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sábado, 11 de agosto de 2012
Símbolos de todas as Olimpíadas
Símbolos
de todas as Olimpíadas
falando das olimpiadas
Jogos Olímpicos - ou Olimpíadas- é um conjunto de provas esportivas de
caráter mundial, disputadas de 4 em 4 anos em cidades escolhidas debater
as que se candidatam com antecedência de 6 anos, junto ao Comitê Olímpico
Internacional ( C.O.I. ).
Pode participar dessas provas qualquer atleta ou equipe representando
país filiado ao C.O.I., desde que obedeça as normas estabelecidas pelos
regulamentos olímpicos e pelas leis que regem os respectivos esportes.
Atualmente, são 19 esses esportes: atletismo, basquete, boxe, canoagem,
esgrima, ciclismo, futebol, ginástica, halterofilismo, hipismo, hóquei
na grama, iatismo, judô, luta, natação, pentatlon moderno, remo, tiro
e vôlei. A cada país organizador é dado o direito de incluir 2 esportes
não olímpicos no programa oficial.
Os jogos olímpicos Modernos- que começaram a se celebrar em 1896 são na
verdade, uma nova versão dos festivais esportivos que os gregos realizavam,
também de 4 em 4 anos, na antiga Élida na honra de Zeus e de outros deuses
que habitavam o Olimpo. Dessa versão modernizada resultaram outras, inclusive
a dos Jogos Olímpicos de Inverno.
Em
honra a Zeus, a Grécia se reunia a cada quatro anos no Peloponeso, na
confluência dos rios Alfeu e Giadeo, onde se erguia a cidade de Olímpia,
que a partir do ano 776 a.C. cedeu seu nome para aquele que viria a ser
a maior competição esportiva em toda a história da humanidade, os Jogos
Olímpicos - mais tarde, genericamente Olimpíadas - , que teve como primeiro
vencedor o atleta Coroebus, cingido por uma coroa trançada por folhas
de louro, único prêmio e símbolo da maior vitória.
Invadindo a era cristã
(disputava-se a 194a olimpíada, quando nasceu Jesus Cristo), manteve seu
espírito esportivo e seu condão mágico de unir homens fazendo-os disputar
desafios, até o ano 394 d.C., quando o imperador Teodósio II ordenou sua
interrupção, parecendo então condenada ao desaparecimento, a se transformar
em um dado histórico apenas. E por quase 1500 anos (exatamente 1492) foi
assim, até a intervenção de um idealista francês, o Barão Pierre de Cobertin.
A princípio, apenas
homens eram admitidos na disputa, da qual passou a fazer parte, quase
como um símbolo, uma homenagem perpétua dos Jogos à Grécia, a Maratona,
corrida de fundo na distância de 42 quilômetros e 500 metros, a mesma
percorrida por um soldado grego, que a correr levou até Atenas a notícia
da vitória de seu exército na batalha Maratona, cidade da Ática, onde
se combatiam os persas. Dada a notícia, caiu morto, tornando-se sinônimo
da tenacidade.
Atenas foi escolhida
pelo Barão de Cobertin com muita propriedade para a retomada dos Jogos
Olímpicos em 1896, passando a serem conhecidos como os Jogos da Era Moderna.
Uma era que já não dava ao desporto o poder de interromper guerras, mas,
ao contrário, era interrompido por elas. Nestes cem anos, o quadriênio
olímpico silenciou seu toque de reunir nos anos de 1916, 1940 e 1944,
durante a vigência das chamadas Primeira e Segunda Guerras Mundiais.
Dos 13 países que
participaram dos Jogos de 1896, em Atenas, aos 187 países e 10.788 atletas
presentes em Atlanta, na 26a Olimpíada da Era Moderna, mudaram conceitos,
o amadorismo puro foi esquecido, o mercantilismo encontra cada vez mais
espaço, os países investem milhões de dólares em suas delegações, os Jogos
são a melhor vitrine que os participantes poderiam ter e a máxima do Barão
de Cobertin (Importante é competir, não vencer) está cada vez mais esquecida.
Desde o seu renascimento, com interrupções apenas durante as duas guerras
mundiais, os jogos olímpicos tem-se realizado de 4 em 4 anos, cada vez
com maior êxito. Em 1896, em Atenas, 13 países estiveram representados
põe um total de 285 atletas. Em 1972, em Munique, o número de países chegava
a 121, enquanto o de atletas ia a 8.500.
Se, por um lado, esse crescimento representa a vitória do ideal olímpico
moderno, por outro gera, no mundo dos esportes, uma série de problemas
que os estudiosos atribuem ao próprio gigantismo dos jogos. Em primeiro
lugar, torna-se cada vez mais difícil organizá-los, pelo altíssimo investimento
financeiro que representam ( os alemães ocidentais gastaram cerca de 630
milhões de dólares com os de Munique ). Depois, pela importância que a
vitória noa campos do esporte passou a ter em termos de prestígio político.
Finalmente, por outros problemas mais gerais, como o doping e o falso
amadorismo.
Mas alguns dos princípios olímpicos, lançados por Coubertin, ou por aqueles
que o sucederam, têm sido mantidos. Oficialmente, os jogos continuam restritos
a atletas amadores. O direito de organizá-los é concedido a uma cidade,
nunca um país. Não se contam pontos por países. Ao atleta campeão é concedido
uma medalha de ouro; ao segundo lugar, uma medalha de prata; ao terceiro,
uma medalha de bronze. Os que tiraram de quarto a sexto lugar ganham diplomas
especiais. Em apenas 4 modalidades de esportes se reconhece recordes olímpicos:
atletismo, natação, tiro e halterofilismo. Os jogos nunca podem durar
mais de 16 dias, do desfile de abertura à festa de encerramento. Não se
permite publicidade de espécie alguma, nos cartazes, boletins informativos
e programas oficiais, ou em material usados pelos atletas.
A bandeira olímpica - cinco anéis entrelaçados, nas cores azul, vermelho,
verde, amarelo e preto, sobre o fundo branco- foi concebida por Coubertin
e representa os cinco continentes nas cores com as quais se podiam cobrir,
em 1920 - quando foi asteada pela primeira vez -, as bandeiras de todas
as nações olímpicas. Sob o patrocínio do comitê internacional, celebram-se
jogos regionais: pan-americanos, asiáticos, do mediterrâneo, bolivarianos,
centro-americanos, ibero-americanos. Contra o C.O.I., que punira a Indonésia
por haver impedido a participação de Israel nos IV Jogos Asiáticos, celebraram-se
em Djacarta, por iniciativa pessoal do presidente Sukarno, os I Jogos
das Novas Forças Emergentes, destinados a substituir, eventualmente, os
jogos olímpicos. Mas os segundos jogos, marcados para Pequim, jamais se
realizaram.
Mas, após cada Olimpíada,
o mundo nunca mais é o mesmo.
''O Lúdico no Ensino e Aprendizagem da Matemática”
A Matemática é vista na escola como uma disciplina "árida e difícil",
levando a maioria dos alunos a apresentarem dificuldades, e não
aprendendo, gerando um grande desinteresse pela matéria, ainda, em
grande parte responsável por dificuldades futuras ou mesmo pelo pavor da
matéria.
Desde os tempos
primitivos o lúdico já se caracterizava como uma vivacidade
fundamental, por ser intrínseco à alma humana. O
interesse pela temática “O
Lúdico no Ensino e Aprendizagem da Matemática” surgiu
de experiências realizadas nos cursos vivenciados no
universo escolar pesquisado, ao perceber como a matemática vem sendo
trabalhada na sala de aula. Fazer a prática pedagógica a partir das
atividades lúdicas nos conduz a pensar em mudanças significativas
para o contexto educacional. Percebem-se no contexto escolar alunos
com dificuldades em aprender matemática: dificuldades em
interpretar, desenvolver o raciocínio lógico, concentração,
atenção, formular conceitos, relacionar e criar estratégias.
Como tornar a Matemática interessante para as crianças? O que
fazer para que a aprendizagem seja algo prazeroso e agradável? Qual a
contribuição que velhas metodologias associadas a novas utilizações
podem trazer para a melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem da
Matemática no Brasil? Essas e outras perguntas vêm surgindo e
tornando-se tema de debates, discussões, estudos e reflexões. Difundir e
desmistificar o uso de atividades lúdicas, com fundamentações
pedagógicas adequadas, favorece um aprendizado efetivo, representando
estratégias - altamente proveitosas - para que o aluno tenha acesso ao
conhecimento e ao desenvolvimento de suas capacidades.
A ludicidade, tão
importante para o desenvolvimento do ser humano, precisa ser vista com
mais seriedade, o espaço lúdico da criança não deve se restringir
somente a hora do recreio. Dentro desta ótica, o trabalho propõe a
utilização de lúdicos como parte integrante nas séries iniciais do
Ensino Fundamental procurando conduzir a criança a conhecer, interagir,
mergulhar, vivenciar a matemática e desenvolver a aprendizagem
brincando. Afinal, aprender deve ser uma grande diversão!
Partindo dessas premissas, objetivamos identificar, conhecer e
analisar a importância das atividades lúdicas no processo
ensino-aprendizagem da Matemática. O presente tema deve ser desenvolvido
numa linha de pesquisa teórico-empírica, utilizando métodos
quantitativos e qualitativos, buscou compreender dados, significados
e comportamentos dos sujeitos nas implicações relativas a
utilização do lúdico no ensino e aprendizagem da Matemática com alunos e professores 3ª e 4ª séries
do Ensino Fundamental das
Escolas
municipais.
