* As vagas em creches e pré-escolas devem ser oferecidas às
residências das crianças.

JORNADA:

*É considerada Educação Infantil em termo parcial,
de, no mínimo, quatro horas diárias e, em tempo
integral, a jornada com duração ou superior a sete
horas diárias, compreendendo o tempo total que
a criança permanece na instituição.

4. PRINCÍPIOS
As propostas pedagógicas de Educação Infantil devem respeitar os seguintes princípios:

* Éticos: da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade
e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes
culturas, identidades e singularidades.

* Políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criatividade
e do respeito à ordem democrática.

* Estéticos: da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da
liberdade de expressão nas diferentes manifestações artística
e culturais.

5. CONCEPÇÃO DE PROPOSTA PEDAGÓGICA

Na observância das Diretrizes, a proposta Pedagógica das instituições de Educação Infantil deve garantir que elas cumpram plenamente sua função sociopolítica e pedagógica.

* Oferecendo condições e recursos para que as crianças usufruam
seus direitos civís, humanos e sociais;

* Assumindo a responsabilidade de compartilhar e complementar
a educação e cuidado das crianças com as famílias;

* Possibilitando tanto a convivência entre crianças e entre
adultos e crianças quanto à ampliação de saberes e conhe-
cimentos de diferentes naturezas;

* Promovendo a igualdade de oportunidades educacionais
entre as crianças de diferentes classes sociais no que se
refere ao acesso a bens culturais e às possibilidades de
vivência da infancia;

* Construíndo novas formas de sociabilidade e de subjeti-
vidade comprometidas com a ludicidade, a democracia, a
sustentabilidade do planeta e com o rompimento de rela-
ções de dominação etária, socioeconômica, étnico-racial,
de gênero, regional, linguística e religiosa.

6. OBJETIVOS DA PROPOSTA PEDAGÓGICA.
A proposta pedagógica das instituições de educação Infantil deve ter como objetivo garantir à criança acesso a processos e apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à proteção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeìto, à dignidade, à brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças.

7. ORGANIZAÇÃO DE ESPAÇO, TEMPO E MATERIAIS.
Para efetivação de seus objetivos, as propostas pedagógicas das instituições de educação infantil deverão prever condições para o trabalho coletivo e para a organização de materiais, espaços e tempos que assegurem:

*A educação em sua integralidade, entendendo o cuidado
como algo indissociável ao processo educativo;

* A individualidade das dimensões expressivo-motora
afetiva, cognitiva, lingüística, ética, estética e sociocul-
tural da criança;

* A participação, o diálogo e a esculta cotidiana das famílias,
o respeito e a valorização de suas formas de organização;

* O estabelecimento de uma relação efetiva com a comuni-
dade local e de mecanismos que garantam a gestão demo-
crática e a consideração dos saberes da comunidade;

* O reconhecimento das especificidades etárias, das singu-
laridades individuais e coletivas das crianças de mesma
idade e crianças de diferentes idades;

* Os deslocamentos e os movimentos amplos das crianças
nos espaços internos e externos às salas de referência
das turmas e à instituição;

* A acessibilidade de espaços, materiais, objetos, brinque-
dos e instituições para as crianças com deficiência,
transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/
superação;

* A apropriação pelas crianças das contribuições histórico-
culturais dos indígenas, afrodescendentes, asiáticos,
europeus e de outros países da América.

8. PROPOSTA PEDAGÓGICA E DIVERSIDADE
As propostas pedagógicas das instituições de educação infantil deverão prever condições para o trabalho coletivo e para a organização de materiais, espaços e tempos que assegurem:

* O reconhecimento, a avaliação, o respeito e a interação
das crianças com as histórias e as culturas afro-brasileiras
bem como o combate ao racismo e à discriminação;

* A dignidade da criança como pessoa humana e a proteção
contra qualquer forma de violência-física ou simbólica
e negligência no interior da instituição ou pra-
ticadas pela família, prevendo os encaminhamentos
de violações para instâncias competentes.

