quinta-feira, 2 de junho de 2011

poder e educação


o poder simbólico é vivenciado, no dia-a-dia das escolas, por atores que procuram transformar em capital simbólico as outras espécies de capital que possuem, no sentido de "ganhar" as pessoas, para poderem contar com elas: os administradores e especialistas, detentores de cargos de maior poder hierárquico e de maior capital cultural expresso em títulos escolares, transformam este capital em moedas de competência e habilidades que vão lhes permitir o exercício do poder simbólico na escola. Enquanto funcionários e colegas de serviço de seus subordinados, com quem dividem os bancos do ônibus ou com quem compartilham seu carro, utilizam, inconscientemente, suas qualidades pessoais e sua habilidade de relacio-namento para ganhá-los como adeptos na luta velada pela imposição de idéias.
Em meio às orientações de supervisores e administradores, à preocupação com o cumprimento dos programas, à freqüência às reuniões constantes, à preparação de aulas e correção de trabalhos e ao atendimento aos pais de alunos, os professores recebem o reflexo e refletem as relações de poder existentes. Elementos-chave dos contatos da instituição, os professores têm muito mais poder dentro da escola do que podem, sequer, imaginar.
Os funcionários administrativos, muitas vezes recrutados entre os próprios professores e membros de confiança da administração, participam das relações de poder existentes de forma pouco questionadora. Mais próximos dos administradores do que dos docentes constituem-se, muitas vezes, em seus mais fiéis colaboradores, sendo alvos fáceis do exercício do poder simbólico.
Os funcionários de serviço, ocupantes de posição hierárquica inferior, membros um tanto isolados das inter-relações estabelecidas na instituição e das decisões mais importantes, têm como maiores interlocutores colegas da própria categoria e participam, como coniventes, das relações de poder instauradas, vivendo e convivendo conforme a ordem estabelecida, considerando-a como legítima.
Os alunos, considerados por todos como a razão de ser da escola, são os alvos dos reflexos das relações de poder existentes: vítimas do mau humor de professores descontentes ou contemplados pela sorte de conviver com mestres satisfeitos e adaptados, sofrem mais diretamente as conseqüências do clima estabelecido na instituição.
Os pais e líderes comunitários das escolas de periferia, muito mais esclarecidos e envolvidos com a questão da escola do que se podia esperar em razão de seu parco capital econômico, social e cultural, são forças à parte, com as quais a administração da escola pode contar, se se empenhar em conquistá-las. Falta às equipes das escolas maior empenho em envolver as lideranças comunitárias em suas atividades.
Os Inspetores Escolares, elementos de ligação entre a escola e os órgãos administrativos do sistema, precisam marcar mais sua presença nas escolas que orientam. Mantendo relações, apenas, com administradores e funcionários administrativos, deixam de conhecer aspectos importantes das escolas que inspecionam e são considerados por seus atores como visitantes esporádicos. A orientação e a fiscalização implicadas pelo serviço de inspeção requerem um conhecimento da escola bem mais profundo do que aquele que é normalmente estabelecido.
Vivendo, na rotina diária, relações de um poder simbólico, tais atores são envolvidos, em determinados momentos críticos, em disputas por cargos de poder e lutas por imposição de idéias, pelas quais mobilizam os recursos de que dispõem e vêem cair o véu do poder simbólico, que cede lugar ao embate, quase sempre desgastante. Estes momentos, apesar de muitas vezes representarem um alto custo para a Instituição e seus atores, são inerentes às relações de poder e fazem, inevitavelmente, avançar o universal, como afirma Bourdieu.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOURDIEU, Pierre. La noblesse d’État: grandes écoles et esprit de corps. Paris: Minuit, 1989. 569p.        [ Links ]
_____. Sur le pouvoir symbolique. Annales, Paris, v.32, n.3, p.405-11, maio/jun. 1977.        [ Links ]
CASTRO, Magali de. Relações de poder na escola pública de ensino fundamental: uma radiografia à luz de Weber e Bourdieu. São Paulo, 1994. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, 325p.        [ Links ]
CASTRO, Magali de. Contribuições da sociologia clássica e contemporânea para a análise das relações de poder na escola: um estudo do poder em Weber e em Bourdieu. Educação e sociedade, Campinas, v.16, n.50, p.105-43, abr. 1995.        [ Links ]