Ao fazer um levantamento de dados pode-se compreender a posição da
escola em relação a utilização do lúdico no ensino e
aprendizagem da Matemática. Nessa
pesquisa conseguisse uma melhoria significativa no ensino e aprendizagem da
Matemática. Sendo este fato comprovado também pelo avanço
progressivo dos professores em relação à superação das
dificuldades apresentadas anterior a pesquisa, como também a partir
de relatos de professores e dos próprios alunos.
Vale destacar
também que, os professores devem buscar utilizar mais as atividades
lúdicas nas aulas de Matemática. Diante dos resultados do presente
estudo, percebe-se a necessidade de que se possam desenvolver
políticas efetivas de formação continuada de professores das
escolas da rede municipal
no ensino e aprendizagem da Matemática a partir da utilização da
ludicidade.
A Educação
Matemática traz para o papel do professor novas funções e
responsabilidades. Não basta apenas conhecer Matemática para ensinar.
Faz-se necessária uma metodologia que promova o interesse dos alunos
independentemente de sua aptidão específica para as áreas ditas exatas.
Exige-se um novo modo de ensinar e valorizar a Matemática, tornando seu
aprendizado interessante e significativo. Assim, é de fundamental
importância discutir e abordar novas metodologias para que o ensino
desta ciência se torne cada vez melhor.
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Dia dos Namorados
O Dia dos Namorados ou Dia de São Valentim é uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amorosa
entre casais sendo comum a troca de cartões e presentes com simbolismo
de mesmo intuito, tais como as tradicionais caixas de bombons. No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de junho. Em Portugal também acontecia o mesmo até há poucos anos, mas atualmente é mais comum a data ser celebrada em 14 de Fevereiro.
A história do Dia de São Valentim remonta a um obscuro dia de jejum tido em homenagem a São Valentim. A associação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.
O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.
Além de continuar celebrando casamentos, ele se casou secretamente, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.
Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte - 14 de fevereiro - também marca a véspera de lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pan (deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.
Outra versão diz que no século XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar o Dia de São Valentim como a união do Dia dos Namorados. A data foi adotada um século depois nos Estados Unidos, tornando-se o The Valentine's Day. E na Idade Média, dizia-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta do(a) amado(a).
Atualmente, o dia é principalmente associado à troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e a figura de um Cupido com asas. Iniciada no século XIX, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa. Estima-se que, mundo fora, aproximadamente mil milhões (Portugal) (um bilhão no Brasil) de cartões com mensagens românticas são enviados a cada ano, tornando esse dia um dos mais lucrativos do ano. Também se estima que as mulheres comprem aproximadamente 85% de todos os presentes no Brasil.
O dia de São Valentim era até há algumas décadas uma festa comemorada principalmente em países anglo-saxões, mas ao longo do século XX o hábito estendeu-se a muitos outros países.
A data provavelmente surgiu no comércio paulista, quando o comerciante João Dória trouxe a ideia do exterior e a apresentou aos comerciantes. A ideia se expandiu pelo Brasil, amparada pela correlação com o Dia de São Valentim — que nos países do hemisfério norte ocorre em 14 de fevereiro e é utilizada para incentivar a troca de presentes entre os apaixonados.
A história do Dia de São Valentim remonta a um obscuro dia de jejum tido em homenagem a São Valentim. A associação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.
O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.
Além de continuar celebrando casamentos, ele se casou secretamente, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.
Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte - 14 de fevereiro - também marca a véspera de lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pan (deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.
Outra versão diz que no século XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar o Dia de São Valentim como a união do Dia dos Namorados. A data foi adotada um século depois nos Estados Unidos, tornando-se o The Valentine's Day. E na Idade Média, dizia-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta do(a) amado(a).
Atualmente, o dia é principalmente associado à troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e a figura de um Cupido com asas. Iniciada no século XIX, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa. Estima-se que, mundo fora, aproximadamente mil milhões (Portugal) (um bilhão no Brasil) de cartões com mensagens românticas são enviados a cada ano, tornando esse dia um dos mais lucrativos do ano. Também se estima que as mulheres comprem aproximadamente 85% de todos os presentes no Brasil.
O dia de São Valentim era até há algumas décadas uma festa comemorada principalmente em países anglo-saxões, mas ao longo do século XX o hábito estendeu-se a muitos outros países.
Data no Brasil
No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de Junho por ser véspera do 13 de Junho, Dia de Santo António, santo português com tradição de casamenteiro.A data provavelmente surgiu no comércio paulista, quando o comerciante João Dória trouxe a ideia do exterior e a apresentou aos comerciantes. A ideia se expandiu pelo Brasil, amparada pela correlação com o Dia de São Valentim — que nos países do hemisfério norte ocorre em 14 de fevereiro e é utilizada para incentivar a troca de presentes entre os apaixonados.
As pessoas apaixonadas costumam presentear seus namorados ou cônjuges, a fim de mostrar todo o amor que sentem.
Nessa data, os casais saem para trocar presentes e comemorar, com um
jantar romântico, a paixão que sentem um pelo outro, a afetividade e o
amor, como forma de agradecer o companheirismo e a dedicação entre
ambos.
Mas existem várias formas de comemorar o dia dos namorados. Mandar
flores, cestas de café da manhã, uma cesta de happy hour para degustarem
juntos, mensagens por telefone, serenatas, fazer uma pequena viagem,
passar um dia em uma casa de relaxamento (SPA), dentre outras.
O importante é usar a criatividade e o romantismo!O conselho escolar como uma estratégia de gestão democrática
Texto criado por
Pâmmela Kassidy de Oliveira Silva1 e Antônio Cabral Neto2
1Bolsista CNPq/PIBIC, 2Professor Orientador, Departamento de Educação, Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
______________________________________________________________________
Resumo
Este texto contempla uma reflexão sobre uma experiência de implementação de Conselho Escolar desenvolvida em uma escola pública da rede estadual de ensino médio, situada no município de Natal, no
Estado do Rio Grande do Norte. O nosso propósito foi investigar, a partir da visão dos atores escolares
(professores, equipe técnica e gestor), como o Conselho Escolar pode contribuir para a gestão democrática da escola.
Palavras-Chave: Conselho escolar, Gestão democrática, Participação
Introdução
Para compreendermos a importância do Conselho Escolar para a gestão democrática da escola, é fundamental sabermos o que pensam os atores envolvidos diretamente com este mecanismo de participação. Nesse sentido, o nosso objetivo no âmbito deste trabalho é discutir aspectos relativos às funções e também às vantagens do Conselho Escolar partir da visão de cada um dos atores pesquisados.
Pretendemos enfatizar dois aspectos importantes relacionados ao Conselho. O primeiro deles refere-se à implantação do Conselho Escolar em uma escola pública do município de Natal/RN e o segundo refere-se ao funcionamento deste Conselho dentro desta mesma instituição de ensino.
Criação e organização do conselho
Implantação do Conselho
A criação do Conselho pode contribuir de várias formas para democratizar as relações no ambiente escolar, pois ele é o instrumento que supõe o compartilhamento do poder e, desse modo, a ação conjunta descredencia o individualismo tão presente na gestão de nossas escolas públicas.
De acordo com Abranches (2003), o conselho pode ser caracterizado como um órgão de decisões coletivas, capaz de superar a prática do individualismo e do grupismo. O autor acrescenta ainda que se o Conselho for realmente formado por todos os componentes da comunidade escolar, ele deverá alterar progressivamente a natureza da gestão da escola e da educação, pois deverá intervir positivamente na qualidade do serviço prestado pela escola.
A natureza do Conselho Escolar
Neste item procuramos caracterizar a natureza do Conselho Escolar no âmbito da escola investigada. Esse é um aspecto importante para ser realçado, porque diz respeito à forma como o Conselho se organiza e às funções que ele exerce na busca de contribuir para a gestão democrática no âmbito da escola. Foi escolhido um percentual de 30% (trinta por cento) dos professores, além da diretora e da equipe técnica para participação na pesquisa. Dessa forma, responderam ao questionário dez professores, cinco membros da equipe técnica e a diretora.
Pâmmela Kassidy de Oliveira Silva1 e Antônio Cabral Neto2
1Bolsista CNPq/PIBIC, 2Professor Orientador, Departamento de Educação, Universidade Federal do Rio
Grande do Norte
______________________________________________________________________
Resumo
Este texto contempla uma reflexão sobre uma experiência de implementação de Conselho Escolar desenvolvida em uma escola pública da rede estadual de ensino médio, situada no município de Natal, no
Estado do Rio Grande do Norte. O nosso propósito foi investigar, a partir da visão dos atores escolares
(professores, equipe técnica e gestor), como o Conselho Escolar pode contribuir para a gestão democrática da escola.
Palavras-Chave: Conselho escolar, Gestão democrática, Participação
Introdução
Para compreendermos a importância do Conselho Escolar para a gestão democrática da escola, é fundamental sabermos o que pensam os atores envolvidos diretamente com este mecanismo de participação. Nesse sentido, o nosso objetivo no âmbito deste trabalho é discutir aspectos relativos às funções e também às vantagens do Conselho Escolar partir da visão de cada um dos atores pesquisados.
Pretendemos enfatizar dois aspectos importantes relacionados ao Conselho. O primeiro deles refere-se à implantação do Conselho Escolar em uma escola pública do município de Natal/RN e o segundo refere-se ao funcionamento deste Conselho dentro desta mesma instituição de ensino.
Criação e organização do conselho
Implantação do Conselho
A criação do Conselho pode contribuir de várias formas para democratizar as relações no ambiente escolar, pois ele é o instrumento que supõe o compartilhamento do poder e, desse modo, a ação conjunta descredencia o individualismo tão presente na gestão de nossas escolas públicas.