9. PROPOSTA PEDAGÓGICA E CRIANÇAS INDÍGENAS
Garantida a autonomia dos povos indígenas na escolha dos modos de educação de suas crianças de 0 a 5 anos de idade, as propostas pedagógicas para os povos que optarem pela Educação Infantil devem:

* Proporcionar uma relação viva com os conhecimentos,
crenças, valores, concepções de mundo e as memórias
de seu povo;

* Reafirmar a identidade étnica e a língua materna como
como elementos de constituição das crianças;

* Dar continuidade à educação tradicional oferecida na
família e articular-se às práticas socioculturais de educação
e cuidado coletivos da comunidade;

* Adequar calendário, agrupamentos etários e organização
de tempos, atividades e ambientes de modo a
atender as demandas de cada povo indígena.

10. PROPOSTA PEDAGÓGICA E AS INFÂNCIAS DO CAMPO
As propostas pedagógicas da educação Infantil das crianças filhas de agricultores familiares, extrativistas, pescadores artesanais, ribeirinhos e acampados da reforma agrária, quilombolas, caiçaras, povos da floresta, devem:

*Reconhecer os modos próprios de vida no campo como fundamentais para a constituição da identidade das crianças moradoras em territórios rurais;

* Ter vinculação inerente à realidade dessas populações, suas culturas, tradições e identidades, assim como a práticas ambientalmente sustentáveis;

* Flexibilizar, se necessário, calendário, rotinas e atividades respeitando as diferenças quanto à atividade econômica dessas populações;

* Valorizar e evidenciar os saberes e o papel dessas populações na produção de conhecimentos sobre o mundo e sobre o ambiente natural;

* Prever a oferta de brinquedos e equipamentos que respeitem as características ambientais e socioculturais da comunidade.

11. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Eixos do Currículo:

As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da educação Infantil devem ter como eixos norteadores as interações e a brincadeira e
Garantir experiências que:

*promovem o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;

* Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical;

* Possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e integração com a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos;

* Recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas, formas e orientações espaço temporais;

* Ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas;

* Possibilitem situações de aprendizagem medidas para a elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;

* Possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alarguem seus padrões de referência e de diálogo e conhecimento da diversidade;

* Incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza;

* Promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança, teatro, poesia e literatura;

* Promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais;

* Propiciem a integração e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras;

* possibilitem a utilização de gravadores, projetos, computadores, máquinas fotográficas, e outros recursos tecnológicos e midiáticos.
As creches e pré-escolas, na elaboração da proposta curricular, de acordo com suas características, identidade institucional, escolhas coletivas e particulares pedagógicas, estabelecerão modos de integração dessas experiências.

12. AVALIAÇÃO
As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promovendo ou classificação, garantindo:

*A observância crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das crianças no cotidiano;

* Utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.);

* A continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criação de estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição vividos pela criança ( transição casa/instituição de educação Infantil, transições no interior da instituição, transição creche/pré-escola e transição pré-escola/Ensino Fundamental);

* Documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da instituição junto às crianças e os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança na Educação Infantil;

* A não retenção das crianças na Educação Infantil.

13. ARTICULAÇÃO COM O ENSINO FUNDAMENTAL
Na transição para o Ensino Fundamental a proposta pedagógica deve prever formas para garantir a continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no ensino Fundamental.

14. IMPLEMENTAÇÃO DAS DIRETRIZES PELO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Cabe ao Ministério da Educação elaborar orientações para a implementação das Diretrizes Curriculares.
Visando atender a essa determinação, a secretaria de educação Básica, por meio da Coordenação Geral de Educação Infantil, está elaborando orientações curriculares, em processo de debate democrático e com consultoria técnica especializada, sobre os seguintes temas:

* O currículo na educação infantil: o que propõem as novas Diretrizes nacionais?

* As especificidades de ação pedagógica com os bebês

* Brinquedos e brincadeiras na educação infantil

* relações entre crianças e adultos na educação infantil

* Saúde e bem estar das crianças: uma meta para educadores infantis em parceria com familiares e profissionais de saúde.

* Múltiplas linguagens de meninos e meninas no cotidiano da educação infantil.

* A linguagem escrita e o direito á educação na primeira infância.

* As crianças e o conhecimento matemático: experiências de exploração e ampliação de conceitos e relações matemáticas.

* Crianças da natureza

* orientações curriculares para a educação infantil do campo

* Avaliação e transições na educação infantil.







fonte: http://smeducacaomvieira.blogspot.com.br/2012/01/diretrizes-curriculares-nacionais-para.html