PROJETO INTERCAMBIO CULTURAL MAIS EDUCAÇÃO



PREFEITURA MUNICIPAL DE MARABÁ
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO



E.M.E.F. AUGUSTO BASTOS MORBACH

E.M.E.F. MANOEL CORDEIRO NETO

COORDENADORES MAIS EDUCAÇÃO:
MAGNO PESSOA FERREIRA
ROSILENE FURTADO





1° INTERCÂMBIO CULTURAL
PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO








MARABÁ-PARÁ
2011


APRESENTAÇÃO

Com o 1° INTERCÂMBIO CULTURAL DO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO, proporcionaremos uma nova forma de entretenimento para os alunos, que apresentam dificuldades em relacionar-se e concentrar-se em algumas atividades desenvolvidas em sala de aula e fora desse ambiente.


JUSTIFICATIVA

Hoje em dia, nas escolas municipais e estaduais, nos deparamos com uma demanda de alunos, que em conseqüência de alguns fatores sociais, morais e econômicos, são abordados por um grau de dificuldade altíssimo, que influem principalmente em aspectos detectados pelos educadores, como: a falta de concentração e interação nas aulas durante o desenvolvimento de todas as disciplinas.
Devido aos resultados apresentados nas estatísticas da escola, sobre a falta de interação social, a agressividade, a falta de companheirismo, de respeito mútuo a si próprio e ao próximo, as escolas estão desenvolvimento o projeto de intercâmbio cultural do Programa Mais Educação que muito vai contribuir para o sucesso escolar.
Sabe-se da importância dos jogos para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do raciocínio, aumentando a capacidade mental de quem os praticas.
Diante disso, faremos uma inclusão de diversos jogos com os alunos conciliando a formação intelectual com a interação social que se espera com o projeto.





OBJETIVO GERAL

Proporcionar aos alunos do Programa Mais Educação atividades diversas no sentido de favorecer a interação, a socialização e concentração, para aprimoramento do raciocínio lógico, como uma forma também de entretenimento, como habilidades necessárias para a vida escolar dos alunos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
  • Promover a interação e socialização dos alunos, favorecendo um ambiente agradável;
  • Favorecer a concentração e estímulo dos alunos;
  • Promover o raciocínio lógico, no sentido de aumentar a capacidade mental dos alunos;
  • Incentivar vivencia coletiva e pratica esportiva.
  • Aumentar o tempo de permanência desses alunos na escola com atividades prazerosas e enriquecedoras .
  • Forma possíveis praticantes de esportes.
  • Estimular aos alunos momentos de entretenimento e aprendizagem diversificada, diferente do seu cotidiano em sala de aula.

ABRANGÊNCIA

Alunos do Programa Mais Educação, turno Manhã e Tarde das Escolas Augusto Bastos Morbach e Manoel Cordeiro Neto.

ESTRATÉGIAS/PROCEDIMENTOS

  1. Identificação e conhecimento dos coordenadores e monitores do Programa Mais Educação,
  2. Apresentação dos alunos das Escolas participantes;
  3. Leitura das regras e instruções dos torneios do Intercâmbio;
  4. Apresentações dos monitores de Karatê e Dança com alguns alunos;
  5. Realização de atividades orais com perguntas e respostas, e torneios com jogos de futebol, de queimada, de xadrez, entre outras atividades recreativas;
  6. Os jogos se procederão em dupla, em grupos coletivos, na prática e disputas sadias entre os alunos;
  7. Premiação aos alunos vencedores.


RECURSOS
HUMANOS – coordenadores do programa, alunos, monitores, diretor(es), familiares, bombeiros.

MATERIAIS – Tabuleiros de xadrez, papel ofício, sacos de fibras, ovos, cordas, bolas, apitos, mesas, espaço físico, etc.