De acordo com Abranches (2003), o conselho pode ser caracterizado como um órgão de decisões coletivas, capaz de superar a prática do individualismo e do grupismo. O autor acrescenta ainda que se o Conselho for realmente formado por todos os componentes da comunidade escolar, ele deverá alterar progressivamente a natureza da gestão da escola e da educação, pois deverá intervir positivamente na qualidade do serviço prestado pela escola.
A natureza do Conselho Escolar
Neste item procuramos caracterizar a natureza do Conselho Escolar no âmbito da escola investigada. Esse é um aspecto importante para ser realçado, porque diz respeito à forma como o Conselho se organiza e às funções que ele exerce na busca de contribuir para a gestão democrática no âmbito da escola. Foi escolhido um percentual de 30% (trinta por cento) dos professores, além da diretora e da equipe técnica para participação na pesquisa. Dessa forma, responderam ao questionário dez professores, cinco membros da equipe técnica e a diretora.
De acordo com o Regimento Interno do Conselho Escolar da escola pesquisada (1995), no seu Art. 4º estabelece-se que “O Conselho Diretor, constituído nos termos do Artigo 2º, incisos de I a V, do Decreto nº 12.508, de 13 de fevereiro de 1995, é um órgão deliberativo e consultivo”.
Ao assumir essas características, o Conselho se torna responsável por deliberar, ou seja, tomar decisões no âmbito escolar, após uma discussão com todos os segmentos que o compõem e também passa a emitir pareceres sobre as situações estudadas para, dessa forma, poder cumprir com a sua função de órgão consultor.
De acordo com o referido Regimento, o Conselho Escolar teria, ainda, as seguintes competências:
Apontar ao Conselho Fiscal da Caixa Escolar as irregularidades que, por ventura existirem, sugerindo, inclusive, as medidas que reputar úteis; analisar e aprovar o Projeto Político – Pedagógico da Escola, o Plano Anual de Trabalho e o Calendário Escolar, propondo mediante parecer, as modificações necessárias ao seu aperfeiçoamento; deliberar, em última instância, sobre o cancelamento de matrículas, a transferências de alunos e a remoção de servidores a qualquer titulo, observando a legislação pertinente a cada caso; emitir parecer em matérias de interesse da escola, sempre que solicitado por qualquer um dos seus segmentos ao
pela direção. (REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DIRETOR, 1995, p. 2).
Essas são apenas algumas das competências do Conselho Escolar, que podem estender a sua atuação a todas as áreas da instituição.
Mas, segundo os atores pesquisados, o Conselho da Escola em estudo além de ser de natureza deliberativa e consultiva, também apresenta características executivas, normativas e propositivas.
Os atores escolares reconhecem que o Conselho Escolar da instituição apresenta todas essas características na sua natureza, de acordo com a seguinte proporção: natureza Consultiva (25%), Deliberativa (37,5%), Executiva (18,75%), Normativa (12,5%) e Propositiva (6,25%).
Na situação da escola investigada, um dado que chama a atenção refere-se ao fato de que 37,5% dos entrevistados destacam a função deliberativa do Conselho. Essa predominância da função deliberativa pode ser indicativo de que os representantes do Conselho resistem, ainda, a ter uma participação mais efetiva no que concerne, principalmente, às funções executiva, normativa e propositiva.
Ao assumir essas características, o Conselho se torna responsável por deliberar, ou seja, tomar decisões no âmbito escolar, após uma discussão com todos os segmentos que o compõem e também passa a emitir pareceres sobre as situações estudadas para, dessa forma, poder cumprir com a sua função de órgão consultor.
De acordo com o referido Regimento, o Conselho Escolar teria, ainda, as seguintes competências:
Apontar ao Conselho Fiscal da Caixa Escolar as irregularidades que, por ventura existirem, sugerindo, inclusive, as medidas que reputar úteis; analisar e aprovar o Projeto Político – Pedagógico da Escola, o Plano Anual de Trabalho e o Calendário Escolar, propondo mediante parecer, as modificações necessárias ao seu aperfeiçoamento; deliberar, em última instância, sobre o cancelamento de matrículas, a transferências de alunos e a remoção de servidores a qualquer titulo, observando a legislação pertinente a cada caso; emitir parecer em matérias de interesse da escola, sempre que solicitado por qualquer um dos seus segmentos ao
pela direção. (REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DIRETOR, 1995, p. 2).
Essas são apenas algumas das competências do Conselho Escolar, que podem estender a sua atuação a todas as áreas da instituição.
Mas, segundo os atores pesquisados, o Conselho da Escola em estudo além de ser de natureza deliberativa e consultiva, também apresenta características executivas, normativas e propositivas.
Os atores escolares reconhecem que o Conselho Escolar da instituição apresenta todas essas características na sua natureza, de acordo com a seguinte proporção: natureza Consultiva (25%), Deliberativa (37,5%), Executiva (18,75%), Normativa (12,5%) e Propositiva (6,25%).
Na situação da escola investigada, um dado que chama a atenção refere-se ao fato de que 37,5% dos entrevistados destacam a função deliberativa do Conselho. Essa predominância da função deliberativa pode ser indicativo de que os representantes do Conselho resistem, ainda, a ter uma participação mais efetiva no que concerne, principalmente, às funções executiva, normativa e propositiva.
Segundo Werle (2003), não existe Conselho no vazio, ele é o que a comunidade escolar estabelece, constitui e operacionaliza. Cada conselho tem a face das relações que nele se estabelecem. Se formar relações de responsabilidade, respeito e construção, é então assim que vão se constituir as funções consultivas, deliberativas, fiscalizadoras e quaisquer outras assumidas pelo Conselho. Mas, no entanto, se as relações forem distanciadas e burocráticas, o Conselho vai assumir um papel muito mais de responsável por homologar decisões do que por discutir e promover modificações e de definir prioridades quanto à aplicação e fiscalização dos recursos da instituição.
Segmentos que participam da composição do Conselho Escolar
De acordo com o Decreto nº 12.508 de 13 de fevereiro de 1995, o Conselho deverá ser formado por 11 (onze) membros e seus respectivos suplentes, assim descritos: 04 representantes titulares (e igual número de suplentes) dos docentes, 03 representantes titulares (e igual número de suplentes) de pais de alunos, 02 representantes titulares (e igual número de suplentes) da comunidade, 01 representante titular (e seu suplente) do corpo discente, e o diretor da escola que é membro nato do Conselho.
Dessa forma, podemos evidenciar que toda a comunidade escolar é apta e tem o direito departicipar como membro conselheiro do Conselho Escolar de qualquer instituição.
O Regimento Interno do Conselho da escola estudada estabelece que o Conselho está instituído de acordo com o que afirma o Decreto nº 12.508, de 13 de fevereiro de 1995.
No entanto, o Regimento Interno do Conselho prevê em seu Art. 10, a existência de uma diretoria que coordenará o Conselho da escola. Essa diretoria deverá ser eleita, pelos membros que compõem o Conselho para um mandato de 2 (dois) anos, permitida a sua reeleição apenas uma única vez. De acordo com o Art. 11 “[...] ela deverá ser composta por 1 (um) presidente e o seu respectivo suplente e também por um secretário e o seu respectivo suplente, sendo este escolhido pelo Conselho dentre os servidores lotados na escola.” (p. 4).
É importante frisar também que o presidente do Conselho é o responsável por convocar e presidir as reuniões e assembléias gerais do Conselho. Essas assembléias gerais estão previstas no Regimento Interno do Conselho em seu Art. 5º. O Regimento Interno prevê, também, que a diretoria deverá reunir-se ordinariamente adotando a seguinte sistemática:
I – no início do ano letivo para apreciar o Plano Anual de Trabalho da Escola –
PATE, discutir e aprovar o Calendário Anual da Escola, exercer as atribuições
previstas no Artigo 15 do Capítulo IV do Estatuto da Caixa Escolar;
II – no encerramento de cada bimestre letivo para avaliar as atividades
desenvolvidas, apreciar os resultados da aprendizagem e para sugerir ações de
melhoramento para o bimestre seguinte. (REGIMENTO INTERNO DO
CONSELHO DIRETOR, 1995, p. 3).
No que concerne à assembléia geral, cabe evidenciar que ela delibera apenas sobre os
assuntos específicos da pauta constante na sua convocação.
No entanto, mesmo diante dessa falta de clareza do Regimento Interno sobre os segmentos
que participam do Conselho, 93,75% dos atores pesquisados na instituição informaram que, toda a
comunidade escolar – pais, professores, alunos, equipe gestora da escola e funcionários –
participam da composição do Conselho Escolar, assim como institui a lei.
É importante ressaltar também que 6,25% dos atores escolares não souberam informar
quem são os segmentos que participam do Conselho, dado que pode evidenciar a falta de
participação ativa de alguns segmentos da instituição escolar.
De acordo com a visão dos atores, podemos supor que a instituição pesquisada utiliza os
mecanismos democráticos na medida em que possibilita a participação de todos os membros da
comunidade escolar nas atividades desenvolvidas pelo Conselho. Isso pode contribuir para um
melhor desenvolvimento físico, econômico e pedagógico da instituição.
Segundo Paro (2004), se aceitarmos que a gestão democrática, implica necessariamente, a
participação da comunidade, na gestão da escola pública encontraremos inúmeros obstáculos para
atingirmos a sua concretização. Por esta razão, um dos requisitos básicos para aqueles profissionais
que se dispõem a promovê-la é o de não desistir diante das primeiras dificuldades.
De acordo com o Decreto nº 12.508 de 13 de fevereiro de 1995, o Conselho deverá ser formado por 11 (onze) membros e seus respectivos suplentes, assim descritos: 04 representantes titulares (e igual número de suplentes) dos docentes, 03 representantes titulares (e igual número de suplentes) de pais de alunos, 02 representantes titulares (e igual número de suplentes) da comunidade, 01 representante titular (e seu suplente) do corpo discente, e o diretor da escola que é membro nato do Conselho.
Dessa forma, podemos evidenciar que toda a comunidade escolar é apta e tem o direito departicipar como membro conselheiro do Conselho Escolar de qualquer instituição.
O Regimento Interno do Conselho da escola estudada estabelece que o Conselho está instituído de acordo com o que afirma o Decreto nº 12.508, de 13 de fevereiro de 1995.
No entanto, o Regimento Interno do Conselho prevê em seu Art. 10, a existência de uma diretoria que coordenará o Conselho da escola. Essa diretoria deverá ser eleita, pelos membros que compõem o Conselho para um mandato de 2 (dois) anos, permitida a sua reeleição apenas uma única vez. De acordo com o Art. 11 “[...] ela deverá ser composta por 1 (um) presidente e o seu respectivo suplente e também por um secretário e o seu respectivo suplente, sendo este escolhido pelo Conselho dentre os servidores lotados na escola.” (p. 4).
É importante frisar também que o presidente do Conselho é o responsável por convocar e presidir as reuniões e assembléias gerais do Conselho. Essas assembléias gerais estão previstas no Regimento Interno do Conselho em seu Art. 5º. O Regimento Interno prevê, também, que a diretoria deverá reunir-se ordinariamente adotando a seguinte sistemática:
I – no início do ano letivo para apreciar o Plano Anual de Trabalho da Escola –
PATE, discutir e aprovar o Calendário Anual da Escola, exercer as atribuições
previstas no Artigo 15 do Capítulo IV do Estatuto da Caixa Escolar;
II – no encerramento de cada bimestre letivo para avaliar as atividades
desenvolvidas, apreciar os resultados da aprendizagem e para sugerir ações de
melhoramento para o bimestre seguinte. (REGIMENTO INTERNO DO
CONSELHO DIRETOR, 1995, p. 3).
No que concerne à assembléia geral, cabe evidenciar que ela delibera apenas sobre os
assuntos específicos da pauta constante na sua convocação.
No entanto, mesmo diante dessa falta de clareza do Regimento Interno sobre os segmentos
que participam do Conselho, 93,75% dos atores pesquisados na instituição informaram que, toda a
comunidade escolar – pais, professores, alunos, equipe gestora da escola e funcionários –
participam da composição do Conselho Escolar, assim como institui a lei.
É importante ressaltar também que 6,25% dos atores escolares não souberam informar
quem são os segmentos que participam do Conselho, dado que pode evidenciar a falta de
participação ativa de alguns segmentos da instituição escolar.
De acordo com a visão dos atores, podemos supor que a instituição pesquisada utiliza os
mecanismos democráticos na medida em que possibilita a participação de todos os membros da
comunidade escolar nas atividades desenvolvidas pelo Conselho. Isso pode contribuir para um
melhor desenvolvimento físico, econômico e pedagógico da instituição.
Segundo Paro (2004), se aceitarmos que a gestão democrática, implica necessariamente, a
participação da comunidade, na gestão da escola pública encontraremos inúmeros obstáculos para
atingirmos a sua concretização. Por esta razão, um dos requisitos básicos para aqueles profissionais
que se dispõem a promovê-la é o de não desistir diante das primeiras dificuldades.
Forma de escolha dos representantes no Conselho Escolar
A análise sobre a forma de escolha dos representantes do Conselho Escolar permite
evidenciar que há uma divergência entre os atores entrevistados, a respeito do processo de escolha
utilizado pela escola para a incorporação dos segmentos no Conselho Escolar. Essa divergência
pode ser percebida nos posicionamentos assumidos pelos atores escolares.
Entre os atores pesquisados, 50% deles afirmaram que a forma de escolha dos
participantes do Conselho Escolar foi por meio de Eleição.
A análise sobre a forma de escolha dos representantes do Conselho Escolar permite
evidenciar que há uma divergência entre os atores entrevistados, a respeito do processo de escolha
utilizado pela escola para a incorporação dos segmentos no Conselho Escolar. Essa divergência
pode ser percebida nos posicionamentos assumidos pelos atores escolares.
Entre os atores pesquisados, 50% deles afirmaram que a forma de escolha dos
participantes do Conselho Escolar foi por meio de Eleição.
Se refletirmos sobre o que dizem esses atores escolares, podemos supor que a instituição
utiliza-se de mecanismos de uma gestão democrática, como a Eleição, para promover as escolhas
dos representantes do seu Conselho.
A escolha dos representantes do Conselho Escolar deve ser realizada por meio de eleição,
pois de acordo com a literatura existente sobre o tema, sem ela não podemos falar em um
verdadeiro processo de gestão democrática realizado pela escola. Melo (2000) assinala que mesmo
com a convicção de que só a prática das eleições não garante força suficiente para assegurar a
democratização da gestão no âmbito escolar, sem elas não podemos configurar um processo
realmente democrático de gestão. Ela afirma ainda que a importância das eleições não se acaba com
o ato em si, mas no conjunto de informações que elas tematizam, mobilizam e questionam no
interior da escola.
Porém, na referida pesquisa, podemos observar que de acordo com 25% dos atores, alguns
representantes do Conselho são escolhidos por meio de Indicação da Direção, nesse caso, na
maioria das vezes, a direção escolhe pessoas que estão próximas a ela, desconsiderando a
concorrência que supõe uma eleição. Essa, na verdade, não era a forma de inserção dos
representantes prevista na legislação e nos planos governamentais, afastando-se também dos
pressupostos explicitados na literatura pertinente ao tema. Essa contradição sobre a forma de
escolha dos representantes do Conselho observada na escola investigada pode indicar uma situação
na qual a gestão democrática pode ser fragilizada, porque desconsidera um princípio importante da
gestão democrática.
Esse posicionamento assumido pela direção da escola e mencionado pelos atores na
pesquisa demonstra que na instituição ainda existem resquícios de traços predominantemente
autoritários, que permearam a nossa sociedade e as nossas escolas em diversos momentos da nossa
história.
É importante destacarmos também que existem 25% dos atores entrevistados que estão à
parte desse processo de escolha, uma vez que não sabem informar a maneira pela qual são
escolhidos os participantes do Conselho. Isso pode ser um indicativo da falta de interesse desses
profissionais no processo de escolha dos segmentos do Conselho Escolar desta instituição e reforça
a falta de participação de toda a comunidade nas atividades desenvolvidas pelo mesmo.
utiliza-se de mecanismos de uma gestão democrática, como a Eleição, para promover as escolhas
dos representantes do seu Conselho.
A escolha dos representantes do Conselho Escolar deve ser realizada por meio de eleição,
pois de acordo com a literatura existente sobre o tema, sem ela não podemos falar em um
verdadeiro processo de gestão democrática realizado pela escola. Melo (2000) assinala que mesmo
com a convicção de que só a prática das eleições não garante força suficiente para assegurar a
democratização da gestão no âmbito escolar, sem elas não podemos configurar um processo
realmente democrático de gestão. Ela afirma ainda que a importância das eleições não se acaba com
o ato em si, mas no conjunto de informações que elas tematizam, mobilizam e questionam no
interior da escola.
Porém, na referida pesquisa, podemos observar que de acordo com 25% dos atores, alguns
representantes do Conselho são escolhidos por meio de Indicação da Direção, nesse caso, na
maioria das vezes, a direção escolhe pessoas que estão próximas a ela, desconsiderando a
concorrência que supõe uma eleição. Essa, na verdade, não era a forma de inserção dos
representantes prevista na legislação e nos planos governamentais, afastando-se também dos
pressupostos explicitados na literatura pertinente ao tema. Essa contradição sobre a forma de
escolha dos representantes do Conselho observada na escola investigada pode indicar uma situação
na qual a gestão democrática pode ser fragilizada, porque desconsidera um princípio importante da
gestão democrática.
Esse posicionamento assumido pela direção da escola e mencionado pelos atores na
pesquisa demonstra que na instituição ainda existem resquícios de traços predominantemente
autoritários, que permearam a nossa sociedade e as nossas escolas em diversos momentos da nossa
história.
É importante destacarmos também que existem 25% dos atores entrevistados que estão à
parte desse processo de escolha, uma vez que não sabem informar a maneira pela qual são
escolhidos os participantes do Conselho. Isso pode ser um indicativo da falta de interesse desses
profissionais no processo de escolha dos segmentos do Conselho Escolar desta instituição e reforça
a falta de participação de toda a comunidade nas atividades desenvolvidas pelo mesmo.
Principais ações desenvolvidas pelo Conselho Escolar
A implantação do Conselho Escolar deve possibilitar a utilização de novas formas de
Gestão por meio de um modelo de administração coletiva em que todos podem e devem participar
das atividades realizadas (tomada de decisões e a execução e avaliação das ações realizadas na
instituição escolar), envolvendo questões administrativas, pedagógicas e financeiras da escola.
A esse respeito, Werle (2003) destaca que o Conselho Escolar é um órgão formado por
um grupo de pessoas que são diferentes entre si, mas que se reúnem para solucionar problemas e
desenvolver atividades na escola, contribuindo, assim, de alguma forma para o crescimento e
desenvolvimento da instituição.