DESENVOLVIMENTO

As atividades acontecerão na sede do SINTEPP, no bairro São Félix com a participação dos coordenadores (Magno Pessoa e Rosilene Furtado), diretoras (Tânia e Marinei), alunos das Escolas Augusto Bastos Morbach e Manoel Cordeiro Neto e os monitores das turmas do Programa Mais Educação.
O Intercâmbio acontecerá durante o dia 04 (quatro) de maio do corrente ano, com a seguinte programação:
8H00 – ABERTURA:
  • ENTRADA DAS BANDEIRAS DAS ESCOLAS
  • HINO NACIONAL BRASILEIRO / HINO DE MARABÁ

8H20 – APRESENTAÇÃO:
  1. COORDENADORA MAIS EDUCAÇÃO – ROSILENE FURTADO
  2. COORDENADOR MAIS EDUCAÇÃO – MAGNO PESSOA FERREIRA
  3. MONITORES DA EMEF MANOEL CORDEIRO NETO
  4. MONITORES DA EMEF AUGUSTO BASTOS MORBACH
  5. OUTRAS AUTORIDADES PRESENTES

8H40 – APRESENTAÇÃO GRUPO DE DANÇA EMEF MANOEL CORDEIRO NETO

8H50 - APRESENTAÇÃO GRUPO DE KARATÊ EMEF AUGUSTO BASTOS MORBACH

9H00 – LANCHE

9H10 - INICIO DAS ATIVIDADES DO I INTERCÂMBIO CULTURAL
  • TORNEIO DE FUTEBOL MASCULINO
  • TORNEIO DE FUTEBOL MISTO
  • TORNEIO DE XADREZ
  • TORNEIO DE QUEIMADA FEMININO
  • GINCANA LETRAMENTO
  • RECREAÇÃO

12H00 – ALMOÇO

13H30 – ENCERRAMENTO

PRODUTO FINAL
Um intercâmbio cultural com atividades realizadas pelo Programa Mais Educação.
AVALIAÇÃO PROCESSUAL

De acordo com a execução das escolas, e a participação dos alunos, será avaliado durante o projeto.

INTERCÂMBIO CULTURAL MAIS EDUCAÇÃO 2011

alunos do Morbach



alunos do Manoel Cordeiro


coordenaador Rosilene



TREINAMENTO DO KARATÊ

PESSOAL DO FUNDESCOLA

GRUPO DE CARIMBÓ DA ESCOLA MANOEL CORDEIRO


APRESENTAÇÃO DE KARATê DO MORBACH


ALUNOS DAS ESCOLA S JOGANDO XADREZ

ALUNOS DA ESCOLA AUGUSTO MORBACH

ALUNOS DA ESCOLA MANOEL CORDEIRO


MENINOS DA ESCOLA AUGUSTO MORBACH EM MOMENTO DE DESCONTRAÇÃO
MONITORES E ALUNOS NA GINCANA DE LINGUA PORTUGUESA
MONITORES E ALUNOS COM AS EQUIPES DE QUEIMADA DAS ESCOLAS AUGUSTO MORBACH(PRETO) E MANOEL CORDEIRO (VERMELHO)
ALUNOS EM JOGO DE VOLEI DURANTE INTERCÂMBIO
ALUNOS NO JOGO DE VÔLEI.
ALUNOS NO TORNEIO DE XADREZ

segunda-feira, 23 de maio de 2011

ÉTICA NA EDUCAÇÃO



INTRODUÇÃO
Na introdução do tema transversal: Ética, há explícito que nos costumes, manifesta-se um aspecto fundamental da existência humana: a criação de valores. Os diversos grupos e sociedades criam formas peculiares de viver e elaboram princípios e regras que regulam seu comportamento. Esses princípios e regras específicos, em seu conjunto, indicam direitos, obrigações e deveres. Não há valores em si, mas sim propriedades atribuídas à realidade pelos seres humanos, a partir das relações que estabelecem entre si e com a realidade, transformando-a e se transformando continuamente. Assim, valorizar significa relacionar-se com a natureza, atribuindo-lhe significados que variam de acordo com necessidades, desejos, condições e circunstâncias em que se vive. Pela criação cultural, instala-se a referência não apenas ao que é, mas ao que deve ser. O que se deve fazer se traduz numa série de prescrições que as sociedades criam para orientar a conduta dos indivíduos. Este é o campo da moral e da ética.
Esse trabalho tem como objetivo demonstrar a abordagem da Ética na Educação, bem como a importância e as conseqüências da inserção desse tema na educação. Sendo que ética são os princípios morais e os valores que norteiam os seres humanos nas suas ações com outros membros da coletividade.
Será abordado as formas de ensino sobre ética constante nos Parâmetros Curriculares Nacionais: tendência filosófica, afetivista, moralista e democrática. Outro ponto é a influencia do estudo do tema ético nos alunos. E quais são os objetivos dos educadores.
2. CONCEITO DE ÉTICA
A palavra Ética representa algo que tem inúmeras significações. È um vocábulo que permite ser interpretado de acordo com a cultura da região na qual é invocada. Quando as pessoas passaram a viver em comunidades,necessitaram de regras morais e éticas.
A moralidade é tida como o conjunto de crenças, princípios, regras que norteiam o comportamento humano, a moral é o campo em que dominam os valores relacionados ao bem e ao mal, como aquilo que deve ser buscado ou de que se deve afastar. O conteúdo dessas noções ganha concretude no interior de cada contexto social específico e varia enormemente de sociedade para sociedade, de cultura para cultura, em cada situação concreta, intervêm interesses, estabelecem-se poderes, emergem conflitos. O que é importante assinalar é que a moralidade é componente de todas as culturas e a dimensão moral está presente no comportamento de cada pessoa em relação com as outras, das culturas e dos povos entre si. (PCN, 1999, p.43).
A estrutura da moralidade conduz a uma designação valorativa. Escolhe-se o que se pode e o que se deve fazer. Escolher implica comparar e valorar.Cada um dos componentes da ação moral ganha sentido na articulação com os demais (não adianta querer realizar um gesto bom, se não se pode realizá-lo; não adianta poder, se não se tem consciência do que é bom; não adianta ter consciência e não empenhar a vontade etc.), e na afirmação de seu caráter relacional. Em todas as sociedades humanas há razões para a obediência e razões para a rebeldia. A responsabilidade implica o conhecimento dessas razões e a consideração daqueles a quem se dirige ou com quem se partilha a resposta.
A ética está acima da moralidade. Sua reflexão é a reflexão a respeito da moralidade. Segundo o PCN (1998, p. 52 ) a ética é a reflexão crítica sobre a moralidade. Ela não tem um caráter normativo, pois, ao fazer uma reflexão ética, pergunta-se sobre a consistência e a coerência dos valores que norteiam as ações, busca-se esclarecer e questionar os princípios que orientam essas ações, para que elas tenham significado autêntico nas relações. Há uma multiplicidade de doutrinas morais que, pelo fato de serem históricas, refletem as circunstâncias em que são criadas ou em que ganham prestígio. Assim, são encontradas doutrinas morais cujos princípios procuram fundamentar-se na natureza, na religião, na ciência, na utilidade prática.
Assim como a cultura varia, as normas culturais também. Dessa forma sociedade se estrutura de forma diferente. Os valores diferem de sociedade para sociedade. Numa mesma sociedade, valores diferentes fundamentam interesses diversos. No cotidiano estão sempre presentes valores diferenciados, e a diversidade pode levar, sem dúvida, a situações de conflito. Longe de querer dissolver esses conflitos, impondo uma harmonia postiça, é importante que se instale a atitude problematizadora. O que é preciso considerar, sempre, é que não existem normas acabadas, regras definitivamente consagradas. A moral sofre transformações, principalmente quando submetida à reflexão realizada pela ética.
Conforme o PCN (1998, p. 53):