Nesse sentido, é importante sabermos qual a opinião dos atores da Escola pesquisada a
respeito das atividades desenvolvidas pelo conselho da sua instituição.
Segundo 80% dos professores, entre as muitas funções que podem ser desenvolvidas pelo
Conselho, a principal delas é manter a ordem na escola. Um dos professores pesquisados
informou que: “O Conselho Escolar cria normas de disciplina para os alunos e também de
segmentos para toda a escola.” (Professor 9). Outros professores destacaram que “Ele cria normas
de disciplina para os alunos [...]” (Professor 3) e que “O Conselho mantém a ordem, seja
fardamento, horário e alunos em sala de aula” (Professor 2).
A implantação do Conselho Escolar deve possibilitar a utilização de novas formas de
Gestão por meio de um modelo de administração coletiva em que todos podem e devem participar
das atividades realizadas (tomada de decisões e a execução e avaliação das ações realizadas na
instituição escolar), envolvendo questões administrativas, pedagógicas e financeiras da escola.
A esse respeito, Werle (2003) destaca que o Conselho Escolar é um órgão formado por
um grupo de pessoas que são diferentes entre si, mas que se reúnem para solucionar problemas e
desenvolver atividades na escola, contribuindo, assim, de alguma forma para o crescimento e
desenvolvimento da instituição.
Nesse sentido, é importante sabermos qual a opinião dos atores da Escola pesquisada a
respeito das atividades desenvolvidas pelo conselho da sua instituição.
Segundo 80% dos professores, entre as muitas funções que podem ser desenvolvidas pelo
Conselho, a principal delas é manter a ordem na escola. Um dos professores pesquisados
informou que: “O Conselho Escolar cria normas de disciplina para os alunos e também de
segmentos para toda a escola.” (Professor 9). Outros professores destacaram que “Ele cria normas
de disciplina para os alunos [...]” (Professor 3) e que “O Conselho mantém a ordem, seja
fardamento, horário e alunos em sala de aula” (Professor 2).
É importante frisar que os demais professores (20%), não souberam informar quais as
atividades desenvolvidas pelo Conselho Escolar da escola, evidenciando, assim que, possivelmente,
esses profissionais não participam nem se interessam pelas atividades desenvolvidas pelo órgão na
instituição escolar.
A equipe técnica demonstra ter uma visão mais ampla com relação às atividades
desenvolvidas pelo Conselho Escolar, uma vez que apenas 40% apontaram a manutenção da
disciplina na escola como uma das atividades importantes que são desenvolvidas pelo Conselho. A
maior parte da equipe técnica (60%) destacou o assessoramento à direção da escola como sendo a
mais importante atividade que o Conselho desenvolve na instituição escolar. Sobre este aspecto
alguns integrantes da equipe técnica assinalam que: “O Conselho Escolar dá assessoramento à
direção da escola, além de fazer reivindicações de benefícios junto à SECD” (Técnicos A e D). Um
outro técnico afirma que, “O Conselho desenvolve ações de assessoria junto à direção da escola.”
(Técnico E).
Esses posicionamentos dos representantes da equipe técnica indicam a compreensão de
que o Conselho, além do seu caráter normativo, assume também outras atividades de caráter
executivo, deliberativo e fiscalizador.
atividades desenvolvidas pelo Conselho Escolar da escola, evidenciando, assim que, possivelmente,
esses profissionais não participam nem se interessam pelas atividades desenvolvidas pelo órgão na
instituição escolar.
A equipe técnica demonstra ter uma visão mais ampla com relação às atividades
desenvolvidas pelo Conselho Escolar, uma vez que apenas 40% apontaram a manutenção da
disciplina na escola como uma das atividades importantes que são desenvolvidas pelo Conselho. A
maior parte da equipe técnica (60%) destacou o assessoramento à direção da escola como sendo a
mais importante atividade que o Conselho desenvolve na instituição escolar. Sobre este aspecto
alguns integrantes da equipe técnica assinalam que: “O Conselho Escolar dá assessoramento à
direção da escola, além de fazer reivindicações de benefícios junto à SECD” (Técnicos A e D). Um
outro técnico afirma que, “O Conselho desenvolve ações de assessoria junto à direção da escola.”
(Técnico E).
Esses posicionamentos dos representantes da equipe técnica indicam a compreensão de
que o Conselho, além do seu caráter normativo, assume também outras atividades de caráter
executivo, deliberativo e fiscalizador.
Considerações finais
De acordo com o pensamento dos atores escolares, podemos concluir que mesmo
desenvolvendo uma função eminentemente normativa, como assinalam com mais ênfase, os
professores e alguns representantes da equipe técnica, ou realizando diversas funções, como
sugerem a maioria dos membros da equipe técnica e a diretora da escola, o Conselho Escolar da
escola pesquisada, ainda que com inúmeras limitações, representa uma iniciativa que vem
contribuindo para o início do desenvolvimento de uma cultura participativa no âmbito da instituição
escolar.
De acordo com o pensamento dos atores escolares, podemos concluir que mesmo
desenvolvendo uma função eminentemente normativa, como assinalam com mais ênfase, os
professores e alguns representantes da equipe técnica, ou realizando diversas funções, como
sugerem a maioria dos membros da equipe técnica e a diretora da escola, o Conselho Escolar da
escola pesquisada, ainda que com inúmeras limitações, representa uma iniciativa que vem
contribuindo para o início do desenvolvimento de uma cultura participativa no âmbito da instituição
escolar.
Referências
ABRANCHES, Mônica. Colegiado escolar: espaço de participação da comunidade. São Paulo:
Cortez, 2003.
ANTUNES, Ângela; ROMÃO, José Eustáquio. Conselhos de Escolas: coletivos instituintes da
escola cidadã. In: GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José Eustáquio. (Orgs.). Autonomia da escola:
princípios e propostas. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
CABRAL NETO, Antônio. Política Educacional Brasileira: novas formas de gestão. In: CABRAL
NETO, Antônio; YAMAMOTO, Oswaldo H. (Orgs.). O psicólogo e a escola: uma introdução ao
estudo da psicologia escolar. Natal: EDUFRN, 2004. p. 35-68.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, Jõao Ferreira; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação escolar:
políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003.
MELO, Maria Teresa Leitão. Gestão Educacional: os desafios do cotidiano escolar. In: FERREIRA,
Naura Syria Carapeto; AGUIAR, Márcia Ângela da S. (Orgs.). Gestão da educação: impasses,
perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2000. p. 243-254.
PARO, Vitor Henrique. Participação da comunidade na gestão democrática da escola pública. In:
_____. Gestão democrática da escola pública. 3. ed. São Paulo: Ática, 2004. p.15 -28.
ABRANCHES, Mônica. Colegiado escolar: espaço de participação da comunidade. São Paulo:
Cortez, 2003.
ANTUNES, Ângela; ROMÃO, José Eustáquio. Conselhos de Escolas: coletivos instituintes da
escola cidadã. In: GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José Eustáquio. (Orgs.). Autonomia da escola:
princípios e propostas. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
CABRAL NETO, Antônio. Política Educacional Brasileira: novas formas de gestão. In: CABRAL
NETO, Antônio; YAMAMOTO, Oswaldo H. (Orgs.). O psicólogo e a escola: uma introdução ao
estudo da psicologia escolar. Natal: EDUFRN, 2004. p. 35-68.
LIBÂNEO, José Carlos; OLIVEIRA, Jõao Ferreira; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação escolar:
políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2003.
MELO, Maria Teresa Leitão. Gestão Educacional: os desafios do cotidiano escolar. In: FERREIRA,
Naura Syria Carapeto; AGUIAR, Márcia Ângela da S. (Orgs.). Gestão da educação: impasses,
perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2000. p. 243-254.
PARO, Vitor Henrique. Participação da comunidade na gestão democrática da escola pública. In:
_____. Gestão democrática da escola pública. 3. ed. São Paulo: Ática, 2004. p.15 -28.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Adeus a Pedro Morbach
Um
dos gênios das artes plásticas do Pará e herdeiro de outro grande nome,
Pedro Morbach morreu na noite de segunda-feira (30/4), em Castanhal,
após uma parada cardiorrespiratória. Ele tinha 76 anos e teve uma vida
pautada pela simplicidade e pelo registro da história do seu tempo por
meio dos quadros em nanquim. O corpo foi sepultado na terça-feira
(1°/5), no cemitério Recanto da Saudade, em Belém.
Pedro era filho do também artista plástico Augusto Morbach e irmão de Rômulo, José Arthur e Frederico Morbach (in memoriam), este último jornalista e por muito tempo articulista deste Jornal CORREIO DO TOCANTINS.
O CT apurou que Pedro lutava há um ano contra um câncer no intestino, o qual não pode ser combatido com uma cirurgia devido à idade avançada e condições físicas fora do ideal do paciente. Casado já em idade madura, ele não teve filhos e também ficou viúvo prematuramente. Nos últimos anos, Morbach vivia em uma Casa de Repouso em Castanhal e era visitado constantemente pelo irmão José Arthur, que é médico. O outro irmão vivo, Rômulo, mora em Brasília (DF).
Segundo Íris Morbach, viúva de Frederico, irmão dele, Pedro teve uma morte tranquila, sem sofrimento. Ela destaca que ele já não pintava há pelo menos três anos, período que coincide com a morte da mãe Doralice Morbach. “Tínhamos uma convivência muito boa. Ele era a pessoa mais simplória que eu já conheci”, disse dona Iris ontem ao CORREIO, após ter participado do funeral do ex-cunhado.