A distinção que se faz contemporaneamente entre ética e moral tem a intenção de salientar o caráter crítico da reflexão, que permite um distanciamento da ação, para analisá-la constantemente e reformulá-la, sempre que necessário. Por ser reflexiva, a ética tem, sem dúvida, um caráter teórico. Isso não significa, entretanto, que seja abstrata, ou metafísica, descolada das ações concretas. Não se realiza o gesto da reflexão por mera vontade de fazer um "exercício de crítica". A crítica é provocada, estimulada, por problemas, questões-limites que se enfrentam no cotidiano das práticas. A reflexão ética só tem possibilidade de se realizar exatamente porque se encontra estreitamente articulada a essas ações, nos diversos contextos sociais. É nessa medida que se pode afirmar que a prática cotidiana transita continuamente no terreno da moral, tendo seu caminho iluminado pelo recurso à ética.
As pessoas são produtos da sociedade. Se transformando de acordo com os preceitos e os valores impostos. Muitas são as instituições responsável pela educação moral dos indivíduos, a igreja, a família, a política, o Estado e a família. É preciso deixar claro que ela não deve ser considerada onipotente, única instituição social capaz de educar moralmente as novas gerações. Também não se pode pensar que a escola garanta total sucesso em seu trabalho de formação. Na verdade, seu poder é limitado. Todavia, tal diagnóstico não justifica uma deserção. Mesmo com limitações, a escola participa da formação moral de seus alunos. Valores e regras são transmitidos pelos professores, pelos livros didáticos, pela organização institucional, pela forma de avaliação, pelos comportamentos dos próprios alunos. Assim, em vez de deixá-las ocultas, é melhor que tais questões recebam tratamento explícito, que sejam assuntos de reflexão da escola como um todo, e não apenas de cada professor. Daí a proposta da presença da Ética na organização curricular.
Segundo o PCN (1998, p. 61) trazer a ética para o espaço escolar significa:
enfrentar o desafio de instalar, no processo de ensino e aprendizagem que se realiza em cada uma das áreas de conhecimento, uma constante atitude crítica, de reconhecimento dos limites e possibilidades dos sujeitos e das circunstâncias, de problematização das ações e relações e dos valores e regras que os norteiam. Configura-se, assim, a proposta de realização de uma educação moral que proporcione às crianças e adolescentes condições para o desenvolvimento de sua autonomia, entendida como capacidade de posicionar-se diante da realidade, fazendo escolhas, estabelecendo critérios, participando da gestão de ações coletivas. O desenvolvimento da autonomia é um objetivo de todas as áreas e temas transversais e, para alcançá-lo, é preciso que elas se articulem. A mediação representada pela Ética estimula e favorece essa articulação.
Ao ingressar no campo da ética no ensino escolar, as atividades persecutórias esbarram-se em limitações, não sendo totalmente livres para agirem. Deve haver respeito coma individualidade e a realidade posta a cada aluno. Como também coma realidade de cada sociedade. Logo ao nascer, o ser humano se relaciona com regras e valores da sociedade em que está inserido. A família é o primeiro espaço de convivência da criança. Ao lado da família, outras instituições sociais veiculam valores e desempenham um papel na formação moral e no desenvolvimento de atitudes. A presença constante dos meios de comunicação de massa nos espaços públicos e privados, conferem a eles um grande poder de influência e de veiculação de valores, de modelos de comportamento. A religião contribui da mesma forma. As várias instituições sociais, motivadas por interesses diversos concorrem quando buscam desenvolver atitudes que expressam valores. Os indivíduos transitam por algumas dessas instituições durante toda a sua vida; em outras, por períodos determinados; e em outras, ainda, nunca transitarão.
Aética depende do tipo de relação social que o indivíduo mantém com os demais e, segundo o autor existem tantos tipos de moral como de relações sociais. A moral é imposta a partir do exterior como um sistema de regras obrigatórias, muitas vezes difícil de ser compreendida. Tamanha é a interferência da diversidade cultural que é explanado no PCN:
O fato é que, inevitavelmente, os indivíduos se constituem como tais convivendo simultaneamente com sistemas de valores que podem ser convergentes, complementares ou conflitantes, dentro do tecido complexo que é o social. As influências que as instituições e os meios sociais exercem são fortes, mas não assumem o caráter de uma predeterminação. A constituição de identidades, a construção da singularidade de cada um, se dá na história pessoal, na relação com determinados meios sociais; configura-se como uma interação entre as pressões sociais e os desejos, necessidades e possibilidades afetivo-cognitivas do sujeito vivida nos contextos socioeconômicos, culturais e políticos(PCN, 1998, p. 62).
Ao trabalhar a ética na educação em sala de aula, o professor se depara com a questão do choque de valores. Os diversos valores, normas, modelos de comportamento que o indivíduo compartilha nos diferentes meios sociais a que está integrado ou exposto colocam-se em jogo nas relações cotidianas. A percepção de que determinadas atitudes são contraditórias entre si ou em relação a valores ou princípios expressos pelo próprio sujeito não é simples e nem óbvia. Para isso:
Requer uma elaboração, implicando reconhecer os limites para a coexistência de determinados valores e identificar os conflitos e a incompatibilidade entre outros. A forma de operar com a diversidade de valores por vezes conflitantes também é dada culturalmente, ainda que do ponto de vista do sujeito dependa também do desenvolvimento psicológico. Os preconceitos, discriminações, o negar-se a dialogar com sistemas de valores diferentes daqueles do seu meio social, o agir de forma violenta com aqueles que possuam valores diferentes, são aprendidos (PCN, 1998, p. 64).
A escola, como uma instituição pela qual espera-se que passem todos os membros da sociedade, coloca-se na posição de ser mais um meio social na vida desses indivíduos. Também ela veicula valores que podem convergir ou conflitar com os que circulam nos outros meios sociais que os indivíduos freqüentam ou a que são expostos. Deve, portanto, assumir explicitamente o compromisso de educar os seus alunos dentro dos princípios democráticos . Se entendida como apenas mais um meio social que veicula valores na vida das pessoas que por ela passam, a escola encontra seu limite na legitimidade que cada um dos indivíduos e a própria sociedade conferir a ela. Se entendida como espaço de práticas sociais em que os alunos não apenas entram em contato com valores determinados, mas também aprendem a estabelecer hierarquia entre valores, ampliam sua capacidade de julgamento e a consciência de como realizam escolhas, ampliam-se as possibilidades de atuação da escola na formação moral, já que se ocupa de uma formação ética, para formação de uma consciência moral reflexiva cada vez mais autônoma, mais capaz de posicionar-se e atuar em situações de conflito.
A escola de hoje está deixando um pouco de lado a construção moral e a educação ética, atribuí-se prioridades a outros assuntos como o vestibular, a mensalidade escolar, mas esquece que a formação do indivíduo é a mais importante, e que permeará por toda a sua vida. A criança que educa-se eticamente torna-se um adulto capaz de ir ao encontro do outro, reconhece-se com seu igual e não assume as regras morais como regras obrigatórias. Portanto, o educador possui um papel fundamental na formação ética e moral do indivíduo, principalmente na educação infantil, onde inicia-se a vida escolar. Acredito que trabalhamos a ética e a moral na educação infantil vivendo-as, demonstrando-as aos nossos alunos através dos nossos atos, da nossa postura, das atitudes e dos valores aos quais acreditamos. Não ensina-se moral e ética, vivencia-se. Se a escola deixa de cumprir o seu papel de educador em valores, a referencia ética de seus alunos estará limitada à convivência humana que pode ser rica em se tratando de vivências pessoas,mas pode estar também carregada de desvios de postura, atitude comportamento ou conduta, e mais, quando os valores não são bem formal ou sistematicamente ensinados,podem ser encarados pelos educandos como simples conceitos ideais ou abstratos, principalmente para aqueles que não os vivenciam, sejam por simulações de práticas sociais ou vivenciados no cotidiano.
3. CONCLUSÃO
A educação é uma socialização das novas gerações de uma sociedade e, enquanto tal, conserva os valores dominantes (a moral) naquela sociedade. Toda educação é uma ação de diálogo entre seres humanos Uma educação pode ser eficiente enquanto processo formativo e ao mesmo tempo, eticamente má. Pode ser boa do ponto de vista da moral vigente e má do ponto de vista ético. A educação ética (ou, a ética na educação) acontece quando os valores no conteúdo e no exercício do ato de educar são valores humanos e humanizadores.
A educação para a vida exige dos educadores uma postura de ação com responsabilidade, ou seja, habilidades de oferecer respostas mais adequadas às demandas, à medida que essas se apresentam. O conhecimento atual aponta para atitudes criativas, para a busca de soluções inéditas, para a liderança ética, para o resgate dos valores. O estudo da Ética vai complementar o trabalho formativo que realizamos no dia-a-dia e isso pode ser efetivado através de atividades práticas que possibilitem real vivência dos valores esquecidos por muitos.A Ética, antes de mais nada, deve estar impregnando as ações de cada dia, seja dentro da sala de aula ou fora dela. Nunca se deve perder a oportunidade de formar a mente e o coração dos alunos. Se tiver de ser feito através de uma disciplina específica, que seja bem-feito e que haja contextualização com o momento presente.
A revisão nos cursos de formação de professores é urgente. Precisa-se de educadores completos que tenham atitudes éticas em sua essência para orientar nossas crianças, adolescentes e jovens que buscam algo melhor para sua formação e para suas vidas.