ARTE
Um dos precursores das artes visuais na região e conhecido nacionalmente com a técnica de obras em nanquim, o Pedro Morbach começou a desenhar ainda criança recebendo influência direta de seu pai.
Embora não tenha participado de nenhuma escola de arte, fez de seu trabalho um reviver das raízes culturais de Marabá, retratando em óleo sobre tela, fatos importantes de nossa região, como a abertura da rodovia Transamazônica (1974). A predominância de suas obras é em nanquim e nelas Pedro retrata a vida do povo ribeirinho, o folclore, o castanheiro, o posseiro e a paisagem humana dessa região tão conhecida pelo artista.
De
acordo com Cátia Weirich, responsável pela exposição recente de
trabalhos do artista, com seus belíssimos trabalhos Morbach exerceu
enorme influência sobre os jovens artistas da região. Cátia ainda
ressalta que Morbach já expôs em grandes centros culturais como Belém,
Brasília (DF), São Paulo (SP) e até em Berlim, na Alemanha.
Pedro Morbach também é homenageado com seu nome batizando a Pinacoteca Municipal de Marabá, devido à importância de seu trabalho e por ter sido ele o primeiro artista a contribuir para início do acervo da pinacoteca.
Retirado do site: http://patrickroberto.blogspot.com.br/
Postado por Patrick Roberto Carvalho às 12:40 AM
Pedro era filho do também artista plástico Augusto Morbach e irmão de Rômulo, José Arthur e Frederico Morbach (in memoriam), este último jornalista e por muito tempo articulista deste Jornal CORREIO DO TOCANTINS.
O CT apurou que Pedro lutava há um ano contra um câncer no intestino, o qual não pode ser combatido com uma cirurgia devido à idade avançada e condições físicas fora do ideal do paciente. Casado já em idade madura, ele não teve filhos e também ficou viúvo prematuramente. Nos últimos anos, Morbach vivia em uma Casa de Repouso em Castanhal e era visitado constantemente pelo irmão José Arthur, que é médico. O outro irmão vivo, Rômulo, mora em Brasília (DF).
Segundo Íris Morbach, viúva de Frederico, irmão dele, Pedro teve uma morte tranquila, sem sofrimento. Ela destaca que ele já não pintava há pelo menos três anos, período que coincide com a morte da mãe Doralice Morbach. “Tínhamos uma convivência muito boa. Ele era a pessoa mais simplória que eu já conheci”, disse dona Iris ontem ao CORREIO, após ter participado do funeral do ex-cunhado.
ARTE
Um dos precursores das artes visuais na região e conhecido nacionalmente com a técnica de obras em nanquim, o Pedro Morbach começou a desenhar ainda criança recebendo influência direta de seu pai.
Embora não tenha participado de nenhuma escola de arte, fez de seu trabalho um reviver das raízes culturais de Marabá, retratando em óleo sobre tela, fatos importantes de nossa região, como a abertura da rodovia Transamazônica (1974). A predominância de suas obras é em nanquim e nelas Pedro retrata a vida do povo ribeirinho, o folclore, o castanheiro, o posseiro e a paisagem humana dessa região tão conhecida pelo artista.

Pedro Morbach também é homenageado com seu nome batizando a Pinacoteca Municipal de Marabá, devido à importância de seu trabalho e por ter sido ele o primeiro artista a contribuir para início do acervo da pinacoteca.
Retirado do site: http://patrickroberto.blogspot.com.br/
Postado por Patrick Roberto Carvalho às 12:40 AM
quinta-feira, 24 de maio de 2012
Perfil do Professor
Professor
(em latim significa aquele que administra):
Professor
é o profissional que ministra aulas ou cursos em todos os níveis
educacionais. É uma das profissões mais antigas e mais importantes,
tendo em vista que os demais, em sua maioria, dependem dela.
1-O
que é ser professor ?
Ser professor é
despertar “futuros”,é criar gente que pensa,aprende, faz, avalia
e refaz tudo de novo se for necessário. Ser professor é ainda
garantir que todos os alunos tenham sucesso na sua trajetória
escolar. É ter a clara noção de que o fracasso nos estudos,quando
ocorre,é em grande parte responsabilidade dele. Afinal, ele estava
lá para educar aquelas crianças, para humanizá-las, para fazer
delas cidadãos conscientes.
1.1-perfil
de professores:
Conjunto de ações do
professor espelha a atitude profissional que ele assume no cotidiano
escolar. Pode adotar uma postura desesperançada e conformada com as
dificuldades que a vida e a docência trazem. Ou manifestar uma
infelicidade infinita, demonstrada não somente pelo olhar vazio e
pelo jeito amargo de sorrir, mas, principalmente, no modo pouco
desafiador de lidar com as crianças. Ou, ainda, uma atitude positiva
e confiante. Assim, conforme a trajetória de vida e o tipo de
relação profissional que o professor estabeleceu, ele pode
apresentar várias faces: a da conformidade, a do medo e a da
realização. Vamos vê onde você ou o seu professor está!
1.1.2-
o conformado: “é não tem jeito, é assim mesmo!”
Nesse caso estão os
professores que acreditam que já perderam a hora e a vez. Sentem-se
velhos para novidades, cansados do rumor da juventude. São bem –
intencionados, mas não conseguem agir por conta própria. Em algum
momento, eles ficaram sem voz emudeceram. Na sala de aula, convivem
com a tristeza de perceber que podiam fazer diferentes.
Esses
professores sabem que seus alunos têm uma série de
necessidades e, principalmente, que precisam de novos desafios.
Mas foram pegos pelo desânimo, uma forma aguda de desesperança. No
entanto, dedicam - se com afinco ao “pão de cada dia”, porque
ainda existe um grilo falante que lhes diz, bem baixinho, que educar
é uma responsabilidade importante.
1.1.3-
o professor apavorado: “aluno é aluno; professor é professor ?”
Esse
tipo de docente é ainda pior: acha que sabe de tudo e, por isso
mesmo, morre de medo do que não conhece. Se pudesse, mandaria parar
o mundo para descer.
Para
os apavorados, o novo significa um desastre: vai substituir o seguro
pelo que pode ser uma péssima surpresa. Confiam na mesmice já
conhecida e a têm em alta conta, porque preferem não correr riscos.
Pessoas
assim geralmente são medrosas, tristes, amarguradas, não acreditam
em si mesmas e sim no que já sabem. O único lugar onde se sentem
fortes é na sala de aula, porque ali não há surpresas.
Capacitação
em serviço! Nem pensar! Além de não servir para nada, quem com a
devida prática, vai mudar sua maneira de conceber os alunos e,
principalmente, sua maneira de ensinar! Essas pessoas estão
convencidas de que, como professore, seu papel é o de repassar
conteúdos, dar a matéria prevista e ponto final: “ eu ensinei.
Agora, se aprenderam, é problema deles...!”
Essa
atitude rígida e inflexível combina com cumprimento de horário,
obediência ás ordens, respeito á burocracia e á hierarquia. Mas,
em compensação, não rima com educação. Esses professores com
medo do novo não toleram indisciplina e costumam reprovar os alunos
que não alcançam seus critérios de bom desempenho. Eles gostam de
estudantes passivos, calados, opacos, que dependem dos outros para
pensar, agir e até para sentir. A submissão os fortalece. É só
assim, em uma relação de subordinação, de cima para baixo, que
conseguem ver o outro. Por isso, nem pensam na possibilidade de
trocas, de envolvimento pessoal.
Docentes
desse tipo são pessoas solitárias. E é essa a causa de tanta
inflexibilidade, intolerância, pessimismo: a falta de parceiros!
Isolados, não sabem formar laços. Raramente são amados;
freqüentemente, tímidos. Certamente, os alunos gostariam de dar um
sumiço neles!
1.1.4
- o envolvido: “vamos para frente que atrás vem gente ?”
Esse
professor olha para os alunos e enxerga um universo de
possibilidades. Percebe as diferenças entre cada um e valoriza essa
diversidade. Gosta de ensinar, do contato pessoal, de trabalhar em
equipe, de aprender com a vida e com as pessoas. Sabe que é especial
e que parte de seu encanto vem da flexibilidade para lidar com o
mundo, de não ser um morto-vivo, petrificado e irredutível por não
rever posições.
Todo
mundo uma hora ou outra acaba errando e ser flexível é só isso:
aprender com os erros e evitar cometê-los de novo. Essas pessoas
encaram a existência como uma seqüência infinita de realizações.
Têm poucas convicções arraigadas. Na verdade, só mantêm viva a
idéia de agir, transformar esse mundo. Querem que todos acreditem
que a educação é uma condição necessária, embora não
suficiente, para descortinar panoramas mais otimistas.
2- Relação
do professor e aluno.
A
relação educador- educando não deve ser uma relação de
imposição, mas sim, uma relação de cooperação, de respeito e de
crescimento. O aluno deve ser considerado como um sujeito interativo
e ativo, ou seja, participativo no seu processo de construção de
conhecimento. Assumindo o educador um papel fundamental nesse
processo, como um individua mais experiente. Por essa razão cabe ao
professor considerar também, o que o aluno já sabe, sua bagagem
cultural e intelectual, para a construção da sua concepção de
aprendizagem e idéias.
Segundo
Gadotti (1999:2), o educador por em prática o diálogo, não deve
colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se
na posição de quem não sabe tudo reconhecendo que mesmo um
analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida. De
esta maneira o aprender se torna mais interessante quando o aluno se
sentiu competente pelas atitudes e métodos de motivação em sala de
aula. O prazer pelo aprender não é uma atividade que surge
espontaneamente nos alunos, pois, não é uma tarefa que cumprem com
satisfação, sendo em alguns casos encarada como obrigações. Para
que isto possa ser melhor cultivado, o professor deve despertar a
curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no desenvolvimento
das atividades.