4 BIBLIOGRAFIA
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares nacionais: Terceiro e quarto ciclos; Apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998.


sábado, 9 de abril de 2011

festa de formatura dos alunos do 1º e 5º ano 2010

momento de abertura

pais e maes dos formandos

professores e colaboradores

formandas do 1 e 5 ano

formandos do 1º e 5º ano

Falando de cultura

A cultura é dinamica e varia de acordo com cada sociedade, que, por, sua vez, a transforma ao longo do tempo. Cada sociedade possui suas diferenças internas, pois possui diversos grupos sociais e, quanto maior for sua organização social maior será sua diversidade cultural. E a educação escolar é parte do produto da cultura da sociedade em que está inserida e das suas relações de outras sociedades; logo essa educação é reproduzida para a manutenção das relações sociais por meio de um conjunto de disciplinas, regras, e maneiras de agir e pensar para que seus indivíduos se adequem ideológica e politicamente ao sistema social.
A cultura erudita se constitui da produção do ambiente e de suas manifestações relacionadas aos mais ricos e cultos influentes na sociedade. Ex: pintores, escultores, poetas, músicos, etc.
A cultura popular são as manifestações folclóricas adicionais estabelecidas ao longo da história da sociedade rural ou urbana, dinamizadas pelo variado ritmos e rituais regionais conhecidos pelo povo. Ex: o samba, a moda de viola, o forró, o bumba-meu-boi, etc.
A cultura de massa são as informações antes limitadas a uma única classe, que se difundiu a população em geral, unificando hábitos e valores sociais de todas as camadas. Ex: roupas e calçados, automóveis, internet e diversos recursos de informática e de comunicação, etc.
A cultura patente é aquela estabelecida segundo os padrões vigentes numa coletividade, num determinado momento, sendo estabelecida por normas, idéias, valores e práticas vigentes na ordem social atual. Nesse contexto, a escola é uma organização bastante conservadora, relacionando alguns aspectos que formam o cotidiano, como o conhecimento, as avaliações, o material educacional, o comportamento conservador, e a linguagem adotada no ambiente escolar.
A cultura latente é aquela que existe incompleta e precariamente, institucionalizando outras formas de ser social, inovando e construindo novas normas, idéias e valores na realidade da sociedade existente. Nesse ponto de vista latente, a escola está imersa na dinâmica das transformações que instituem novos padrões, pois ela cria novas formas de instituir democraticamente seu currículo administrativo e seu modo de ensino-aprendizagem sem perder suas características anteriores.
A sala de aula é onde acontece o desenvolvimento de aprendizagens, de idéias, dos valores, dos desejos, das atitudes, na qual cada indivíduo deverá ser capaz de reconhecer, identificar e interpretar o universo que está em seu entorno.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

TORNEIO INTERNO MAIS EDUCAÇÃO 2011




Bem vindo

 Este é o espaço eletronico da Escola Municipal de Ensino Fundamental Augusto Bastos Morbach, da cidade de Marabá - PA, apresentar suas atividades educativas realizadas durante o ano letivo e as participações de seus funcionarios em outros eventos.
Agradeço sua visita!!!!

Magno Pessoa Ferreira
Coordenador MAIS EDUCAÇÃO