Segundo
Freire (1996: 96) “o bom professor é o que consegue, enquanto fala
trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua
aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos
cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu
pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”.
Ainda Freire “o professor autoritário, o professor licencioso, o
professor competente, sério, o professor incompetente,
irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor
mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio,
burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem
deixar marcas.”
Logo,
a relação entre professor e aluno depende fundamentalmente, do
clima estabelecido pelo professor, da relação empática. Com seus
alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de
compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu
conhecimento e o deles. Indica também, que o professor, educador da
era industrial com raras exceções, deve buscar educar para as
mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa
abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a
formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas
responsabilidades sociais.
retirado do livro Programa de interiorização de licenciaturas; disciplina: Didática - UNAMA
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) - biografia
![[creditofoto]](http://n.i.uol.com.br/licaodecasa/tiradentes_reprod2.jpg)
Como ficou órfão com apenas 11
anos de idade, Tiradentes desde cedo aprendeu a lidar com os problemas
da vida, e como se adaptou muito bem na sua cidade
natal que ficava em Minas Gerais, logo ficou conhecido pela sua
simpatia e o desejo de ajudar os pobres. Já adulto, aprendeu a trabalhar
como tropeiro, minerador e dentista.
Tiradentes gostava muito da área militar e chegou a se ingressar no regime militar dos Dragões de Minas Gerais, com isso acabou conhecendo os planos do governo brasileiro
e português. Não muito satisfeito com a ideia de que Portugal dominasse
o Brasil, logo o primeiro mártir da Independência do Brasil se juntou a
vários mineiros como advogados, poetas, entre outras pessoas e acabou
iniciando a famosa Inconfidência Mineira, considerado um dos primeiros
movimentos do Brasil com o objetivo de tentar livrar o país de Portugal.
|
Antes mesmo de freqüentar a escola, já havia aprendido a ler e escrever
com a mãe. Órfão de mãe e pai desde a juventude, ficou sob a tutela de
um tio até a maioridade, quando resolveu conhecer o Brasil. Já adulto,
foi tropeiro, mascate e dentista (daí o apelido). Trabalhou em mineração
e tentou a carreira militar, chegando ao posto de alferes no Regimento
de Cavalaria Regular.
Bandeiras utilizadas
1 2 3
1 Bandeira dos inconfidentes (1789)
2 Variação da bandeira inconfidente (1789).
3 Bandeira dos inconfidentes (atual Bandeira de Minas Gerais)
Além das influências externas, fatores mundiais e religiosos contribuíram também para a articulação da conspiração nas Minas Gerais. Com a constante queda na receita institucional, devido ao declínio da atividade da cana de açúcar, a reforma econômica a metrópole portuguesa de D.João V instituiu medidas que garantissem o Quinto, imposto que obrigava os residentes das Minas Gerais a pagar, semestralmente, cem arrobas de prata, destinadas à Real Fazenda. A partir da nomeação de Antônio Oliveira Meneses como governador da província, em 1782, ocorreu a marginalização de parte da elite local em detrimento de seu grupo de amigos. O sentimento de revolta atingiu o máximo com a decretação da derrama, uma medida administrativa que permitia a cobrança forçada de impostos , mesmo que preciso fosse prender o cobrado, a ser executada pelo novo governador das Minas Gerais, Luís Antônio Furtado de Mendonça, 6.º Visconde de Barbacena (futuro Conde de Barbacena), o que afetou especialmente as elites mineiras. Isso se fez necessário para se saldar a dívida mineira acumulada, desde 1762, do quinto, que à altura somava 768 arrobas de ouro em impostos atrasados.
Foi na tropa que Tiradentes entrou em contato com as idéias
iluministas, que o entusiasmaram e inspirariam a Inconfidência Mineira, a
primeira revolta no Brasil Colônia a manifestar claramente sua intenção
de romper laços com Portugal, marcando o início do processo de
emancipação política do Brasil.
O movimento se iniciaria na noite da insurreição: os líderes da "confidência" sairiam às ruas de Vila Maria dando vivas à República, com o que ganhariam a imediata adesão da população. Porém, antes que a conspiração se transformasse em revolução, em 15 de março de 1789 foi delatada aos portugueses por Joaquim Silvério dos Reis, coronel, Basílio de Brito Malheiro do Lago, tenente-coronel, e Inácio Correia de Pamplona, luso-açoriano, em troca do perdão de suas dívidas com a Real Fazenda. Anos depois, por ordem do novo oficial de de milícia Ernesto Gonçalves, planejou o assassinato de Joaquim Silvério dos Reis.
Entrementes, em 14 de março, o Visconde de Barbacena já havia suspendido a derrama o que de esvaziara por completo o movimento. Ao tomar conhecimento da conspiração, Barbacena enviou Silvério dos Reis ao Rio para apresentar-se ao vice-rei, que imediatamente (em 7 de maio) abriu uma investigação (devassa). Avisado, o alferes Tiradentes, que estava em viagem licenciada ao Rio de Janeiro escondeu-se na casa de um amigo, mas foi descoberto ao tentar fazer contato com Silvério dos Reis e foi preso em 10 de maio. Dez dias depois o Visconde de Barbacena iniciava as prisões dos inconfidentes em Minas.
Dentre os inconfidentes, destacaram-se os padres Carlos Correia de Toledo e Melo, José da Silva e Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues da Costa, o tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, comandante dos Dragões, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Joaquim José dos Reis (um dos delatores do movimento), os poetas Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor.
Os principais planos dos inconfidentes eram: estabelecer um governo republicano independente de Portugal, criar industrias no país que surgiria, uma universidade em Vila Rica e fazer de São João del-Rei a capital. Seu primeiro presidente seria, durante três anos, Tomás Antonieto Mello, após o qual haveria eleições. Nessa república não haveria exército – em vez disso, toda a população deveria usar armas, e formar uma milícia quando necessária. Há que se ressaltar que os inconfidentes visavam a autonomia somente da província das Minas Gerais, e em seus planos não estava prevista o direito de autonomia da população feminina.
Sobre Tiradentes, recaiu a responsabilidade total pelo movimento, sendo o único conspirador condenado à morte.
Por igual crime de lesa-majestade, em 1759, no reinado de D. José I de Portugal, a família Távora, no processo dos Távora,
havia padecido de morte cruel: tiveram os membros quebrados e foram
queimados vivos, mesmo sendo os nobres mais importantes de Portugal. A
Rainha Dona Maria I sofria pesadelos devido à cruel execução dos Távoras ordenado por seu pai D. José I e terminou por enlouquecer.
Em parte por ter sido o único a assumir a responsabilidade, em parte, provavelmente, por ser o inconfidente de posição social mais baixa, haja vista que todos os outros ou eram mais ricos, ou detinham patente militar superior. Por esse mesmo motivo é que se cogita que Tiradentes seria um dos poucos inconfidentes que não era tido como maçom.
E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O governo geral tratou de transformar aquela numa demonstração de força da coroa portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local. Bóris Fausto aponta essa como uma das possíveis causas para a preservação da memória de Tiradentes, argumentando que todo esse espetáculo acabou por despertar a ira da população que presenciou o evento, quando a intenção era, ao contrário, intimidar a população para que não houvesse novas revoltas.
Enforcado em 21 de abril de 1792, teve seu corpo esquartejado. Seus membros foram espalhados pelo caminho que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. Sua cabeça foi exposta em Vila Rica.
Com a morte de Tiradentes, o Estado português queria demonstrar uma punição exemplar para desencorajar qualquer revolta contra o regime colonial. Tiradentes tornou-se mártir da Independência e da República.
Em parte por ter sido o único a assumir a responsabilidade, em parte, provavelmente, por ser o inconfidente de posição social mais baixa, haja vista que todos os outros ou eram mais ricos, ou detinham patente militar superior. Por esse mesmo motivo é que se cogita que Tiradentes seria um dos poucos inconfidentes que não era tido como maçom.
E assim, numa manhã de sábado, 21 de abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e onde fora armado o patíbulo. O governo geral tratou de transformar aquela numa demonstração de força da coroa portuguesa, fazendo verdadeira encenação. A leitura da sentença estendeu-se por dezoito horas, após a qual houve discursos de aclamação à rainha, e o cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local. Bóris Fausto aponta essa como uma das possíveis causas para a preservação da memória de Tiradentes, argumentando que todo esse espetáculo acabou por despertar a ira da população que presenciou o evento, quando a intenção era, ao contrário, intimidar a população para que não houvesse novas revoltas.
Enforcado em 21 de abril de 1792, teve seu corpo esquartejado. Seus membros foram espalhados pelo caminho que ligava o Rio de Janeiro a Minas Gerais. Sua cabeça foi exposta em Vila Rica.
Com a morte de Tiradentes, o Estado português queria demonstrar uma punição exemplar para desencorajar qualquer revolta contra o regime colonial. Tiradentes tornou-se mártir da Independência e da República.
Atualmente, onde se encontrava sua prisão, funcionou a Câmara dos Deputados na chamada "Cadeia Velha", que foi demolida e no local foi erguido o Palácio Tiradentes que funcionava como Câmara dos Deputados até a transferência da capital federal para Brasília. No local onde foi enforcado ora se encontra a Praça Tiradentes e onde sua cabeça foi exposta fundou-se outra Praça Tiradentes. Em Ouro Preto, na antiga cadeia, hoje há o Museu da Inconfidência. Tiradentes é considerado atualmente Patrono Cívico do Brasil, sendo a data de sua morte, 21 de abril, feriado nacional. Seu nome consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade, sendo considerado Herói Nacional.
Descendência
A questão da descendência de Tiradentes é controversa. Há poucas provas documentais sobre os mesmos.
Tiradentes nunca se casou. Teve um caso com Antónia Maria do Espírito
Santo, a quem prometeu casamento e teve uma filha, Joaquina da Silva
Xavier (31 de agosto de 1786).
Constam autos do processo de Antónia Maria descobertos no Arquivo
Público Mineiro que a mesma pediu a posse de um escravo que Tiradentes
lhe havia dado e havia sido confiscado após sua morte. Ali é citada sua filha (cujo padrinho foi o também inconfidente
Domingos de Abreu Vieira, rico comerciante) e faz dela a única
descendente direta comprovada por documentação. Tiradentes também teria querido casar-se com uma moça de nome Maria,
oriunda de São João del-Rei, filha de abastados portugueses que se
opuseram à união.
Sem registros comprovados por documentação, Tiradentes teria tido com
Eugênia Joaquina da Silva dois filhos, uma Joaquina que logo morreue João de Almeida Beltrão, que teve oito filhos.
Para escapar das perseguições da coroa e da população, um destes
netos trocou seu sobrenome para Zica, dos quais alguns descendentes
recebem pensões.
Viveu em Uberaba, uma neta de Tiradentes, nascida em março de 1819, Carolina Augusta Cesarina, falecida, com 86 anos de idade, em 30 de setembro de 1905, em Uberaba.
A lei 7.705, de 21 de dezembro de 1988, concedeu pensão especial a Jacira Braga de Oliveira, Rosa Braga e Belchior Beltrão Zica, trinetos de Tiradentes.
Além destes, também foi concedida à sua tetraneta Lúcia de Oliveira Menezes, por meio da Lei federal 9.255/96, uma pensão especial do INSS no valor de R$ 200,00, o que causou polêmica sobre a natureza jurídica deste subsídio, mas solucionado pelo STF no agravo de instrumento 623.655.
Carnaval
Tiradentes recebeu grande homenagem popular do G.R.E.S. Império Serrano, que desfilou em 1949 entoando o samba Exaltação a Tiradentes, cujos autores são Mano Décio, Estanislau Silva e Penteado.
Em 2008, no desfile da Viradouro, RJ, o destaque principal do carro
n.º 5 "execução da liberdade" estava fantasiado de Tiradentes. (desfile
"É de Arrepiar!", de Paulo Barros - campeão em 2010)
Com informações da
Nova Enciclopédia Ilustrada Folha
http://educacao.uol.com.br/biografias/joaquim-jose-da-silva-xavier-tiradentes.jhtm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tiradentes
Biografia de Castro Alves
retirado do site http://www.suapesquisa.com/biografias/castroalves.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Castro_Alves
Biografia de Castro Alves, poesias, transição entre o
romantismo e o parnasianismo, literatura brasileira no século XIX, obras como
Navio Negreiro e Espumas Flutuantes, livros.
Em fevereiro de 1870 seguiu para Curralinho para melhorar a tuberculose que se agravara, viveu na fazenda Santa Isabel, em Itaberaba. Em setembro, voltou para Salvador. Ainda leria, em outubro, A cachoeira de Paulo Afonso para um grupo de amigos, e lançou Espumas flutuantes. Mas pouco durou.
Seus escritos póstumos incluem apenas um volume de versos: A Cachoeira de Paulo Afonso (1876), Os Escravos (1883) e, mais tarde, Hinos do Equador (1921).
É patrono da cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras.
Apesar de ter
vivido tão pouco, este artista notável deixou livros e poemas significativos.
Poesias
de Castro Alves:
- Os Escravos, 1883
- Hinos do Equador, em edição de suas Obras Completas (1921)
- Navio Negreiro (1869)
- Tragédia no lar
http://pt.wikipedia.org/wiki/Castro_Alves

Biografia, obras e estilo literário
Antônio
Frederico de Castro Alves foi um importante poeta brasileiro do século XIX.
Nasceu na cidade de Curralinho (Bahia) em 14 de março de 1847.
Era filho de Antônio José Alves e Clélia Brasília da Silva Castro. Sua mãe faleceu em 1859. No colégio, no lar por seu pai, iria encontrar uma atmosfera literária, produzida pelos oiteiros, ou saraus, festas de arte, música, poesia, declamação de versos. Aos 17 anos fez as primeiras poesias.
O pai se casou por segunda vez em 24 de janeiro de 1862 com a viúva Maria Rosário Guimarães. No dia seguinte ao do casamento, o poeta e seu irmão Antônio José partiram para o Recife, enquanto o pai se mudava para o solar do Sodré.
Em maio de 1863, submeteu-se à prova de admissão para o ingresso na Faculdade de Direito do Recife sendo reprovado. Mas seria em Recife tribuno e poeta sempre requisitado nas sessões
públicas da Faculdade, nas sociedades estudantis, na plateia dos
teatros, incitado desde logo pelos aplausos e ovações, que começava a
receber e ia num crescendo de apoteose. Era um belo rapaz, de porte
esbelto, tez pálida, grandes olhos vivos, negra e basta cabeleira, voz
possante, dons e maneiras que impressionavam a multidão, impondo-se à
admiração dos homens e arrebatando paixões às mulheres. Ocorrem então os
primeiros romances, que nos fez sentir em seus versos, os mais belos
poemas líricos do Brasil.
Em 1863 a atriz portuguesa Eugénia Câmara se apresentou no Teatro Santa Isabel.
Influência decisiva em sua vida exerceria a atriz, vinda ao Brasil com
Furtado Coelho. No dia 17 de maio, Castro Alves publicou no primeiro
número de A Primavera seu primeiro poema contra a escravidão: A canção do africano. A tuberculose se manifestou e em 1863 teve uma primeira hemoptise.
Em 1864 seu irmão José Antônio, que sofria de distúrbios mentais desde a morte de sua mãe, suicidou-se em Curralinho. Ele enfim consegue matricular-se na Faculdade de Direito do Recife e em outubro viaja para a Bahia. Só retornaria ao Recife em 18 de março de 1865, acompanhado por Fagundes Varela. A 10 de agosto, recitou O Sábio
na Faculdade de Direito e se ligou a uma moça desconhecida, Idalina.
Alistou-se a 19 de agosto no Batalhão Acadêmico de Voluntários para a Guerra do Paraguai. Em 16 de dezembro, voltou com Fagundes Varela a Salvador. Seu pai morreu no ano seguinte, a 23 de janeiro de 1866. Castro Alves voltou ao Recife, matriculando-se no segundo ano da faculdade. Nessa ocasião, fundou com Rui Barbosa e outros amigos uma sociedade abolicionista.
Em 1866, tornou-se amante de Eugénia Câmara.
Teve fase de intensa produção literária e a do seu apostolado por
duas grandes causas: uma, social e moral, a da abolição da escravatura;
outra, a república, aspiração política dos liberais mais exaltados. Data
de 1866 o término de seu drama Gonzaga ou a Revolução de Minas, representado na Bahia e depois em São Paulo,
no qual conseguiu consagrar as duas grandes causas de sua vocação. No
dia 29 de maio, resolveu partir para Salvador, acompanhado de Eugênia.
Na estreia de Gonzaga, dia 7 de setembro, no Teatro São João, foi coroado e conduzido em triunfo.
No período em que viveu (1847-1871), ainda existia
a escravidão
no Brasil. O jovem baiano, simpático e
gentil, apesar de possuir gosto sofisticado para roupas e de levar uma vida
relativamente confortável, foi capaz de compreender as dificuldades dos negros escravizados.
Manifestou toda sua sensibilidade escrevendo versos de protesto contra a situação a qual os negros eram submetidos. Este seu estilo contestador o
tornou conhecido como o “Poeta dos Escravos”.
Aos 21 anos de
idade, mostrou toda sua coragem ao recitar, durante uma
comemoração cívica, o “Navio Negreiro”. A
contra gosto, os fazendeiros ouviram-no clamar versos que
denunciavam os maus tratos aos quais os negros eram submetidos.
Em fevereiro de 1870 seguiu para Curralinho para melhorar a tuberculose que se agravara, viveu na fazenda Santa Isabel, em Itaberaba. Em setembro, voltou para Salvador. Ainda leria, em outubro, A cachoeira de Paulo Afonso para um grupo de amigos, e lançou Espumas flutuantes. Mas pouco durou.
Sua última aparição em púbico foi em 10 de fevereiro de 1871 numa récita beneficente. Este notável
escritor morreu ainda jovem, às três e meia da tarde, no solar da família no Sodré, Salvador, Bahia, em 6 de julho de 1871, antes mesmo de terminar o curso de Direito que iniciara, pois, vinha sofrendo de tuberculose desde os seus 16 anos.
Seus escritos póstumos incluem apenas um volume de versos: A Cachoeira de Paulo Afonso (1876), Os Escravos (1883) e, mais tarde, Hinos do Equador (1921).
É patrono da cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras.
Além
de poesia de caráter social, este grande escritor também escreveu versos líricos-amorosos,
de acordo com o estilo de Vítor Hugo. Pode-se dizer que Castro Alves foi um poeta de transição
entre o Romantismo
e o Parnasianismo.
-
Espumas Flutuantes, 1870
- A Cachoeira de Paulo Afonso, 1876
- Os Escravos, 1883
- Hinos do Equador, em edição de suas Obras Completas (1921)
- Navio Negreiro (1869)
- Tragédia no lar
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